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O ala Jackson Samurai, um dos principais jogadores do time de futsal do Corinthians, revelou que a sua equipe está há três meses sem receber salários. O jogador contou ainda que os atletas chegaram a aceitar uma redução de 50% do valor para facilitar o pagamento, antes mesmo da pandemia pelo novo coronavírus, e mesmo assim a dívida continua.

"Nós estamos há três meses sem receber. Nós fizemos acordo de redução de 50% do salário e nem com essa redução nós recebemos ainda. Para mim isso foi um baque porque sempre consegui estar em clubes de grande nível ao longo da minha carreira e nunca tive esse problema. Infelizmente, pelo que vejo, não temos previsão de receber no próximo mês porque a situação do Corinthians está bem complicada, inclusive acabaram com o basquete", disse o ala, em entrevista ao Podcast Toca & Sai.

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O atleta atua pela segunda vez no Corinthians. A primeira passagem foi em 2013, quando foi dispensado pelo técnico Miltinho, que morreu no ano passado, por deficiência técnica, algo que o atleta de 30 anos contesta até hoje. "Foi uma coisa que mexeu muito comigo porque não acredito que tenha sido dispensa técnica. Mesmo porque, no mês seguinte, eu fui convocado para a seleção. Carreguei isso sempre comigo e acabou que eu me motivava quando lembrava do fato", comentou.

O Corinthians tem sofrido muito nos últimos meses com dívidas antigas, processos e salários atrasados. Recentemente, o clube chegou a completar três meses de salários atrasados para os atletas do time profissional de futebol de campo, mas houve um acordo para evitar que eles entrassem na justiça e saíssem de graça.

Além da grave situação financeira, o clube também precisa superar a pandemia do novo coronavírus. O Corinthians anunciou que 21 jogadores do grupo profissional foram infectados pela Covid-19. Desses, 13 já se recuperaram, enquanto que outros oito estão afastados em quarentena. Até o presidente Andrés Sanchez foi vítima do vírus, mas já está recuperado.

Desde o início da pandemia a crise financeira se tornou presente na vida do clubes. Para driblar a dificuldade as equipes utilizam a criatividade. O Santa Cruz foi a primeira equipe dos três grandes a vender máscaras personalizadas e anunciou nesta sexta-feira (9) que o valor arrecadado ajudou no pagamento de parte dos salários atrasados de 27 funcionários do administrativo. 

O clube vendeu 2.599 máscaras e arrecadou com esse valor R$ 20.658,07. Com isso, conforme publicação feita pelo tricolor nas redes sociais foi possível quitar o pagamento do mês de fevereiro e parte do mês de março dos funcionários do administrativo. 

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Outra forma encontrada pelo clube foi reviver de forma simbólica o jogo de inauguração do estádio José do Rêgo Maciel que aconteceu no dia 4 de julho de 1972. A partida contra o Flamengo terminou em 0x0. O clube tem vendido ingressos e pretende ultrapassar os 62 mil presentes naquele dia. Apesar de ainda distante com a venda com apenas 1.314 ingressos vendidos o clube já arrecadou R$15.932,56 que ajudará no pagamento de funcionários e mais R$6.828,24 destinados ao combate do Covid-19.

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Com uma série de problemas com atrasos e descontos salariais indevidos, pagamento incorreto de 13º salário, férias e verbas rescisórias, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) é alvo de uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE). O instituto terá que quitar o pagamento de todas as pendências trabalhistas. 

De acordo com o MPT, a ação pede a multa diária de mil reais por infração e trabalhador afetado, além de indenização 200 mil reais por dano moral coletivo. Os pedidos têm caráter liminar, ou seja, pedem aplicação imediata.

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A denúncias de irregularidades eram feitas desde o ano de 2012. A partir de audiências administrativas e fiscalizações da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE-PE) foi constatado 16 tipos de irregularidades trabalhistas. O IMIP não concedeu corretamente descanso semanal remunerado, intervalos intrajornada e pagamento de horas extras. 

A ação é de autoria da procuradora Débora Tito e afirma que o IMIP desrespeitou normas reguladoras de segurança no ambiente de trabalho, fundamentais para prevenção da saúde, da integridade e segurança dos trabalhadores.

Nos depoimentos colhidos, segundo a procuradora, foram relatados casos de assédio moral na instituição. As denúncias apontam rigor excessivo; constrangimento ou inferiorização da vítima diante de outras pessoas; utilização de palavras e gestos de desprezo e humilhação; alteração sem justificativa o local e horário de trabalho; adulteração registros de jornada de trabalho e recusa de atestados médicos apresentados em tempo hábil.

Em audiências, o IMIP reconheceu que existem pendências financeiras e alegou que atua como gestor de várias unidades e que o atraso decorre de falta de repasses por parte do Estado. Segundo a ação, independente das dificuldades financeiras da instituição, os trabalhadores permanecem com o direito de receber os pagamentos nos prazos legais. 

"O MPT solicita o pagamento imediato de todas as pendências trabalhistas, a regularização das jornadas de trabalho e cumprimento das normas de segurança. Pede ainda que o IMIP não dificulte as fiscalizações dos órgãos competentes. Todas as possíveis multas serão revertidas ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a instituições provenientes de ações filantrópicas sem fins lucrativos", diz um trecho do comunicado do MPT à imprensa.

Com informações da assessoria

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