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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), protagonizaram um início de bate-boca nesta terça-feira. Normalmente comedidos, eles elevarem o tom da voz e foi preciso que outros senadores interviessem para que não esticassem o confronto.

Demóstenes reagiu porque Sarney aceitou o encaminhamento dos governistas de inverter a pauta, priorizando a leitura do terceiro dia de discussão sobre a Desvinculação de Receitas da União (DRU), em detrimento do projeto de regulamentação da chamada emenda 29, que prevê mais recursos para a área da saúde. Irritado, o líder do DEM disse que a inversão da pauta não poderia ser aprovada. "A presidente (Dilma Rousseff) disse: vamos 'tratorar'. Mas uma coisa que baliza nossa atuação é a palavra. O entendimento feito está rasgado", protestou Demóstenes, do meio do plenário.

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No comando da sessão, Sarney alegou que a inversão da pauta era regimental, porque a regulamentação da emenda 29 não estava em votação. Disse ainda que os líderes haviam concordado, na semana passada, em aguardar a posição do governo sobre a proposta de dar mais dinheiro para saúde. Ao que Demóstenes pediu que não o incluísse num acordo que não existiu. "Não use de minha concordância para determinar procedimentos para que V. Exa. e o governo burlem de maneira torpe o entendimento que fizemos", disse. "O que houve é que V. Exa. descumpriu o acordo; não tente me colocar no meio disso", acrescentou.

Sarney disse que cumpria o regimento. Em seguida, deu ordem para retirar a palavra "torpe" das notas taquigráficas, o que terminou ocorrendo. Pouco depois, o presidente do Senado deixou a Mesa e se dirigiu ao plenário, na direção do líder do DEM. E lá, visivelmente abalado, dedo em riste, pediu ao líder que se desculpasse. "Você me deve desculpas, você me respeite", afirmou, contido pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) para que não se atracasse com o senador 31 anos mais jovem do que ele. Sarney deixou a sessão e foi para seu gabinete. Demóstenes pediu desculpas no microfone do plenário. Mais tarde, ele procurou Sarney no gabinete e fizeram as pazes.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou hoje que esteja tentando mudar a sua imagem, se orientando pelo diagnóstico de uma empresa de consultoria. Ele afirmou que não tem mais tempo para ter esse tipo de preocupação, porque entende que tem passado e não futuro."Eu não tenho mais tempo, eu não tenho futuro, eu tenho passado", alegou.

"Eu não tenho consultoria de imagem, nem estou atrás de repaginar imagem", informou o presidente, ao deixar o Senado na hora do almoço, em resposta à indagação sobre o contrato no valor de R$ 24 mil, firmado com a consultoria Prole, do Rio de Janeiro. O pagamento foi efetuado mediante duas parcelas de R$ 12 mil da verba indenizatória, de R$ 15 mil por mês, a que os senadores têm direito. O uso da cota do senador aparece na página da transparência do Senado nos meses de julho e agosto.

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O presidente do Senado alegou que não fez nada de errado. "Eu cumpri apenas o que tem (direito) o senador", explicou. E a exemplo da nota divulgada pela sua assessoria, lembrou que é ele quem menos utiliza a verba indenizatória, destinada ao custeio de atividades parlamentares.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), desautorizou seus colegas senadores de recorrerem ao Itamaraty para solicitar passaportes diplomáticos a terceiros. Ele se surpreendeu com a informação de que, na falta de norma, os parlamentares da Casa podem recorrer ao Ministério das Relações Exteriores pedindo passaportes especiais, cuja emissão é feita em nome da instituição Senado.

"O senador não pode e não deve pedir (passaporte)", afirmou. "Não é atribuição nossa pedir passaporte para terceira pessoa".

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A polêmica se deu por conta da iniciativa do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) de pedir passaportes especiais para o chefe da Igreja Internacional do Reino de Deus, pastor Romildo Ribeiro Soares, conhecido por R.R. Soares, e para sua mulher Maria Magdalena Bezerra Soares. Eles são tios do senador.

A informação do Senado é que, como existe uma brecha na lei e não há impedimento formal, não há como impedir a iniciativa do parlamentar. Crivella disse que renovou os passaportes, solicitados anteriormente por ele mesmo.

Na Câmara dos Deputados, há uma norma especificando que os contatos com o Itamaraty devem ser intermediados pela segunda secretaria.

"Eu não estou nem sabendo disso", disse Sarney ao ser informado do procedimento autorizado na Casa. Ele lembrou que a lei determina que cada senador tenha passaporte diplomático. O direito é estendido aos cônjuges e filhos menores de idades. "Agora, outra pessoa não está (previsto) na atribuição do Senado".

O presidente do Senado assegurou que em nenhuma ocasião pediu passaporte diplomático para terceiros. "Na minha mão nunca passou nenhum pedido para ninguém (pedir) passaporte diplomático", frisou. Ele garantiu que só agora se inteirou do assunto, mas deixou em suspense se tomará alguma medida para regulamentar essa questão.

Pela primeira vez o nordeste terá um time na LBF (Liga de Basquete Feminino), principal campeonato do país na categoria. O Maranhão Basquete conta com importantes nomes no elenco e foi formado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do senado, José Sarney.

O time que contará com a jogadora da seleção brasileira, Isiane, a pivô norte-americana Crystal Kelly e com a mexicana Brisa Rodriguez. Os principais investidores da equipe são a empresa OGX, petrolífera de propriedade do bilionário Eike Batista, e o Governo do Maranhão, cuja a governadora é Roseane Sarney, irmã do dono do time. Não foi divulgado o quanto o clube irá receber de cada patrocinador.

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Segundo a edição desta terça-feira do Jornal Folha de S. Paulo, o novo time irá estrear na liga depois das outras equipes. As atletas do Maranhão Basquete irão se apresentar oito dias antes do início a competição, com isso a equipe só jogaria duas semanas depois dos outros times. Márcio Cattaruzzi, presidente da LBF, informa que a flexibilização com as datas tem o apoio dos outros clubes já que a LBF "não pode descartar participantes".

Fernando Sarney é vice-presidente da CBF na região Norte. Além disso, o empresário foi um dos investigados na operação “Boi Barrica” da Polícia Federal, que apontava indícios de tráfico de influências no governo federal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, em 2007.

Em setembro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça anulou as provas por entender que os grampos telefônicos, que sustentavam as acusações, eram ilegais.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), cobrou hoje votação até a próxima semana na Câmara do projeto que muda a divisão dos royalties da exploração de petróleo ampliando a fatia dos Estados e municípios não produtores, aprovado ontem no Senado. Sarney afirmou que, se isso não acontecer, poderá por em votação o veto do presidente Lula à chamada Emenda Ibsen, que é mais prejudicial ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), porém, disse que a Casa precisará de aproximadamente 30 dias para analisar o projeto.

Sarney destacou hoje que o acordo fechado entre os líderes previa a conclusão da votação no Congresso no dia 26. "De acordo com as lideranças, e eu dividi o calendário com as lideranças, se não acordarmos uma solução até a quarta-feira dia 26, submeteremos o veto à decisão do plenário, coisa que evitei por oito meses".

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O líder do governo na Câmara disse ter um entendimento diferente do exposto pelo presidente do Senado. Para Vaccarezza, o prazo fixado era apenas para a votação no Senado. "Não é possível votar até o dia 26. Eu estava na conversa com os líderes e esse prazo era para o Senado. Mesmo que quiséssemos, do ponto de vista do regimento não é possível fazer. Vamos votar em mais ou menos 30 dias". Vaccarezza disse que pedirá para que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), procure Sarney a fim de acertar o prazo.

Deputados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo ameaçaram obstruir a votação da proposta que prorroga a Desvinculação das Receitas da União(DRU) se o projeto fosse votado rapidamente. Vaccarezza afirmou que esse problema já foi resolvido. "Eles ameaçaram mesmo a DRU, mas eu avisei que se tivesse obstrução com a DRU nós votaríamos rapidamente os royalties, então eles concordaram, retiraram a ameaça e aí passamos a discutir como será a tramitação aqui na Câmara nesse processo de um mês".

Para evitar a contaminação do projeto da DRU pelo debate dos royalties, o governo vai tentar concluir hoje a votação da DRU na comissão especial e resolver em duas semanas esse assunto no plenário. Com isso, quando o projeto dos royalties chegar ao plenário da Câmara, a DRU já será assunto do Senado.

O presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), classificou hoje como "injusta" a crítica feita contra ele pelo vocalista da banda Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, durante o Rock in Rio 2011. Durante a sua apresentação, o músico defendeu a liberdade de imprensa e questionou a proibição judicial que impede o jornal "O Estado de S. Paulo" de publicar informações sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investiga o empresário Fernando Sarney, filho do senador. Em entrevista exclusiva ao jornal "Zero Hora", o presidente do Senado Federal lembrou que o rock tem como característica a contestação, mas defendeu-se das críticas feitas pelo músico.

"O rock é um estilo que tem o DNA da contestação, sempre foi marcado pelo questionamento. É compreensível que em um festival de rock tivesse uma manifestação desse tipo", lembrou o peemedebista. "No entanto, a crítica foi injusta. No meu governo, contribuiu-se para a maior liberdade de expressão que já tivemos no País. A cultura e as artes devem ser livres. Podem ser injustas, mas não podem deixar de ser livres", ponderou. Na entrevista ao jornal "Zero Hora", o senador afirmou ainda que seu filho tinha o direito de recorrer judicialmente contra o jornal, mas acrescentou que, se tivesse sido consultado pelos advogados, não teria feito o mesmo.

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"Embora ele tivesse o direito de recorrer à Justiça, no dia que ingressou com a ação lancei uma nota afirmando que se tivesse sido consultado pelo advogado não teria aceito", afirmou. O senador ressaltou ainda que, durante a ditadura militar, defendeu o veículo de imprensa e que, durante a sua vida pública, nunca processou um jornalista, "mesmo tendo sido um dos políticos mais censurados da história da República". "A minha voz foi solitária dentro do Congresso Nacional em um discurso defendendo o Estadão e a liberdade de imprensa, arriscando meu próprio mandato", disse.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as provas colhidas durante a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investigou suspeitas de crimes cometidos por integrantes da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os ministros da 6ª Turma do STJ consideraram ilegais interceptações telefônicas feitas durante as investigações.

Revelações sobre a Boi Barrica, feitas pelo jornal O Estado de S. Paulo em 2009, levaram a Justiça a decretar censura ao jornal, acolhendo pedido do empresário Fernando Sarney, filho do senador.

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Com a anulação das interceptações ficam comprometidas outras provas obtidas posteriormente, resultantes de quebras de sigilo bancário e fiscal. Volta praticamente à estaca zero a apuração de uma suposta rede de crimes que teriam sido cometidos pelo grupo a partir de um saque de R$ 2 milhões em espécie às vésperas da eleição de 2006 e registrado como movimentação atípica pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Na época, Roseana Sarney era candidata ao governo do Maranhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quer que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), devolvam ao erário o que foi gasto com o uso de helicóptero da Polícia Militar estadual a serviço da família. Em dois fins de semana, o aparelho foi flagrado levando Sarney, sua mulher, Marly, e amigos para a ilha do Curupu, pertencente à família do senador, segundo denúncia do jornal Folha de S. Paulo.

"É um caso típico de confusão entre o público e o privado", afirmou o presidente da OAB, Ophir Cavalcante. "Espero que o bom senso prevaleça e que o Estado seja ressarcido pelo dano sofrido", acrescentou. Para ele, pai e filha têm responsabilidade no episódio, mas a maior carga de cobrança recai sobre a governadora, porque o helicóptero pertence ao patrimônio estadual. "É inerente ao cargo que o dirigente público tenha compromisso moral e ético no trato da coisa pública", explicou.

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Por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa, Sarney afirmou que não cometeu ilegalidade e que "tem direito a transporte de representação em todo o território nacional". Disse ainda que o Legislativo, a exemplo do Executivo e do Judiciário, "são poderes da União independentes e harmônicos entre si" e que estava no Maranhão a convite da governadora do Estado, por acaso sua filha. Vídeos feitos por um cinegrafista amador mostram que houve pelo menos duas viagens no mesmo helicóptero para a ilha.

Na última, realizada no dia 26 de junho, Sarney teria levado como seus convidados um empresário que tem negócios com o governo maranhense e a mulher dele. Na primeira viagem, em 10 de junho, o presidente do Senado se fez acompanhar da mulher, Marly, e familiares. "É lamentável ainda ver o público sendo uma extensão do privado", criticou Ophir. "Isso é cultural no País".

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