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Servidores estaduais de Pernambuco realizaram, na manhã desta sexta-feira (29), ato em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, localizado na área central do Recife. Na ocasião, entidades sindicais pediram reajuste salarial, melhores condições de trabalho e acusaram a gestão estadual de não dialogar com as categorias. A manifestação se iniciou na capital pernambucana com uma bicicleata, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). 

Em entrevista ao LeiaJá, o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, falou sobre a mobilização e ressaltou a importância do ato com sindicatos de categorias distintas. "Nós entregamos uma pauta de reivindicação ao governo do Estado, no dia 13 de abril. Já se passaram seis meses e o governo não responde a essa pauta. Nós queremos qualificar o serviço público em Pernambuco, porque essa pauta reflete no processo histórico que a gente tem lutado."

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Paulo Rocha, presidente da CUT-PE. Foto: Elaine Guimarães

À reportagem, Paulo Rocha salienta que houve duas reuniões,  no entanto, o governo de Pernambuco não teria respondido as pautas. "O que se apresentou foi uma contraproposta, algo muito genérico: que deseja construir algo junto com a gente, um arcabouço negocial. Nesse caso, que se a gente fosse negociar, que se considerasse que o Estado está quebrado, que o Estado vai passar por aperto, que só teremos a possibilidade de negociar em 2027, entre outras questões", expõe.

 Também presente no ato, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) luta pelo reajuste salarial e valorização da carreira deste o início de 2023. Ao LeiaJá, a assistente administrativa e diretora da secretaria de políticas sociais, Juliana Tenório, conta que a negociação com a atual gestão "tem sido difícil". "A governadora se diz muito disposta a negociar, a conversar sobre a pauta de reivindicações que a gente vem trazendo desde o início do ano, mas não é bem assim. Tivemos várias mesas de negociação, mas nenhuma conclusiva. Estamos lutando para que a carreira não seja achatada. Ela [governadora] se diz disposta, mas não houve avanço."

Juliana Tenório (de óculos escuros) do Sintepe. Foto: Elaine Guimarães

Trabalhadores da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) comparaceram ao ato. Representados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Pernambuco (Sindurb-PE), os sevidores temem a privatização da instituição e, consequentemente, a precarização do trabalho. "A gente tem notado que a governadora tem tratado o trabalhador de forma muita agressiva, não tem recebido as categorias para negociar. A nossa principal demanda é o reajuste salarial, que deveria ter sido discutido em maio e, até agora, nada", afirma José Holanda, presidente do Sindurb-PE. 

Servidores da Compesa também estiveram presentes no ato. Foto: Elaine Guimarães

Sobre a privatização da Compesa, o presidente do sindicato alega que Raquel Lyra "tem compromisso com grupos empresariais da privatização da companhia e a gente sabe que essas empresas não têm compromisso nenhum com a população. Os exemplos que a gente pega de locais onde houve o processo de privatização não são positivos", disse.

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