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Um homem armado abriu fogo nesta quarta-feira 26, em um importante local sagrado xiita na cidade de Shiraz, no sul do Irã, matando pelo menos 15 pessoas e ferindo outras dezenas, segundo a mídia estatal iraniana. As autoridades consideraram o incidente um ataque terrorista, supostamente executado por um radical sunita.

O site oficial do judiciário dizia que dois homens armados haviam sido presos e um terceiro estaria foragido após o ataque à mesquita Shah Cheragh. Em declaração divulgada posteriormente, no entanto, o chefe do Judiciário local, Kazem Mousavi, esclareceu que o ataque foi cometido por um único homem armado. "Um único terrorista está envolvido neste ataque", afirmou.

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A agência de notícias estatal Irna reportou inicialmente 9 mortos, mas atualizou o número para 15. De acordo com a TV estatal iraniana, 40 pessoas ficaram feridas. Uma mulher e duas crianças estão entre os mortos, detalhou a agência Fars.

Segundo Mousavi, o suspeito é filiado aos grupos takfiri. No Irã e em outros países, o termo "takfiri" designa membros de grupos radicais sunitas, outro braço do Islã. A agência Fars havia indicado que "os terroristas detidos não são iranianos".

Na mesquista de Shah Cheragh, fica o túmulo de Ahmad, irmão do imã Reza, o oitavo imã xiita enterrado em Mashad, no nordeste do país.

O ataque, que traz as marcas de extremistas sunitas que atacaram a maioria xiita do país no passado, ocorre quando o Irã é convulsionado por mais de um mês de manifestações antigovernamentais, o maior desafio para a República Islâmica em mais de uma década. Não há indícios, no entanto, de que o ataque esteja relacionado com a agitação social.

Nesta quarta, durante as homenagens que marcam os 40 dias da morte de Mahsa Amini, milhares de manifestantes tomaram as ruas do Curdistão iraniano. Porém, segundo testemunhas locais e uma ONG, as forças de segurança do país abriram fogo contra os manifestantes.

Os protestos começaram no país depois da morte da jovem curda iraniana de 22 anos em 16 de setembro, três dias após ser detida pela polícia da moral quando visitava Teerã com o irmão. Ela foi acusada de supostamente violar o rígido código de vestimenta da República Islâmica, que impõe o uso do véu às mulheres.

Os 40 dias de óbito, na tradição xiita, marca o fim do período de luto. De acordo com ativistas dos direitos humanos, as forças de segurança advertiram os pais da jovem a não organizar nenhuma cerimônia, nem mesmo diante do túmulo, e ameaçaram o filho do casal.

Ainda assim, mais de 10 mil pessoas se uniram em uma procissão ao cemitério onde Amini está enterrada e protestos foram relatos em várias cidades do Curdistão iraniano. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Pelo menos 23 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas devido a graves inundações no Irã, de acordo com um balanço provisório dos serviços de emergência e do Ministério da Saúde na terça-feira.

As inundações ocorreram em um período de festividades pelo Ano Novo Persa, o que prejudicou nos trabalhos de socorro.

Apenas na cidade de Shiraz (sul) 19 pessoas morreram. Na província de Kogiluyeh-Va-Boyerahmad (oeste), uma aldeia foi soterrada por um deslizamento de terra logo após a evacuação de seus habitantes, informou a agência de notícias Fars.

Pelo menos 110 pessoas ficaram feridas no episódio, informou o Ministério da Saúde. O Crescente Vermelho teve que fornecer acomodações de emergência para 25 mil pessoas na região.

A previsão tempo indica mais chuva até quarta-feira.

Vinte das 31 províncias do país continuam afetadas por este episódio incomum de chuvas, em um país conhecido por sua aridez.

Um iraniano condenado à pena capital pelo estupro de dezenas de mulheres foi enforcado neste domingo na cidade de Shiraz, no sudoeste do país, informou a agência Mizanonline, vinculada ao poder judicial.

"O homem foi detido no dia 29 de agosto passado graças às imagens de uma câmera de segurança. As análises de sangue e DNA confirmaram sua presença nos lugares onde aconteceram os estupros", declarou Alí Salehi, promotor de Shiraz.

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"Foi considerado culpado de corrupção terrena e condenado à morte", disse o promotor.

O condenado "se introduzia durante a noite em residências para agredir e estuprar as mulheres", acrescentou. Amin D., 21 anos, foi detido quase por acaso, depois de vários meses de investigação, após ter esquecido uma cueca na casa de uma das vítimas, o que permitiu identificar seu DNA.

Outro homem, condenado por ter estuprado e assassinado uma mulher, foi enforcado junto com Amín D. O Irã é um dos países onde mais se executa presos, informou recentemente a ONG Anistia Internacional.

Em 2015, 977 pessoas foram executadas, na maioria dos casos por tráfico de drogas.

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