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Mesmo com o tempo do Recife oscilando com chuvas intermitentes, quem foi ao Cais da Alfândega, Recife Antigo, na noite deste domingo (4), pôde sentir o calor da cultura pernambucana durante o I Festival de Cultura Canábica de PE. O evento é organizado pelo Coletivo Antiproibicionista, o mesmo que promoveu a realização da Marcha da Maconha 2014, na tarde deste domingo (4), no Recife.

O Festival começou logo após a Marcha da Maconha 2014 com uma programação repleta de apresentações dos artistas Isaar, Catarina Dee Jah, N’Zumbi, Oranian, DJ Marcel Skank, os cocos do Manuel e Xexéu de bananeira, e a banda do Rio de Janeiro Mohandas. Um dos integrantes do Coletivo Antiproibicionista, Renato Barros, conversou com o LeiaJá e contou que grande parte das pessoas que participaram da marcha compareceu ao festival. “A realização desse evento também mostra que a cultura pernambucana também apoia a causa da legalização”, complementa Renato.

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A estrutura montada no Cais foi simples, mas que deu conta. Um toldo cobria um pequeno palco, enquanto outro cobria a Rural de Roger Renor. Antes de começar a primeira apresentação da noite, houve um debate sobre o processo de legalização da maconha no Uruguai.

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Logo depois, Isaar comandou o show no Som na Rural.  Em conversa com o LeiaJa, a cantora disse que ficou muito feliz com o convite para participar do evento. “Essa é uma causa que precisa ser discutida como uma solução de segurança pública. Aliás, esse é apenas um dos pontos de vista. Existem muitos outros como saúde”, defendeu Isaar, que finalizou: “A gente precisa tirar a maconha do crime”.

Em seguida, Catarina Dee Jah comandou a apresentação no palco em frente ao Som na Rural, com muito gingado e mensagens de conscientização à luta. “A gente tem o poder na mão para mudar a história desse país”, disse Catarina ao final do show para o público. A musicista Rafaela Nascimento, 21, esteve presente tanto na Marcha quanto no Festival. Ao LeiaJá, ela falou sobre o espaço dado à cultura local. “A proposta do Festival é essencial não só pela causa da legalização, mas também porque abre novos espaços para novos segmentos que não têm a oportunidade de tocar no Recife Antigo e, ainda por cima no Cais, que é o local de convivência da juventude atual”, conta Rafaela. 

Depois de Catarina, a sambada tomou conta do Som na Rural com o coco do Manuel e Xexéu de bananeira. A noite ainda contou com as apresentações da banda Oranian, DJ Marcel Skank, Mohandas e N’Zumbi. O trombonista deste último grupo também conversou com o LeiaJá e destacou a importância de participar de um evento como este. “Participar desse festival é muito importante, porque esse é um movimento que a gente faz parte, que a gente milita”, enfatiza Deco.

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