Tópicos | Sidney Morais

A temporada não seria fácil. Todo torcedor do Clube Náutico Capibaribe tinha consciência disso nos primeiros dias de 2014. Por mais que a razão se agigantasse à sua frente, a fantasia teimava em permanecer no imaginário alvirrubro. “Dias melhores virão. Temos uma diretoria moderna e renovada”.

Esses dias ainda não chegaram. Pelo contrário, o futuro não é vermelho e branco. É escuro e não tem nem ao menos um verde de esperança.

Não sei se seria exagero dizer que está tudo errado na Avenida Rosa e Silva, mas muita coisa está fora de ordem. Hoje é 220º dia de gestão do MTA no Náutico e 45 jogadores foram contratados pelos atuais dirigentes. Em média, é como se a cada cinco dias um jogador novo chegasse aos Aflitos.

É leviano colocar toda a culpa na atual diretoria. Os dois pontos que separam o time da zona de rebaixamento de Série B do campeonato brasileiro é resultado de outras administrações desastrosas que passaram pelo clube e o deixaram inviável financeiramente.

Os cartolas não têm moral ou direito de cobrar quem entra em campo. Nenhum funcionário rende bem se não estiver com os vencimentos em dia. Porém, falta de pagamento não justifica fazer o que quiser dentro time. 

A queda de Lisca e, agora, de Sidney Morais têm em comum as divergências de bastidores. Jogadores que não respeitam os técnicos, que ao mesmo tempo não tem respaldo da diretoria. Ninguém se entende no Náutico, um lugar inflamado por egos.

O que ocorreu no último domingo no clube se assemelhou muito a uma escola particular mal administrada. Professor e aluno não se entendem e por isso o educador aplica uma punição ao estudante. Mimado, o aluno reclama aos pais que está sendo perseguido dentro de sala de aula. Estes vão até a diretoria e fazem queixa do professor. Por sua vez, a diretoria não querendo perder o aluno, que nem tem notas tão boas, mas é um estudante antigo no colégio, demite o professor.

A conduta pode até não ser a mais acertada, mas é preciso abrir o olho logo ou toda a turma corre o risco de repetir o ano e parar na Série C. O Santa Cruz, da classe ao lado, já passou por isso e sabe como são difíceis a recuperação e as provas finais.

3 dentro

- Vôlei. Sendo renovada aos poucos, a seleção brasileira feminina de vôlei mostra que o caminho para o tricampeonato olímpico está sendo bem traçado. No Grand Prix deste ano, as meninas, sob o comando de José Roberto Guimarães, venceram todas as partidas que disputaram, perdendo apenas um set.

- Keno. Desconhecido até para a torcida do Santa Cruz, o atacante marcou um golaço na vitória contra o Náutico. Se mantiver o bom nível de jogo que fez durante o segundo tempo, no último sábado, tem tudo para cair nas graças das arquibancadas do Arruda.

- Felipe Coutinho. O meia do Liverpool quer aproveitar o momento de renovação da seleção brasileira. Para não ser esquecido pelo técnico Dunga, o jovem brasileiro vem se destacando na pré-temporada do time inglês. No amistoso contra o Borussia Dortmund, o jogador deu passe para um gol e fez outro na goleada por 4 a 0.

3 fora

- Sport. Em dois jogos consecutivos perdeu para os lanternas do Campeonato Brasileiro. Com isso, o sonho do G4 e de uma possível classificação para Libertadores fica mais longe. O bom técnico Eduardo Baptista já começa a mostrar sinais de teimosia, irritando parte da torcida rubro-negra.

- Palmeiras. O ano do seu centenário o clube paulista não tem nada o que comemorar. Com um time fraco e que não lutará por títulos, os alviverdes querem que 2014 acabe logo para poder sonhar com algo melhor no futuro.

-Campeonato Brasileiro. A fórmula é a melhor e a mais justa. Mas os times que disputam a competição tem um nível técnico muito baixo. Prova disso são as médias de gol das equipes da Série A. Das 20 que participam do torneio, dez não chegam a média um gol marcado por jogo. São elas: Sport, Goiás, Grêmio, Criciúma, Chapecoense, Palmeiras, Figueirense, Bahia, Flamengo e Coritiba. 

 

Desde a volta da Série B do Campeonato Brasileiro, após a Copa do Mundo, que Sidney Morais balançava no cargo do treinador do Náutico. Neste domingo (10), um dia após ser goleado pelo Santa Cruz, o Náutico decidiu dispensar o treinador.

O dia nublado e chuvoso no Recife começou conturbado dentro do clube da Avenida Rosa e Silva. Na reapresentação do time, Sidney resolveu afastar o volante e capitão do time Elicarlos, fazendo com que ele treinasse separado do restante do elenco. A notícia não foi bem recebida pela diretoria alvirrubra, que não foi consultada sobre a decisão do treinador.

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Sidney deixa o Náutico na 15ª colocação e a dois pontos da Zona de Rebaixamento.

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