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Em viagem pelo Brasil para dar início aos trabalhos do documentário "Go, Brazil, go" ("Vai, Brasil, vai", em tradução livre), o cineasta norte-americano Spike Lee cumpriu o roteiro de celebridades estrangeiras em terras tropicais: conheceu artistas e políticos, atiçou a curiosidade da imprensa, conseguiu um encontro com a presidente Dilma Rousseff. Por pouco, o tour não incluiu também uma apresentação direta ao banditismo nacional.

A reportagem acompanhou Spike Lee por todos os cantos quarta-feira na tentativa de fazer uma entrevista - foi ao Palácio do Planalto, ao Museu da República e ao bar do Mercado Municipal, onde assaltantes acabariam entrando em ação. Lee saiu do local pouco antes do episódio, a reportagem também.

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No meio de petiscos, bebidas e convidados, o diretor passou parte do tempo cochichando com o deputado Romário (PSB-RJ) com uma notável expressão de cansaço (Romário gravou no dia seguinte um depoimento para o documentário, comentando política, Copa do Mundo e Olimpíada). Ao ser abordado pela reportagem, Lee foi educado - não deu a entrevista que o repórter clamava, mas autografou o DVD de "A última noite", um de seus melhores filmes. Escreveu o nome, seguido pela palavra "peace" (paz).

A presidenta Dilma Rousseff encontrou-se hoje (25) com o cineasta norte-americano Spike Lee, que está no Brasil para fazer um documentário sobre o país. Na rápida conversa com a presidenta, o diretor convidou Dilma Rousseff para dar um depoimento ao filme Go Brazil Go, sua nova produção, ainda sem data oficial de lançamento. Segundo Lee, a presidenta respondeu que irá buscar uma brecha na agenda para participar do documentário.

A lista de Lee inclui personalidades brasileiras do esporte, artes e política. No entanto, o diretor evitou revelar os nomes aos jornalistas. Cogita-se participações dos jogadores de futebol Neymar e Ronaldo no documentário, além do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Lee revelou que o filme vai tratar das transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil nos últimos anos. “É sobre o novo Brasil, como o Brasil emergiu como uma potência. Como um documentarista, o meu trabalho é achar a história, mostrar o que aconteceu para o Brasil se tornar uma potência”, disse.

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O diretor retorna ao Brasil após 16 anos. Sua última visita foi em 1996, quando dirigiu o clipe They Don't Care About Us do cantor Michael Jackson, gravado na comunidade Dona Marta, no Rio de Janeiro. Ícone do cinema afro-americano e conhecido por abordar a temática racial e problemas sociais em seus filmes, Lee desembarcou no país no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julga a constitucionalidade da reserva de vagas para negros e pardos nas universidades públicas. Spike Lee espera que a Corte mantenha as cotas raciais no Brasil. “Espero, na minha opinião, que a Suprema Corte aprove. Não sou um expert sobre Brasil, mas falo como um cidadão do mundo”.

Alguns dos filmes mais conhecidos de Lee são Malcolm X (1992), cinebiografia sobre a vida do líder negro dos Estados Unidos na década de 60, e Faça a Coisa Certa (1989), que retrata o cotidiano de negros, italianos e outros grupos minoritários em Nova Iorque. A mais recente produção de Spike Lee, ainda sem data de lançamento, é uma refilmagem do cult sul-coreano Old Boy, dirigido originalmente por Chan-wook Park e vencedor do grande prêmio do juri do Festival de Cannes em 2004.

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