Tópicos | Suado

[@#galeria#@]

BELO HORIZONTE (MG) – Faltava palavras para escrever o lide (parágrafo que resume a matéria). Faltava fôlego para os torcedores nas arquibancadas do Mineirão. Sobrava nervosismo e tensão para os jogadores dentro do gramado. Tudo isso até os 40 minutos do segundo tempo, quando o placar ainda era 1x1.

##RECOMENDA##

Uma quarta-feira inesquecível para o futebol mundial. Como manda o figurino, Brasil e Uruguai protagonizaram um clássico histórico pela Copa das Confederações. Os gols de Fred e Cavani levavam a partida para a prorrogação. Isso até Paulinho, de cabeça, decretar a classificação brasileira.

A outra vaga na decisão será definida nesta quinta-feira (27). No Castelão, em Fortaleza, também às 16h, mais um clássico. Dessa vez europeu, com Espanha x Itália.

Construindo uma nova história

O desafio era completamente diferente dos outros. O público mineiro é diferente. A importância da partida também. O tradicional clássico sul-americano trazia para o campo uma responsabilidade maior que a rivalidade. Valia vaga na final da Copa das Confederações. E isso, claramente, tornou o clima mais tenso.

O hino nacional não teve aquele mesmo impacto. O “pátria amada Brasil” não ecoou tão forte das arquibancadas. Gritos contra um famoso narrador de TV e pedidos por jogadores como Jô e Bernard, que atuam no futebol local, era as preferências dos torcedores.

Como superar tudo isso? Dois lances isolados ajudam a explicar. O primeiro com apenas 12 minutos. Estabanado, o zagueiro David Luiz, que já havia segurado Lugano outras vezes, cometeu pênalti no defensor uruguaio. Na cobrança, Fórlan bateu no canto esquerdo para brilhante defesa de Julio Cesar.

Depois, aos 41, o Mineirão explodiu. Paulinho lançou Neymar, que dominou no peito e tentou bater na saída de Muslera. O goleiro do Uruguai defendeu, mas Fred pegou o rebote para abrir o placar. 1x0.

Começa tudo do zero...

Praticamente do zero. Exatamente dos dois minutos. Problema acarretado pela confiança extra. Pela confiança desnecessária. Após trapalhada geral do sistema defensivo, principalmente de Thiago Silva que tentou sair jogando, Cavani se antecipou a Marcelo e bateu no canto. 1x1.

A insatisfação já era evidente novamente. Como resolver? “Bernard, Bernard, Bernard”. Os gritos das arquibancadas foram atendidos por Felipão. Serviu momentaneamente. Na alteração seguinte, quando o pernambucano Hernanes entrou no lugar de Oscar, as vaias voltaram.

Faltavam oportunidades. Sobravam passes errados e tensão. Quando Cavani, aos 33, cortou Hernanes, a bola desviou e foi para fora a sorte mostrou a camisa que estava vestindo. Comprovou aos 40. Escanteio fortuito. Neymar cobrou aberto, a zaga falhou e Paulinho, de cabeça, fez o gol da classificação. Gol dele, da sorte, das arquibancadas e de Thiago Silva, visivelmente emocionado na comemoração.

FICHA TÉCNICA

Brasil 2
Julio Cesar; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar (Hernanes); Hulk (Bernard), Neymar (Dante) e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Uruguai 1
Muslera; Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Arévalo Ríos, Rodriguez, González (Gargano) e Forlán, Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

Estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG

Árbitro: Enrique Osses (Chile)
Auxiliares: Carlos Astroza e Sergio Román (ambos do Chile)

Cartões amarelos: David Luiz, Luiz Gustavo, Marcelo (Brasil); Cavani, Gonzalez (Uruguai)

Gols: Fred (41min/1ºT) e Paulinho (40min/2ºT) (Brasil); Cavani (2min/2ºT) (Uruguai)

Público: 57.483

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando