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A prefeitura de Taquarituba trabalha com a possibilidade de perder parte das indústrias atingidas pelo tornado de domingo, 22. Das 38 empresas afetadas, 80% tiveram prejuízo total e muitas não tinham cobertura completa pelo seguro. Outras já enfrentavam situação econômica difícil, como uma empresa da área têxtil que estava endividada e ainda perdeu todo o estoque, além do galpão industrial e máquinas. O prefeito Miderson Milléo (PSDB) espera que o apoio do governo estadual seja efetivo para reverter esse quadro. Na cidade, na segunda-feira, 23, o governador Geraldo Alckmin garantiu uma linha de crédito especial para as empresas atingidas.

De acordo com Milléo, alguns silos armazenavam produtos agrícolas de terceiros e, se não houver cobertura do seguro, os empresários irão quebrar. Alguns armazéns tinham R$ 20 milhões em grãos estocados, segundo ele. Segundo o prefeito, o mais lamentável é que o parque industrial da cidade tinha acabado de se consolidar quando ocorreu o desastre. "Lutamos muito para trazer empresas." O risco agora é a desistência daquelas que têm intenção de se instalar no município. Ele calcula em pelo menos quatro anos o prazo para que a situação econômica da cidade volte ao normal. "Só em empregos e salários a perda será enorme."

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A prefeitura calcula que vai precisar de R$ 1,2 milhão para recuperar os prédios públicos destruídos pelo tornado. A rodoviária, um centro esportivo e o galpão de agronegócios tiveram perda total. O Fórum e uma escola estadual sofreram danos parciais. Milléo administra a cidade pela quarta vez. Nas eleições de 2012, ele concorreu com o registro suspenso pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), acusado de ser sócio de uma empresa de saúde subvencionada indiretamente pela prefeitura. Milléo venceu a disputa e teve o registro confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Dois dias depois de ter sido parcialmente devastada por um tornado, a cidade de Taquarituba, de 23 mil habitantes, no sudoeste paulista, transformou-se em um canteiro de obras na tarde desta terça-feira, 24. Cerca de 280 pessoas trabalham na limpeza dos destroços que ainda se espalham pela cidade e na recuperação das 600 casas que tiveram algum tipo de dano. Além das frentes de trabalho emergencial coordenadas pela prefeitura e pela Defesa Civil, mais de vinte equipes da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) atuam para restabelecer a energia elétrica. Das 2,2 mil casas que ficaram sem luz, cerca de 450 continuam no escuro na tarde desta terça.

Muitos moradores começaram a refazer por conta própria telhados arrebentados e muros caídos. Voluntários ajudam a reconstrução. O pedreiro Luis Antonio Domingues, que mora em Arandu, cidade próxima, ajuda um primo a reerguer uma parede que desabou. "Vou morar com ele até terminar a obra", disse. Nas lojas locais, já há falta de telhas. Equipes da Defesa Civil continuam a vistoria nos imóveis atingidos. Mais três casas foram interditadas por abalos na estrutura. Os moradores foram encaminhados para o Ginásio de Esportes da Vila São Vicente - 14 pessoas estão abrigadas nesse local. Foram contabilizados 518 desalojados. A prefeitura recebeu máquinas e caminhões de municípios vizinhos.

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Moradores de cidades próximas, como Itaí, Avaré e Taguaí, fazem campanhas para arrecadar doações. Além de roupas e alimentos não perecíveis, famílias que perderam casas e bens precisam de colchões e material de construção. O material arrecadado está sendo levado ao Ginásio de Esportes da Vila São Vicente e ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Taquarituba. Em cidades distantes, como Itapetininga, a mobilização acontece nas redes sociais. Voluntários se dispuseram a fazer a entrega. A prefeitura abriu uma conta bancária, a SOS Taquarituba, para receber doações em dinheiro.

Sem saques

Rumores de saques na cidade foram desmentidos pelas polícias civil e militar. De acordo com a PM, o policiamento é feito com o dobro de efetivo nas ruas desde a ocorrência do tornado porque os policiais participaram do socorro às pessoas atingidas e agora trabalham no auxílio direto à população. Na delegacia local foram registradas três ocorrências de desaparecimento de celulares e documentos dos passageiros do ônibus que foi arrastado pelo tornado, mas, segundo a polícia, não há referência a furto ou roubo. A área destruída pelo tornado abrange seis bairros entre as zonas norte e sul da cidade, com maior gravidade no Jardim Carmélia e Distrito Industrial. No centro e em outros bairros, o comércio e os bancos funcionam normalmente.

O prefeito Miderson Melleo (PSDB) decretou, nesta segunda-feira, 23, estado de calamidade pública em Taquarituba, cidade do interior paulista atingida por um tornado na tarde de domingo, 22. De acordo com o levantamento preliminar da Defesa Civil, duas pessoas morreram (no domingo, a Polícia Militar havia falado em três mortes) e 64 ficaram feridas, muitas delas em estado grave.

Cerca de 150 casas foram danificadas, das quais 10 já foram interditadas, por falta total de segurança. O tornado com ventos de 150 quilômetros por hora arrasou o distrito industrial da cidade, danificando totalmente 38 empresas. O terminal rodoviário, uma escola e uma quadra esportiva, além do fórum, estão entre os prédios públicos atingidos.

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Com o estado de calamidade decretado, o prefeito pode pedir mais recursos públicos para dar socorro imediato à população.

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