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O longa “The Man Who Killed Don Quixote”, do diretor Terry Gilliam voltou a ter lançamento incerto após a Amazon cancelar o contrato de distribuição do filme. O filme saiu do papel em março de 2017.

O diretor foi hospitalizado na última terça-feira, 8 de maio, após sofrer um AVC e acompanha de longe o desenrolar do imbróglio de lançamento do longa que o diretor já tenta lançar há 20 anos.

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Entre os problemas do projeto estão atores que faleceram durante a produção e destruição das películas contendo sequências inteiras do filme.

O maior problema, no entanto, é a ação judicial movida pelo produtor português Paulo Branco, que alega ser o detentor dos direitos da produção do longa. Terry Gilliam alega que o ex-parceiro descumpriu uma série de questões previstas em contrato, como data de produção, financiamento e sua liberdade criativa em "The Man Who Killed Don Quixote" e por isso levou o projeto adiante sozinho.

Diante do impasse jurídico a Amazon decidiu não ser a distribuidora do filme.

“The Man Who Killed Don Quixote” conta a história de um rapaz do século 21 que viaja no tempo e testemunha a história escrita por Miguel De Cervantes.

Adam Driver (Star Wars), Michael Palin (Monty Python) e Jonathan Pryce (Game of Thrones) integram o elenco do longa.

 

Os cinco integrantes do grupo de comédia Monty Python, o mais admirado e popular na Grã-Bretanha e em boa parte do mundo, prometeram risadas e piadas obscenas em seu aguardado retorno aos palcos, na terça-feira, após 30 anos de separação.

John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones e Michael Palin, já septuagenérios - Graham Chapman, o sexto Pyton, morreu vítima de câncer em 1989 -, terão 10 noites de apresentações na Arena 02 de Londres.

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O espetáculo "Monty Phyton Live (mostly)" é uma produção de £ 4,5 milhões (7,7 milhões de dólares), com direito a gags, canções e números de dança, algo que parece excessivo para os idosos.

"Depois do primeiro número, estou esgotado", disse Palin, 71 anos, em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira.

O show inclui imagens de arquivo de Chapman, que faleceu aos 48 anos, e sua ausência é destacada com a frase "One Down, Five to Go".

Os ingressos para a primeira noite acabaram em 44 segundos em novembro. Mas imediatamente o grupo anunciou mais nove apresentações, com 14.000 entradas por noite, praticamente esgotadas.

Os Python admitiram que precisam do dinheiro, mas afirmaram que estão desfrutando o reencontro.

Mas Gilliam, de 73 anos, o americano do grupo, que virou diretor de cinema, declarou em uma entrevista recente que parecia "deprimente" ter que voltar ao antigo trabalho, depois de quase 40 anos em que os integrantes construíram carreiras independentes de sucesso.

Idle, escritor e diretor, de 71 anos, respondeu que Gilliam "é um pouco babaca", enquanto Cleese, 74, afirmou "Terry considera muitas coisas na vida deprimentes".

Na entrevista coletiva desta segunda-feira, os integrantes do grupo pareciam em um bom momento do relacionamento.

Eles prometeram interpretar seus números mais populares, incluindo o do papagaio morto - uma discussão hilariante entre um vendedor de animais que negocia com um cliente um papagaio morto - e os quadros da Inquisição espanhola.

O astrofísico Stephen Hawking tem uma pequena participação em um dos números.

"Nosso lema sempre foi 'deixem eles querendo mais", brincou Idle, de 71 anos, que escreveu e dirige o espetáculo.

"Estou feliz e orgulhoso de afirma que é bastante obsceno".

A última apresentação, em 20 de julho, que será exibida em cinemas de todo o mundo, será uma despedida definitiva, segundo Cleese.

"É muito melhor fazer apenas uma vez realmente bem, na Inglaterra, onde tudo começou, e deixar assim", disse.

Um grupo lendário

O grupo ganhou fama com o programa de televisão "Monty Phyton's Flying Circus", que teve o primeiro episódio exibido em 5 de outubro de 1969.

Na década de 70 investiram no cinema, com "E Agora para Algo Completamente Diferente" (1971), que foi seguido por "Monty Python em Busca do Cálice Sagrado" (1975).

Em 1979 lançaram "A Vida de Brian", uma comédia que narra a vida de um homem com uma vida paralela a de Jesus, o que provocou muitas polêmicas.

O último filme do grupo foi "O Sentido da Vida", em 1983, ano da separação.

Em 1998 o grupo retornou para uma apresentação em um festival de humor nos Estados Unidos.

Os humoristas do grupo britânico Monty Python, precursor da comédia do absurdo, irão se reunir para um espetáculo, o primeiro em 30 anos, em 1º de julho de 2014 na O2 Arena de Londres. Trinta anos após O Sentido da Vida, último trabalho com os seis integrantes do grupo, dirigido em 1983 por Terry Jones, cinco dos seis comediantes, John Cleese, Eric Idle, Terry Gilliam, Michael Palin e Terry Jones, convocaram uma coletiva de imprensa para esta quinta-feira (21) em Londres para anunciar o retorno, para a grande alegria dos fãs.

Apenas Graham Chapman, falecido em 1989 de um câncer na garganta, não fará parte da festa. Eric Idle, que dirigirá o espetáculo, advertiu que o público pode esperar "humor, música e uma pequena dose de sexo à moda antiga". Os ingressos para Monty Python Live (mostly) serão colocados à venda na segunda-feira 25 de novembro às 10h GMT (8h no horário de Brasília).

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Questionado sobre os preços, John Cleese respondeu que os ingressos custarão pouco, de 26 a 95 libras (95 a 347 reais), "até 300 libras menos do que os Stones". Ele indicou que não haverá novidades. "As pessoas querem ver nossos antigos sucessos, mas nós não queremos executá-los de maneira previsível".

Perguntado sobre o motivo do retorno, Terry Jones respondeu que gostaria de ver "se eles continuam engraçados". "Nós estamos nos reunindo e criando um show - é real", anunciou na terça-feira Terry Jones à BBC. Esta pequena frase provocou grande agitação na Grã-Bretanha, com os fãs relembrando seus episódios favoritos da série televisita inovadora Monty Python's Flying Circus, que ficou no ar entre 1969 e 1974 e que conquistou todo o mundo.

Para compreender a natureza de seu humor, por excelência britânico, basta olhar para os diferentes nomes cogitados antes da escolha de Monty Python: "O momento em que a coruja se estende", "O momento da elevação do sapo" ou ainda "A crítica da vaselina". Uma de suas esquetes mais famosas, chamada Papagaio morto, traz um homem (John Cleese) indo a uma loja de animais reclamar que o papagaio que comprou está morto, enquanto o dono da loja (Michael Palin) tenta provar que o papagaio está apenas dormindo. Segue cinco minutos de uma verdadeira disputa verbal hilariante e absurda.

John Cleese repetiu suas frases durante o funeral do amigo Graham Chapman. Os filmes Monty Python e o Cálice Sagrado (1975) e A Vida de Brian (1979) também marcaram os espíritos e fizeram os grupos religiosos estremecerem. Em A Vida de Brian, Graham Chapman interpretada um homem que é confundido com Jesus. Uma sátira que foi um enorme sucesso com o público.

Atualmente, com todos na casa dos 70 anos, os Pythons aproveitam, sem dúvida, uma onda de nostalgia. "Eu estou bastante animado. Espero que renda bastante dinheiro. Eu espero que consiga pagar minha hipoteca!", declarou Terry Jones. Tirada de humor ou um minuto de sinceridade? John Cleese batizou, por sua vez, o retorno de "A turnê da pensão alimentícia", garantindo precisar de dinheiro para pagar o recente divórcio.

Independente as motivações, as expectativas são enormes. Os integrantes, que já foram chamados de "os Beatles da comédia" pela imprensa britânica se conheceram nas famosas universidades de Cambridge e Oxford. Eles começaram na televisão separados, antes da formação do grupo que fez história. O humor do grupo fez escola e ultrapassou as fronteiras.

Após a dissolução do grupo, cada um partiu para a carreira solo. Terry Gillian, de 72 anos, o único americano da trupe, fez sucesso dirigindo filmes como Brazil e Os 12 Macacos, entre outros, enquanto John Cleese, 74 anos, interpretou em várias ocasiões o Mister Q, da franquia James Bond, e escreveu e atuou em filmes como Um Peixe Chamado Vanda.

Eric Idle, 70 anos, escreveu por sua vez a comédia musical Spamalot, uma paródia da lenda do Rei Arthur inspirada em O Cálice Sagrado. Terry Jones, 71 anos, se tornou historiador e apresentador de televisão. Ao mesmo tempo, Michael Palin, 70 anos, fez grande sucesso com seus documentários de viagem.

Terry Gilliam, o ex-Monty Pyton de imaginação diabólica, juntou mais uma pedra ao edifício de distopias proposto pela Mostra de Veneza de 2013. Com The Zero Theorem, Gilliam tenta um retrato, embora expressionista, do mundo virtual em que agora estamos. Ele explica que, no seu famoso Brazil (1984), tentava se antecipar a um mundo que pressentia estivesse chegando naquela época. "Agora não: pouco mais faço do que, com um tanto de fantasia, registrar um mundo que já está aí."

E que mundo é esse? Bem o conhecemos, com a maior parte das pessoas conectadas o tempo todo, mensagens publicitárias onipresentes, caos visual e auditivo, relações sociais nulas, um distanciamento cada vez maior da chamada realidade. Claro que nada disso é descrito de maneira naturalista. Vemos essa utopia ao avesso pelos olhos de um gênio da informática, Qohen Leth (Christof Waltz), que mora numa igreja abandonada. Leth, sentindo-se vazio, pretende, nada mais nada menos, que descobrir numa equação o sentido da vida humana.

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Quando lhe perguntam se The Zero Theorem é uma espécie de desdobramento de Brazil, Gilliam, com seu humor costumeiro, diz que essa história de trilogias e continuações só serve para o autor se sentir mais inteligente do que realmente é. "Apenas registro o que vejo", reafirma. E o que vê? "Um mundo dominado pela tecnologia e pelas grandes corporações, no qual somos todos escravos pelo medo de perder nossos empregos. Esse é o tema do filme."

Gilliam diz que não é um nerd, mas tampouco detrator da tecnologia. "Acho interessante que a Primavera Árabe tenha acontecido graças à capacidade de mobilização pelas redes sociais. Mas, ao mesmo tempo, acho que as pessoas estão ficando cada vez mais solitárias e alienadas por esse mundo virtual." Ou seja, procura ter uma visão, digamos, dialética dessa questão contemporânea, não a demonizando e menos ainda a adorando num altar como a um deus. Nesse ponto, a metáfora da igreja ocupada pelo protagonista é clara: "A tecnologia de certa forma substituiu a religião no nosso mundo. Tornou-se ela própria uma religião".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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