Tópicos | Timothy Bradley

O título mundial dos meio-médios, versão Organização Mundial de Boxe, estará em jogo nesta noite de sábado no ringue do MGM Hotel, em Las Vegas. Mas quando o gongo soar para o início da luta entre o campeão Timothy Bradley e o desafiante Manny Pacquiao muito mais estará em jogo. A luta terá transmissão do SporTV, a partir das 23 horas.

O norte-americano Bradley, de 30 anos, vai em busca de credibilidade, pois no primeiro confronto entre ambos, em junho de 2012, saiu como vencedor, por pontos, em uma das decisões mais contestadas do boxe nos últimos tempos. "Cheguei a pensar em me suicidar", disse o lutador, que ostenta uma invencibilidade de 31 vitórias (12 por nocaute) e vem de duas vitórias muito difíceis no ano passado sobre o russo Ruslan Provodnikov e o mexicano Juan Manuel Marquez, ambas por pontos.

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O filipino Pacquiao, de 35 anos, tem o desafio de ratificar sua condição de um dos maiores lutadores da atualidade. Dono de cinturões mundiais em oito categorias, Pacman ficou 11 meses afastado dos ringues, após perder duas lutas consecutivas em 2012. A primeira para Bradley, na qual saiu como "vencedor moral", e a segunda para o arquirrival Juan Manuel Marquez, ao sofrer um dos nocautes mais violentos da história da nobre arte. "Sei que a luta de sábado é a mais importante de minha carreira. Só a vitória manterá meu nome intacto na história", disse o pugilista, que soma 55 vitórias (38 nocautes), cinco derrotas e dois empates.

A bolsa de apostas e os críticos preveem uma vitória de Pacquiao, mas desde que seja por nocaute. Se a disputa chegar até o fim dos 12 rounds previstos, o favoritismo passa para Bradley. Os técnicos ajudam a incendiar o ambiente em Las Vegas. "Bradley vai aposentar Pacquiao. Vamos acabar com essa conversa da primeira luta. Ele já perdeu uma e vai ser derrotado de novo", disse Joel Diaz, técnico do americano. Freddie Roach não fica atrás. "Manny está pronto para bater em Bradley do primeiro ao último round. Ele não terá tempo para respirar. Quero que Manny coloque para fora todo o seu lado violento."

A pressão maior é sobre Pacquiao. Alguns críticos acreditam que o melhor do grande ídolo das Filipinas já tenha passado e apontam o duríssimo duelo com o mexicano Antonio Margarito, em 2010, como um marco negativo em sua carreira. Pacquiao venceu, por pontos, mas nunca mais foi o mesmo nas cinco lutas seguidas. Em seu último combate, em novembro, bateu muito, mas não conseguiu derrubar Brandon Rios.

MAYWEATHER - Mesmo não estando presente, Floyd Mayweather é muito citado no MGM Hotel. Primeiro porque comprou os direitos de patrocínio em vários pontos do hotel e com isso a propaganda de sua luta com o argentino Marcos Maidana concorre com Pacquiao x Bradley, o que irritou demais Bob Arum. Segundo que tanto Pacquiao como Bradley precisaram responder perguntas sobre um futuro combate com o norte-americano. "Se não der no ringue, por causa dos problemas contratuais, a gente poderia jogar uma partida de basquete", brincou Pacquiao. "Floyd sabe que luto com ele onde e quando ele quiser", afirmou Bradley.

A Organização Mundial de Boxe (OMB) anunciou nesta quarta-feira que revisará o resultado da polêmica luta entre Timothy Bradley e Manny Pacquiao, ocorrida no último sábado. Na ocasião, Bradley foi declarado vencedor por pontos, em decisão dividida que foi amplamente questionada, e ficou com o cinturão dos meio médios da organização.

O presidente da entidade, Francisco Valcárcel, apontou, em comunicado, que um comitê se reunirá em breve "com cinco juízes reconhecidos internacionalmente para avaliar o vídeo da luta e, segundo o que for decidido, fará sua recomendação de acordo com as regras".

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Valcárcel, no entanto, descartou qualquer tipo de suspeita sobre uma possível manipulação do resultado. "Quero deixar claro que de nenhuma maneira isto quer dizer que estamos duvidando da capacidade destes juízes, a quem consideramos honestos e competentes", afirmou.

Na luta do último sábado, Bradley venceu por 115 a 113 na decisão de dois juízes e foi derrotado pelo mesmo placar na decisão do outro. Especialistas do esporte criticaram a decisão, apontando que Pacquiao deveria ter sido declarado vencedor. O presidente da empresa promotora do evento chegou a solicitar que o resultado fosse investigado.

Considerado o maior nome do boxe mundial na atualidade, o filipino Manny Pacquiao amargou, em combate encerrado na madrugada deste domingo (no horário de Brasília), em Las Vegas, a sua primeira derrota em sete anos. Por decisão polêmica dos juízes, após uma equilibrada luta de 12 assaltos, o norte-americano Timothy Bradley venceu por pontos e tirou do seu poderoso oponente o cinturão dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe (OMB).

Dois jurados deram vitória de 115 a 113 para Bradley, enquanto um deles concedeu pontuação inversa a favor de Pacquiao, que não era derrotado desde quando também caiu por pontos diante de Erik Morales, em 2005. Com o resultado deste último combate, o filipino agora tem em seu cartel 54 vitórias, quatro derrotas e dois empates. Já Bradley manteve uma invencibilidade de 29 combates como profissional.

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Após a confirmação da vitória para Bradley, o público que acompanhava a luta no hotel-cassino MGM Grand vaiou a decisão dos juízes e Pacquiao parecia atordoado. A decisão foi considerada tão polêmica que o promotor Bob Arum, decepcionado com o que viu, anunciou que uma revanche deverá ocorrer no dia 10 de novembro. "Eu nunca fiquei tão envergonhado no boxe como estou nesta noite", disse o empresário, que promove as carreiras dos dois lutadores que mediram força neste combate.

Após a luta, porém, Pacquiao exibiu um discurso conformista, dizendo que aceitava o resultado e que "perder faz parte do jogo". "Eu fiz o meu melhor. Eu acho que o meu melhor não foi o suficiente", afirmou o pugilista. Ao mesmo tempo, entretanto, ele prometeu derrubar Bradley na provável nova luta que travará com o rival. "Quero a revanche e vou encerrar a luta antes dos 12 rounds. Não me lembro de nenhum soco dele me machucar", completou.

Na luta diante de Bradley, Pacquiao foi mais agressivo nos primeiros rounds e parecia que iria conseguir o nocaute, mas o norte-americano resistiu e depois reagiu nos últimos assaltos. Entretanto, o filipino acertou muito mais socos do que o seu adversário em dez dos 12 rounds. Uma estatística exibida após o duelo mostrou que foram 253 ao total, contra apenas 159 de Bradley, que acredita ter merecido o triunfo concedido pelos juízes.

"Eu penso que ganhei a luta. Eu não acho que ele foi tão bom quando todo mundo diz que ele era. Eu não senti o seu poder", disse o vencedor, para depois ressaltar que "todos os rounds foram parelhos". No fim, porém, o novo campeão da OMB precisou da ajuda de uma cadeira de rodas para ir até a sala de imprensa conceder entrevista coletiva. Ele alegou uma lesão no pé sofrida durante o combate para não chegar caminhando ao local.

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