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A cantora Elba Ramalho se prepara para entrar em turnê e gravar um DVD cheios de saudades, com homenagens ao Rei do Baião Luiz Gonzaga, e tributos aos seus 35 anos de carreira feitos de música e interpretação artística. Nesta quinta-feira (21), durante coletiva de imprensa realizada no Recife, a paraibana de nascença e pernambucana de coração apresentou detalhes desta nova empreitada batizada de Cordas, Gonzaga e Afins, que conta com patrocínio do Edital Nacional 2013 do Programa Natura Musical e a participação de nomes de peso da cena artística. Entre eles, o grupo instrumental SaGrama, o quarteto de cordas Encore, o baterista Tostão Queiroga (parceiro de Elba há anos) e os sanfoneiros Beto Hortis e Marcelo Caldi (RJ).

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A expectativa de trabalhar mais uma vez com a obra de Gonzaga faz Elba Ramalho refletir sobre o legado artístico deixado pelo Rei do Baião. “Já fiz dois CDs (Lado A de Gonzaga e o Lado B de Gonzaga), e já fiz um DVD também. Mas a obra dele é eterna e uma semente muito produtiva que quando cai na terra produz árvores estrondosas. Quanto mais você mexe e pesquisa, percebe-se o quanto Gonzaga era antenado e moderno”, declara a cantora.

Detalhes da turnê

A turnê de Cordas, Gonzaga e Afins já tem data de estreia e começa neste sábado (23), em show a ser realizado no Teatro Castro Alves, em Salvador, cujos ingressos estão esgotados. No Recife, onde também será gravado o DVD que compõe o projeto, a apresentação está marcada para o dia 23 de setembro, no Teatro Luiz Mendonça, Zona Sul da capital pernambucana. Além disso, a turnê passará também por Fortaleza, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo.

Três diretores assinam o espetáculo: Sérgio Campello, na direção musical, André Brasileiro, na direção artística, e o VJ Gabriel Furtado, responsável pelas imagens sobre o sertão que compõe a montagem. “Quando a gente fala da concepção desse trabalho, além de fazer essa homenagem ao ídolo maior da pátria nordestina, é importante dentro do contexto falar de Elba Ramalho porque as histórias se misturam”, opina André Brasileiro. 

“Os textos que o Newton Moreno fez especialmente para este show falam muito da saudade e da força da alma nordestina. Isso pra mim é um momento muito importante e prova que na vida não existem coincidências. Quando Elba chegou ao Rio de Janeiro, no final da década de 70, meu tio-avô Luiz Mendonça foi quem dirigiu a cantora na peça Viva o Cordão Encarnado, que teve muito sucesso na época”, relembra o diretor artístico do espetáculo. 

Repertório e expectativa do projeto

Ainda há alguns mistérios em relação ao repertório e às participações especiais durante os shows, mas sabe-se que o projeto é composto por 22 canções, entre composições de Gonzaga, Elba Ramalho, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Tom Jobim, entre outros nomes da música brasileira. De acordo com André Brasileiro, o DVD de Cordas, Gonzaga e Afins terá imagens do show na íntegra, cenas de making off e entrevistas com os participantes do projeto. A previsão é de que ele seja lançado até o final do ano, somando-se aos outros cinco DVDs de Elba. 

“Estou ensaiando para estes shows desde março. Assim que terminou o Carnaval eu já comecei os preparativos, ao mesmo tempo em que passei a me dedicar ao meu disco de inéditas que será lançado no final do ano. O texto do espetáculo conta a história de vida de muitos nordestinos sertanejos que migraram para o litoral. Tem uma hora que a gente deságua no Capibaribe, que é onde entra João Cabral (de Melo Neto) com o Morte Vida Severina, um autor que muito aprecio e um texto que já atuei quando tinha 14 anos”, ressalta Elba Ramalho, pontuando sua relação com as artes cênicas.

Para Alexandre Valentim, produtor da cantora, este projeto vai na contramão da crise na indústria da música. “No momento que a gente tem uma indústria que está em colapso, que não tem mais estrutura de marketing, que não tem mais criatividade e vendas efetivas de CD e DVD, todo esse projeto é extremamente verdadeiro. A Elba tá comemorando o lançamento do seu primeiro disco, o Ave de Prata, lançado há 35 anos. A trajetória dela se confunde com a do Nordeste e de Gonzaga. É um projeto muito válido enquanto contribuição cultural e que coroa a Elba neste sentido”, explica ele.

O projeto é de autoria da produtora cultural Margot Rodrigues e conta com textos do dramaturgo Newton Moreno. Já a cenografia e maquiagem ficou a cargo de Marcondes Lima, enquanto o figurino contou com o apoio das pernambucanas Carol Azevedo, Gustavo Silvestre e Refazenda. 

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