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O relatório da Polícia Federal que indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas cita diversas vezes uma reunião do executivo com integrantes do esquema de compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Em nota, o banco informou que "o presidente da companhia não participou de qualquer reunião com representantes do escritório de assessoria".

Um dos integrantes do esquema menciona uma conversa que teria tido com Trabuco. O banqueiro teria dito: "Mario, é... , fico feliz de você estar aqui é…, ajudando o banco". O interlocutor seria Mario da Silva Teixeira Junior, membro externo do conselho de administração do banco. Os trechos do relatório da Polícia Federal foram antecipados pela Coluna do Estadão.

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A PF concluiu que houve reunião, além das menções feitas em conversas dos investigados, porque o celular de um dos alvos que estava sendo monitorado, Eduardo Cerqueira Leite, recebeu uma ligação enquanto estava nas instalações do banco Bradesco no dia 9 de outubro de 2014.

Segundo o relatório de inteligência da PF, a antena que registrou a ligação estava "localizada na Cidade de Deus, em Osasco, justamente no complexo do Banco Bradesco, o que confirma a ida do Eduardo ao local e reunião com os vice-presidentes e com o presidente".

No relatório, a Polícia Federal cita, ainda, o auditor aposentado Jeferson Salazar. Ele teria classificado a reunião com o Bradesco como "muito boa" e que "estavam todos". "O vice e o presidente, o 'Trabu' (Trabuco), esteve presente, cumprimentou a todos e saiu e que Eduardo acha que "vai dar samba", cita o relatório da PF.

O fato de o Bradesco ter perdido a ação na primeira instância da multa de R$ 3 bilhões aplicada pela Receita Federal significaria, para o grupo criminoso, uma chance de convencer o banco a contratar seus serviços. "Com esse resultado o que se observou foi que a presidência do Bradesco parece se render às tentativas de cooptação da organização criminosa atuante no Carf."

No total, a PF indiciou dez pessoas, incluindo Trabuco e os executivos do Bradesco Domingos Figueiredo de Abreu e Luiz Carlos Angelottie.

A conclusão do inquérito já foi encaminhada pela PF ao Ministério Público Federal, que confirmou ter recebido os indiciamentos e pode ou não apresentar denúncia à Justiça Federal. Os indiciamentos referem-se aos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Trabuco foi indiciado por corrupção ativa.

O banco se disse surpreso com os indiciamentos e nega qualquer encontro de Trabuco com o grupo. O Bradesco afirma, ainda, que dois diretores do banco prestaram depoimentos à PF como testemunhas. Eles teriam esclarecido que foram procurados por escritório de assessoria tributária que se ofereceu para advogar uma questão fiscal junto ao Carf.

De acordo com eles, não se efetivou qualquer proposta, contratação ou pagamento desses contratos. O banco acrescentou que o processo, "objeto da investigação, foi julgado em desfavor do Bradesco por unanimidade - 6 x 0, e encontra-se, agora, submetido ao Poder Judiciário".

Procurado novamente nesta quarta-feira (1°) pela reportagem, o banco disse que não havia nenhum novo posicionamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em comunicado publicado nos jornais desta quinta-feira, 2, o Bradesco comunica que, em um dos inquéritos desdobrados da Operação Zelotes, foram indiciados três integrantes da direção e o diretor-presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco. Dois diretores do banco prestaram depoimento à Polícia Federal em São Paulo no âmbito do citado inquérito.

Segundo relatório da Polícia Federal, membros da diretoria do banco mantiveram contato com pessoas investigadas por crimes de corrupção ativa.

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De acordo com o comunicado, os diretores esclareceram no depoimento que foram procurados por escritório de assessoria tributária que se ofereceu para advogar uma questão junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). "Desses contatos não se efetivou qualquer proposta, contratação ou pagamento, mesmo porque a pendência fiscal já se encontrava sob o patrocínio de renomados tributaristas", alegou o Bradesco.

A instituição financeira informa que o processo junto ao Carf, objeto da investigação, foi julgado em desfavor do Bradesco por unanimidade (6 X 0) e encontra-se, agora, submetido ao Poder Judiciário.

"O Bradesco informa que jamais prometeu, ofereceu ou deu vantagem indevida a quaisquer pessoas, inclusive a funcionários públicos, para encaminhamento de assuntos fiscais ou de qualquer outra natureza."

No documento publicado em jornais, o Bradesco reitera que o indiciamento "tomou de surpresa a administração, considerando que os dois diretores foram ouvidos apenas como testemunhas e seu presidente sequer foi ouvido e tampouco participou de qualquer reunião com representantes do escritório de assessoria tributária".

A Polícia Federal indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e dois executivos do banco no inquérito da Operação Zelotes que investiga compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). As investigações mostraram que o grupo investigado por supostamente corromper integrantes do Carf conversou com executivos do banco a respeito de um "contrato" para anular um débito de R$ 3 bilhões com a Receita Federal.

A Polícia Federal indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e dois executivos do banco no inquérito da Operação Zelotes que investiga compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), mostra a Coluna do Estadão nesta terça-feira, 31. As investigações mostraram que o grupo investigado por corromper integrantes do Carf conversou com executivos do banco a respeito de um "contrato" para anular um débito de R$ 3 bi com a Receita Federal.

A PF já havia apontado em relatório que Trabuco e os outros dois executivos da instituição financeira se encontraram com emissários da organização criminosa para discutir como seria a atuação do órgão. A PF também indiciou o auditor da Receita Federal Eduardo Cerqueira Leite, que teria articulado a reunião entre os integrantes do esquema e o comando do banco.

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A conclusão do inquérito relativo ao Bradesco já foi encaminhado pela PF ao Ministério Público Federal, que pode ou não apresentar denúncia à Justiça Federal.

Os indiciamentos são pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A Coluna do Estadão não conseguiu confirmar quais desses crimes são imputados a Trabuco. O Ministério Público confirmou que recebeu da PF os indiciamentos.

Procurado, o Bradesco disse que irá se manifestar ainda nesta terça-feira sobre a conclusão do inquérito.

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, recusou o convite para substituir Guido Mantega no Ministério da Fazenda. Em conversa com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, na quarta-feira, 19, Trabuco disse se sentir "honrado" com a oferta, mas alegou compromissos à frente do Bradesco para não aceitar o comando da economia. A recusa representou mais um desgaste para Dilma, que não consegue definir quem vai dirigir a principal área do governo num momento de turbulência econômica e crise política.

Diante do "não" do presidente do Bradesco, porém, Dilma se encontrou nesta quinta-feira, 20, com o economista Nelson Barbosa, que foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda e é cotado para assumir a vaga de Mantega. Trabuco esteve com Dilma junto com Lázaro de Mello Brandão, presidente do conselho de administração do Bradesco. Um executivo disse ao jornal "O Estado de s. Paulo" que o pedido de Dilma chegou a ser "agressivo". Ele, porém, está sendo preparado para o lugar de Brandão e foi com essa justificativa que ele decidiu permanecer no Bradesco.

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Colaborador do Instituto Lula, Barbosa deixou o ministério em junho do ano passado porque entrou em rota de colisão com o secretário do Tesouro, Arno Augustin. Agora, porém, Dilma deve tirar Arno do Tesouro e há quem diga que ele será transferido para Itaipu Binacional.

Ela corre contra o tempo para produzir uma agenda positiva que se contraponha ao desgaste da Operação Lava Jato, a investigação da Polícia Federal responsável por desbaratar um esquema de corrupção na Petrobrás.

No fim da tarde de hoje, após sair do velório do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, a presidente e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, tiveram nova reunião para a montagem do ministério, em São Paulo.

A escolha de um ministro da Fazenda afinado com o mercado é considerada fundamental para Dilma dar um sinal de que, no segundo mandato, terá uma política econômica mais ortodoxa, mesmo sem fazer o ajuste fiscal necessário para equilibrar as contas públicas. Barbosa, porém, não tem exatamente esse perfil.

Em mais uma reunião reservada com Dilma, na terça-feira à noite, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a ela que, se dependesse de sua opinião, o sucessor de Mantega seria o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Dilma, no entanto, avalia que Meirelles é independente demais para o que ela deseja.

O ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy, hoje administrador do Fundo do Bradesco, também vem sendo citado para ocupar a Fazenda. A presidente e a cúpula do PT, no entanto, têm resistências ao "conservadorismo" de Levy. Ele esteve no comando do Tesouro durante o primeiro mandato de Lula, quando Antonio Palocci era ministro da Fazenda, e comprou várias brigas com os petistas. Depois, foi secretário da Fazenda do Rio, na gestão de Sérgio Cabral.

No Banco Central tudo indica que o atual presidente da instituição, Alexandre Tombini, continuará no posto. Para o Banco do Brasil, até o momento, o nome em alta é o de Paulo Caffarelli, atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse que o Brasil vive os efeitos revitalizadores do emprego, da renda e dos programas de beneficio social. "Há mudanças profundas no Brasil, na estrutura de consumo e no padrão de vida dos brasileiros", afirmou, durante discurso de premiação da revista Carta Capital.

Segundo ele, enquanto a Europa convive com problemas de desemprego, "no Brasil a situação é diferente". "A raiz das mudanças está na queda de alguns clichês, criados no passado", ressaltou.

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Para o executivo, o Brasil está criando uma "nova classe média, com potencial de geração e crescimento de novos empregos, associada à capacidade de consumo das pessoas".

Trabuco destacou ainda o resultado do leilão de Libra, que vai influenciar no "desenvolvimento das próximas décadas". "É crucial o Brasil colocar o pé no acelerador da infraestrutura", disse.

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