Tópicos | Vinícius Júnior Rüdiger

O zagueiro Antonio Rüdiger é um dos jogadores mais próximos de Vinícius Júnior no elenco do Real Madrid, a ponto de já ter afirmado ver o brasileiro como um irmão, em coletiva de imprensa no ano passado. Tal sentimento o faz sentir cada ofensa racista direcionada ao amigo como um ataque pessoal. Em entrevista à revista GQ, o alemão de mãe serra-leonesa disse nunca ter sido vítima de racismo em território espanhol, mas vê como obrigação se posicionar frente aos ataques contra Vini.

"Se me pergunta se alguém foi racista comigo na Espanha, a resposta é não. Houve um mal entendido em Cádiz: publicaram que haviam sido racistas comigo, mas não escutei me chamarem de 'mono (macaco)', 'negro de m...' ou nenhuma dessas barbaridades que costumam dizer", afirmou o defensor.

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"Se me pergunta se Vinícius Júnior sofre (racismo), é evidente que sim. E quando o insultam e são racistas com ele, automaticamente são comigo, ainda que não tenham feito um ataque direto a mim. Mas este não é um problema existente apenas na Espanha, acontece em todos os lugares", completou.

Na avaliação de Rüdiger, a Espanha não é um país racista, como Vini Jr. chegou a afirmar após ofensas sofrida em jogo com o Valencia, na temporada passada. Para o alemão, há uma minoria que reproduz racismo e precisa ser educada.

"O racismo é uma falta de educação. Sempre disse e sempre repito. É importe dizer que não são todos o espanhóis, são apenas alguns idiotas. Há muitos espanhóis que não toleram racismo. É muito importante assinalar que os racistas são uma minoria neste país,, mas precisam ser corrigidos. Como acabar com o problema? O único que posso dizer é que eduquem seus filhos na escola. É muito importante que todo o mundo entenda que todos nós somos iguais", disse.

Desde o episódio ocorrido no Estádio Mestalla, quando torcedores do Valencia dispararam insultos racistas contra Vini, o debate público sobre racismo na Espanha atingiu um novo nível, muito em razão da postura combativa adotada pelo atacante brasileiro. Em um primeiro momento, a LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, mostrou-se incomodada ao ser acusada pelo atleta de negligência, mas revisou o próprio discurso e pediu mudanças na lei para ter mais autonomia na hora de punir racistas.

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