Tópicos | Violência intrafamiliar

Casos como o do menino Henry Borel, 4 anos, vítima de violência intrafamiliar gravíssima que o levou à morte - infelizmente - são corriqueiros no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), nos últimos dez anos, pelo menos 103.149 crianças e adolescentes entre o nascimento e os 19 anos foram mortas da mesma forma trágica que o Henry.

“O caso do menino Henry não pode ser ignorado e deve ser apurado com todo o rigor que a lei exige. Tal barbárie deve alertar, ainda, para a existência de outras crianças e famílias que vivem dramas semelhantes, mas poucas chegam à mídia. O Brasil precisa estar preparado para, por meio da efetiva implementação das políticas de prevenção à violência na infância e na adolescência, garantir ações articuladas entre educação, saúde, segurança e assistência social”, defendeu a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva.

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De acordo com a presidente da SBP, estudos científicos e a prática dos profissionais que lidam com a infância e a adolescência indicam que o tratamento humilhante, os castigos físicos e qualquer conduta que ameace ou ridicularize a criança ou o adolescente, quando não letais, podem ser  extremamente danosos à sua formação de personalidade e como indivíduos para a sociedade, bem como interferem negativamente na construção da sua potencialidade de lutar pela vida e no seu  equilíbrio psicossocial. 

A SBP salienta que alguns especialistas acreditam que o isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19 possa ter contribuído para uma maior exposição das crianças e adolescentes à violência doméstica e, consequentemente, aumentado o número de casos letais. 

Marco Gama, presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP aponta que "as situações de violência doméstica que levam à morte crianças e adolescentes costumam ser casos crônicos, repetitivos, de violência progressiva, onde a vítima não recebeu a assistência e as medidas de proteção que deveriam ter sido tomadas para mantê-la viva, tanto dos outros familiares, como da sociedade e do Estado”.

A Sociedade Brasileira de Pediatria reforça que é necessário quebrar o mito de que a criança e o adolescente são prioridades de seus pais ou responsáveis, que acham que podem fazer com eles o que quiserem. 

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