Tópicos | Vitor Bueno

Criticado por torcedores e conselheiros do São Paulo, o técnico Fernando Diniz foi defendido pelos jogadores. Após a vitória por 2 a 1 sobre o Internacional que garantiu ao time uma vaga na fase de grupos da Copa Libertadores de 2020, os atletas pediram a permanência do treinador para a próxima temporada.

O meia Vitor Bueno, por exemplo, disse que nunca treinou tanto em sua carreira. Tiago Volpi, Juanfran, Tchê Tchê, Igor Gomes e Pablo foram outros jogadores que elogiaram o trabalho de Fernando Diniz. O treinador foi contratado pelo São Paulo no fim de setembro, depois da demissão de Cuca.

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"É um cara que dá a vida pelo clube, pelos jogadores e pelos outros funcionários. Você não veem ali dentro, mas o que esse cara faz eu nunca vi igual. Tenho que enaltecer o trabalho que ele faz, nunca treinei tanto na minha vida. Altos e baixo não queremos nunca, mas trabalhamos para nos consolidar. No ano que vem vamos buscar um ano consolidado. Vamos descansar e voltar pensando em algo muito maior do que foi neste ano", afirmou Vitor Bueno, autor do segundo gol do São Paulo sobre o Inter.

Vitor Bueno também comemorou a classificação do São Paulo para a fase de grupos da Libertadores. A equipe está em sexto lugar no Campeonato Brasileiro, com 60 pontos, e faz o último jogo da temporada no domingo, às 16h, contra o CSA, em Alagoas.

"Significa muito (a vaga). Tentamos o título, mas quando não tinha mais possibilidade, focamos na Libertadores. Foi um ano conturbado, que o ano que vem seja melhor. Que possamos fazer uma excelente pré-temporada. Um alívio essa classificação, sabemos que estamos devendo, foram muitos altos e baixos", disse o meia.

O meio-campista Vitor Bueno comemorou nesta quinta-feira seu retorno aos gramados após sete meses se recuperando de grave lesão no joelho e aproveitou para mandar um recado à diretoria do Santos, que está à procura de um novo camisa 10 desde a saída de Lucas Lima no final do ano passado: "Me olha. Me nota aqui."

Vitor Bueno subiu ao profissional em 2015 e desde então o técnico Dorival Júnior o utilizou pelos lados do campo. Na quarta-feira, durante a vitória do Santos por 2 a 0 sobre o São Caetano, o jogador entrou na vaga de Vecchio na armação das jogadas.

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"Minha função de origem sempre foi essa (meia). Me adaptei com o Dorival jogando pelos lados, porque tinha o (Lucas) Lima. Mas agora estou à disposição para ajudar", afirmou o jogador do Santos.

Foi a primeira partida de Vitor Bueno com o técnico Jair Ventura. O meio-campista não entrava em campo pelo Santos desde 1º de julho do ano passado, no empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, no Campeonato Brasileiro, quando rompeu o ligamento cruzado do joelho direito.

Na quarta-feira, apesar do pouco tempo em campo, Vitor teve uma chance para marcar. Nos acréscimos, recebeu cruzamento de Gabriel e, livre, bateu para defesa de Helton. "Sensação indescritível de voltar", disse. "Estava com saudades. Agora quero retomar à rotina de treinamento e cada vez mais jogar", afirmou.

Vitor Bueno disse que tem conversado com Jair Ventura sobre onde mais gosta de atuar e se colocou à disposição para atuar como meia, mas também disse que pode fazer a função pelos lados do campo. "O mais importante é estar em campo."

CAIU NA REDE - A ansiedade em voltar a vestir a camisa do Santos foi tamanha que na última semana, no jogo anterior ao do São Caetano, o jogador acabou furando o mistério feito pelo treinador. Jair Ventura tentou esconder a lista de relacionados para o duelo contra a Ferroviária. Mas Vitor Bueno não aguentou a emoção de ver seu nome entre os atletas e publicou nas redes sociais.

"Quebrei, né? Fiquei com medo. O professor tinha falado que não era para divulgar. Na empolgação, estava feliz e acabei soltando. Mas vocês (jornalistas) são rápidos também, né? Cinco minutos depois, apaguei, mas vocês já tinham pegado. Depois conversei com ele e tudo bem. Ele entendeu o momento."

O Santos agora se prepara para o clássico contra o São Paulo, domingo, às 17 horas, no estádio do Morumbi, pela oitava rodada do Paulistão. "Vamos confiantes. Ainda mais depois de um jogo como ontem (quarta-feira) que fomos muito bem. Apresentamos bom futebol. Estamos confiante para vencer o São Paulo na casa deles", finalizou.

O meia Vitor Bueno minimizou a cobrança da torcida do Santos nos últimos jogos. Escolhido para conceder entrevista coletiva nesta terça-feira (28), o jogador falou sobre o comportamento dos santistas na Vila Belmiro e minimizou as vaias ouvidas na vitória sobre o Botafogo, sábado, pelo Campeonato Paulista.

"A torcida do Santos sempre ajudou. É um ou outro da turma do amendoim que enche o saco. Procuro não ligar muito para isso e prestar atenção no jogo", considerou. "O clima é favorável", garantiu.

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Depois de ser derrotado duas vezes seguidas em casa - contra São Paulo e Ferroviária -, o Santos empatou com o Ituano, em Itu, e venceu o Botafogo na Vila Belmiro. Apesar do resultado, vaias foram ouvidas no estádio, o que irritou alguns jogadores. O lateral Zeca, por exemplo, chegou a criticar a postura dos torcedores em um áudio que vazou pelo WhatsApp.

"O Zeca falou, mas isso já passou. É assunto encerrado. Aquilo era um grupo de 10 ou 20 que veio manifestar. Eles têm direito, o time não estava ganhando. Três jogos sem ganhar não é normal e a cobrança é válida", garantiu Vitor Bueno. "Agora, pedimos apoio ao torcedor. Sabemos que é difícil ver o time do coração não ganhar, mas tenho certeza que eles estão fechados com a gente e vão fazer diferença."

O Santos terá pela frente no sábado o Corinthians, no Itaquerão, pelo Campeonato Paulista, e depois estreia na Libertadores diante Sporting Cristal, dia 9 de março, no Peru. "É uma semana que todo mundo gosta. Gostamos desses jogos decisivos, como o clássico e a estreia na Libertadores. Conseguimos nossa vitória depois de três jogos e estamos mais confiantes", comentou Vitor Bueno.

Nascido em Monte Alto, no interior de São Paulo, Vitor Bueno adota o estilo garoto do interior. Discreto em meio aos badalados Ricardo Oliveira, Lucas Lima e Gabriel, o meia de 21 anos se torna cada dia mais importante para o time do Santos, parece ser um coadjuvante de luxo para as estrelas e que a cada dia se aproxima do protagonismo.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ele assegura não pensar em deixar o clube neste momento, fala das comparações com Raí e de seu crescimento tão rápido no time alvinegro.

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Você vê o time do Santos em reais condições de título?

Difícil projetar o futuro, mas posso te garantir que a confiança é grande para se manter na parte de cima da tabela e conseguir, pelo menos, uma vaga na Libertadores do ano que vem. O negócio é manter os pés no chão e pensar um jogo de cada vez.

Mas o Santos tem elenco para suportar um Brasileiro lá em cima e ir bem na Copa do Brasil?

Já provamos que sim. Quando os meninos (Zeca, Thiago Maia e Gabriel) foram para a seleção olímpica, falaram que a gente ia cair, mas quem entrou deu conta do recado e isso se repetiu na Copa América (quando Lucas Lima e Gabriel foram convocados e Ricardo Oliveira sofreu uma lesão). O pessoal fica meio assim pelo fato de termos um elenco jovem, mas não significa que falta qualidade. Todo mundo treina esperando a oportunidade e quando entra, vai bem.

Como você avalia o seu desempenho e a sua importância para o time nesta temporada?

Acredito que eu tenha ido bem. No Brasileiro, ajudei o time com alguns gols (oito no total, dois a menos do que o artilheiro do Brasileiro, Gabriel Jesus) e assistências. Espero continuar assim e ajudar o Santos a chegar ao topo. Eu não crio meta de gols e nem nada. Como disse, penso jogo a jogo.

Antes do Santos, você já rodou um pouquinho...

Sim. Comecei no Monte Azul, joguei uma Copa São Paulo, fui emprestado ao Bahia, onde fiquei dois anos, e voltei para disputar mais uma Copinha no Monte Azul. Meu contrato acabou e fui para o Botafogo, de Ribeirão Preto, onde subi para o profissional, joguei o Paulista de 2015, me destaquei e vim para o Santos.

No Botafogo, faziam muitas comparações entre você e o Raí, ex-São Paulo. Acha que tem algumas semelhanças?

O Raí já falou algumas vezes sobre meu estilo e me elogiou bastante em entrevistas. Existia mesmo a comparação por termos estilos parecidos, falavam em Ribeirão Preto que eu poderia ser o novo Raí, mas é claro que não dá para comparar. Raí foi um craque. Além disso, quero fazer o meu nome no futebol.

Você chegou ao Santos para o time B e, em menos de um mês, foi para o profissional, passado um tempo, virou titular e não saiu mais. Esperava que tudo fosse tão rápido?

É claro que eu cheguei pensando em ser utilizado no time de cima, mas sendo bem honesto, não imaginei que seria tão rápido. As coisas foram acontecendo naturalmente e quando percebi, eu era titular do Santos e estava marcando gols.

Embora você viva um bom momento, as atenções e cobranças ficam mais em cima de Lucas Lima, Gabriel e Ricardo Oliveira. Você gosta ou te incomoda isso?

Eu acho que a torcida e a imprensa podem até pensar assim, mas nós não podemos achar que eles vão resolver o jogo sempre. Temos jogadores de qualidade e não tem motivo para deixar tudo nas costas deles. Concordo que o foco fica em cima dos três, até por serem jogadores de seleção e não me preocupo em ser estrela ou protagonista.

Muitos jogadores do Santos estão na mira de grandes da Europa. Você também espera ser negociado em breve?

Sinceramente, não. Quero jogar e fazer história no Santos. Acabei de renovar contrato justamente porque não quero só passar por aqui. Espero conquistar coisas importantes e depois, se for para ir jogar na Europa, vai acontecer, mas não acho que é momento de pensar nisso.

Ao contrário de seus colegas, que pintam o cabelo, fazem penteados extravagantes, têm tatuagens, etc, você é mais discreto. Ou é impressão?

(Risos) Eu sempre fui um cara calmo mesmo. Tenho meu estilo próprio e gosto de me vestir bem quando não estou no futebol. Não uso brinco, tatuagem e nem nada, mas respeito quem gosta. Só não é muito meu estilo e não vou mudar por estar em um time grande.

Não gosta de provocar os rivais, como Lucas Lima e Gabriel?

Fico na minha, mas o futebol está muito chato. Não pode falar nada que tudo vira polêmica. Os jogadores brincam um com o outro, termina o jogo e vão jantar juntos. As pessoas precisam parar de achar que tudo é motivo de briga.

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