Janguiê Diniz

Janguiê Diniz

O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

Os Blogs Parceiros e Colunistas do Portal LeiaJá.com são formados por autores convidados pelo domínio notável das mais diversas áreas de conhecimento. Todos as publicações são de inteira responsabilidade de seus autores, da mesma forma que os comentários feitos pelos internautas.

Racionamento de energia e o risco de apagão

Janguiê Diniz, | seg, 14/01/2013 - 11:10
Compartilhar:

A seca que está assolando a região Nordeste e Sudeste não prejudica apenas os agricultores e pecuaristas. A falta de chuva prejudica, também, o funcionamento das hidrelétricas instaladas nessas regiões, que respondem por 70% da capacidade de produção de energia do país e que estão funcionando abaixo do nível mínimo.

Voltando ao passado, durante 2001 e 2002, o Brasil passou por um rigoroso racionamento de energia devido à estiagem ocorrida na ocasião. Os problemas mais graves aconteceram nas regiões do país que não puderam ser abastecidas por completo com energia e sofreram com os recorrentes apagões. Na época, por falta de planejamento, o Brasil não possuía uma rede de transmissão de energia interligada para todo o País e o Governo Federal não investiu o necessário em precauções, mesmo sabendo que a seca era uma constante. O resultado foi um colapso energético e milhões de consumidores foram  prejudicados com os altos valores cobrados.

Recentemente, os anos de 2011 e 2012 já ficaram marcados como os anos dos apagões – alguns justificados por falhas mecânicas - e das altas tarifas energéticas. Vale ressaltar que 70% da geração de energia do país, em condições normais, vêm de usinas hidrelétricas e que esta ainda é a forma mais barata de produção de energia. O problema é que, com o nível das hidrelétricas muito abaixo do normal, o brasileiro começa a se preocupar com o risco de apagões que podem voltar a acontecer este ano.

Por sorte, o Governo Federal tem tentado esclarecer que não corremos risco de novos apagões em 2013 e muito disso se deve ao baixo crescimento da nossa economia em 2012. Faz-se necessário esclarecer a participação econômica do país no quadro energético: o pífio desempenho da economia nacional, com o crescimento de aproximadamente 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, fez com que o consumo energético da indústria fosse menor do que o estimado. Se o crescimento nacional alcançasse o estimado no início de 2012 (4,5%), sem dúvidas haveria o risco de faltar energia em 2013.

Mesmo afastado o risco de apagões, o que acontecerá, sem dúvidas, é o aumento das tarifas energéticas para o consumidor. A justificativa é que a energia produzida nas termelétricas é mais cara e essas usinas passam a trabalhar em sua capacidade máxima desde o final de 2012, para suprir a demanda energética do Brasil devido à queda acentuada no nível dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas.

Resta-nos torcer para que as chuvas típicas do verão façam a sua parte. É preciso que chova nas cabeceiras dos rios e nas usinas, fazendo com que a água armazenada chegue ao nível normal para que as hidrelétricas voltem a funcionar na capacidade máxima. Só assim não corremos o risco de ficar no escuro.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

LeiaJá é um parceiro do Portal iG - Copyright. 2024. Todos os direitos reservados.

Carregando