Elias dá o pontapé inicial para fazer Conceição Nascimento a sua sucessora

por Felipe Mendes | sab, 23/05/2015 - 12:38
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O prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes é um animal político, sendo uma das mentes mais brilhantes da política pernambucana. Deu mostras disso quando, depois de ficar sem mandato a partir de janeiro de 2005 e perder uma eleição para deputado federal em 2006, passou um dos momentos mais difíceis da sua vida pública e até pessoal, mas não desistiu.

Se lançou candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes pelo PSDB, e de azarão virou prefeito desbancando o favorito André Campos que disputava pelo PT e tinha o apoio formal do então governador Eduardo Campos e de uma ampla frente politica. A campanha de Elias em 2008 foi daquelas que são consideradas históricas. 

Passada a euforia da eleição, Elias se deparou com uma cidade num completo caos e abandono. Foi construindo uma frente política e pouco a pouco foi dando uma cara a gestão municipal, algo que, diga-se de passagem, pareceu nunca existir no município de Jaboatão dos Guararapes. 

No ano de 2012 já com alguma coisa pra mostrar, Elias atraiu o PSB para o seu governo, ocupando a vice-prefeitura com Heraldo Selva. O resultado foi ainda mais elástico que em 2008. E começou em janeiro de 2013 o segundo mandato da gestão de Elias.

Ciente do cenário político favorável ao lançamento de candidaturas de técnicos de gestões bem-sucedidas, ocorreu assim com João Paulo e João da Costa em 2008, Lula e Dilma em 2010, Eduardo Campos e Geraldo Julio em 2012, e em 2014 o mesmo Eduardo Campos com Paulo Câmara acabou tendo o projeto vitorioso para o governo de Pernambuco, Elias Gomes deverá mesmo indicar a sua secretária de Desenvolvimento Social Conceição Nascimento para sucedê-lo na prefeitura.

Os indícios já vinham sendo dados a cada movimentação de Elias. Primeiro na montagem de uma supersecretaria para ser comandada por Conceição, depois a filiação de doze vereadores ao PSDB, por fim a indicação de Conceição que será efetivada hoje para comandar o partido a nível municipal. Elias se deu conta que não há outro candidato melhor que a própria Conceição Nascimento para conduzir este processo. Haja vista que o objetivo do prefeito é continuar tendo influência na próxima gestão. 

Uma gestão comandada por Conceição manterá o prestígio de Elias no município preservado. Outro nome não só poderá romper com o atual prefeito como também inviabilizar qualquer prestígio que ele tente continuar a ter. Hoje será dado um grande passo para a construção da candidatura de Conceição Nascimento rumo ao Palácio da Batalha nas eleições de 2016.

Paralisação - Após o governo federal anunciar um corte de 36% nas verbas do ministério dos Transportes, há forte expectativa de que as obras em rodovias federais parem. Em valores absolutos foram reduzidos quase 6 bilhões em relação ao orçamento aprovado pelo Congresso Nacional.

Rede - A ex-senadora Marina Silva entrará com o pedido de registro junto ao TSE na próxima semana do seu partido Rede Sustentabilidade. Ela conseguiu mais 55 mil assinaturas certificadas pelos cartórios e alcançou 497 mil assinaturas, cinco mil a mais que o necessário para a construção de um partido político. 

Retração - Além do corte de R$ 70 bilhões no orçamento de 2015, o ministro do Planejamento Nelson Barbosa estima que a economia brasileira tenha uma retração de 1,2% em 2015. Se confirmado, será o pior desempenho da economia brasileira em 25 anos.

Cidades - O ministério das Cidades comandado por Gilberto Kassab foi o maior prejudicado nos cortes do orçamento do governo federal. Foram reduzidos nada menos que R$ 17 bilhões em relação ao orçamento aprovado pelo Congresso Nacional. 

RÁPIDAS

PAC - Menina dos olhos dos governos do PT, o Programa de Aceleração do Crescimento teve um contingenciamento de quase R$ 26 bilhões. Já as emendas parlamentares terão R$ 21 bilhões a menos.

Aécio Neves - Derrotado nas eleições de 2014, o senador Aécio Neves afirmou, após o anúncio dos cortes do orçamento de 2015, que "caiu a máscara do PT". 

Inocente quer saber - Após cortar R$ 21 bilhões das emendas parlamentares a presidente Dilma Rousseff será hostilizada pelos deputados e senadores?

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