Grupo ataca prédio da ONG Save The Children no Afeganistão
Pelo menos seis pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas
por Damares Romão | qua, 24/01/2018 - 07:21 | Atualizada em: qua, 24/01/2018 - 14:10
Um comando armado atacou nesta quarta-feira (24) o prédio da ONG Save The Children, na cidade de Jalalabad, no Afeganistão. Pelo menos seis pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas. Os cinco extremistas que fizeram a ação foram mortos.
De acordo com as primeiras informações, um homem-bomba ativou os explosivos na entrada do prédio, permitindo a entrada de um grupo de extremistas armados. A emissora local "TV Tolo" informou que a ação começou por volta das 9h (2h no horário de Brasília) e que três dos cinco atiradores que invadiram o prédio foram mortos em um intenso tiroteio.
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Segundo fontes do governo ouvidas pela emissora, outros dois homens estão no terceiro andar da construção com um número incerto de reféns. Mais de três horas após o ataque, um incêndio provocado pela ação ainda continuava consumindo a sede da ONG.
Nenhum grupo reivindicou o ataque e o Talibã afegão emitiu um comunicado, através de seu porta-voz Zabihullah Mujahid, de que não "tem nada a ver" com a ação. Isso inclui que também a Rede Haqqani, aliada dos talibãs no país, também não foi a responsável pelo ato. Com isso, todas as suspeitas recaem em milicianos do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Fundada há 98 anos e com sua sede mundial em Londres, a Save The Children luta para promover e proteger os direitos de crianças e adolescentes em situações de risco, levando ajudas materiais e médicas para as áreas mais pobres do mundo.
Em nota, a ONG informou que se "sente devastada pelo ataque" e que sua principal preocupação no momento está "voltada à integridade e à segurança de nosso staff".
"Estamos aguardando informações do nosso time e ainda não podemos fazer outros comentários", informou a entidade.
O embaixador britânico em Cabul, Nicholas Kay, definiu o atentado como um "crime contra a humanidade" e pediu a atuação das autoridades para resolver o caso o mais rápido possível.
Da Ansa