Tópicos | 12 mortos

Vários ataques russos com mísseis e drones atingiram na madrugada desta sexta-feira (28) várias cidades da Ucrânia e provocaram pelo menos 12 mortes, uma ofensiva condenada pelo presidente ucraniano, que prometeu uma resposta.

"O terror russo deve ter uma resposta adequada da Ucrânia e do mundo. E isso vai acontecer", afirmou o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.

"Cada ataque deste tipo, cada ato maligno contra nosso país e nosso povo aproxima o Estado terrorista do fracasso e da punição", acrescentou Zelensky no Telegram.

Em Uman, uma cidade de 80.000 habitantes na região central do país, 10 pessoas morreram quando um míssil atingiu um prédio residencial, informou o ministério do Interior.

"As equipes de resgate acabam de recuperar mais três corpos dos escombros, o que eleva a 10 o total de vítimas às 10H05 (4H05 de Brasília", anunciou o ministro Igor Klimenko.

Nove pessoas foram hospitalizadas, de acordo com o governador da região, Igor Tabourets. Ele informou que dois mísseis de cruzeiro foram lançados contra Uman, que fica 200 quilômetros ao sul de Kiev: um atingiu um edifício residencial e o outro um depósito.

Em Dnipro, o ataque deixou dois mortos, uma mulher e um menino de três anos, afirmou o prefeito Boris Filatov.

O comando militar de Kiev informou que 11 mísseis de cruzeiro lançados por bombardeiros foram derrubados, além de dois drones, sem provocar vítimas ou danos consideráveis.

O exército ucraniano anunciou no Telegram que derrubou "21 mísseis de cruzeiro X-101/X-555 de um total de 23 e dois drones" no país.

O ataque com mísseis foi lançado "por volta das 4H00" (22H00 de Brasília, quinta-feira) a partir de bombardeiros estratégicos russos do tipo Tu-95 localizados na área do Mar Cáspio, segundo as Forças Armadas.

Ataques menos frequentes

Em Kiev, uma linha de energia elétrica foi cortada ao ser atingida por destroços que também provocaram o bloqueio de uma estrada, segundo as autoridades.

"Nenhuma vítima civil ou danos a edifícios residenciais ou infraestruturas foram relatados na capital", afirmou o comandante das forças de defesa antiaérea de Kiev, Serguiy Popko.

Na localidade de Ukrainka, próxima da capital, os estilhaços de um míssil derrubado atingiram um edifício. Uma menina ficou ferida e foi hospitalizada, segundo o governador Ruslan Kravchenko.

A Rússia bombardeou de modo incessante as cidades ucranianas e a infraestrutura do país durante o inverno (hemisfério norte, verão no Brasil), mas o ritmo dos ataques diminuiu nos últimos meses.

A capital Kiev não era alvo de ataques com mísseis há mais de 50 dias.

Os combates entre as tropas russas e os ucranianos estão concentrados no leste do país, onde acontece uma batalha violenta pelo controle da cidade de Bakhmut, que está praticamente destruída.

A Ucrânia reforçou nos últimos meses o sistema de defesa aérea, depois que recebeu equipamentos ocidentais, considerados cruciais para a estratégia do país na guerra.

Neste mês, Kiev recebeu os sofisticados sistemas americanos Patriot.

A Ucrânia afirma há vários meses que está preparando uma contraofensiva para expulsar as tropas russas dos territórios que ocupam no leste e sul do país.

Os ataques desta sexta-feira aconteceram dois dias depois de uma conversa por telefone entre os presidentes da Ucrânia e da China. O chefe de Estado chinês, Xi Jinping, defendeu uma negociação de paz.

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