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Pernambuco poderá ter dias mais secos e mais quentes a partir de 2041, segundo dados obtidos a partir do software Sistema de Vulnerabilidade Climática (SisVuClima), que calcula a vulnerabilidade à alteração climática dos municípios pernambucanos. Em Trindade e Araripina, no Sertão de Pernambuco, a temperatura poderá aumentar até 3,7ºC.

As análises apontam que a região litorânea será a menos impactada, com elevações de até 2,7ºC. É o caso do Recife, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, na Região Metropolitana. Já a parte oeste do estado terá que lidar com um aumento maior de temperatura. Municípios como Afrânio, Dormentes e Santa Cruz podem ter um acréscimo de 3,6ºC em relação ao período atual.

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Em relação ao volume de chuvas, o Sertão do São Francisco seria o mais afetado, com uma redução de até 39% - isso é esperado, por exemplo, na cidade de Petrolândia. Em Tacaratu, o percentual de redução poderá ser de até 37,4% e, em Jatobá e Inajá, 36,9% e 36,3%, respectivamente. Novamente, o impacto será menor no litoral, onde a precipitação total anual deverá ter uma queda de até 4,4%, é o caso do Recife e Jaboatão dos Guararapes. Na porção sul do litoral, em Barreiros, São José da Coroa Grande e Tamandaré, é prevista uma diminuição de 11% da pluviosidade.

Haverá ainda, aponta o sistema, o aumento no percentual de dias seguidos sem chuva, índice chamado de CDD. As cidades de Timbaúba e Ilha de Itamaracá apresentaram os CDDs mais elevados: 55% de redução. O Recife poderá ter uma diminuição de até 53%. 

O SisVuClima é um dos produtos desenvolvidos no âmbito do projeto Vulnerabilidade à Mudança do Clima, executado pela Fiocruz em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e financiado pelo Fundo Clima.

Com o uso da ferramenta, é possível ter acesso a dados sobre doenças associadas ao clima, ocorrência de desastres naturais, cenários climáticos, grupos sociais mais sensíveis à mudança do clima, cobertura vegetal e exposição costeira e os municípios mais vulneráveis às alterações climáticas. Nos dias 23 e 24 de agosto ocorrerá uma capacitação sobre o sistema com representantes de instituições como Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

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