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Apenas uma família. Esse é o maior desejo das crianças que vivem nos Acolhimentos Institucionais – os antigos orfanatos. Com as novas regras instituídas no Estatuto da Criança e do Adolescente, o processo de adoção está sendo considerado mais fácil e rápido. Neste sábado (25) é comemorado o dia da adoção, criado em 1996 no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção.

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Para quem deseja acolher uma nova criança em sua em casa, o primeiro passo a ser tomado é se inscrever no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Após esta etapa, basta ir a Vara de Infância e Juventude da cidade e lá receberá toda a orientação necessária para concluir o processo. 

Segundo a Juíza da 2ª Vara de Infância e Juventude do Recife, Sônia Stanford, existem requisitos para acolher uma criança. “Só podem ser tutores, aqueles maiores de 18 e que a criança adotada tenha ao menos 16 anos de diferença. Além disso, é realizado um estudo psicossocial onde será feita uma orientação especial. Esses termos fazem parte da nova lei e se não cumpridos, o processo não será levado adiante”, explica a magistrada.

Contudo, ainda existe um grupo de crianças que são consideradas de difícil adoção. Grupos de irmãos, aqueles que têm mais de 12 anos, que apresentam problemas físicos e mentais. A coordenadora de um dos grupos que trabalham para a melhoria da situação desses jovens – o Núcleo de Apadrinhamento Estrela Guia – explica que o fator que mais influencia na hora de escolher é a idade. “A idade pesa muito, a maioria das pessoas preferem bebês de até 2 anos. Ainda tem o fator cor, que por incrível que pareça, ainda é levado em consideração”.

O Núcleo de Apadrinhamento Estrela Guia - NAEG, da 2ª Vara da Infância e da Juventude, trabalha com duas modalidades de apadrinhamento, o afetivo e o financeiro. 

O apadrinhamento afetivo objetiva que as crianças e adolescentes abrigados na comarca de Recife, e com difícil colocação em família natural ou substituta, tenham a oportunidade de constituir laços afetivos com pessoas significativas, para além do abrigo, que sejam “referenciais de vida” para o(a) afilhado(a), elevando sua auto-estima e oferecendo-lhe orientação, educação e um ambiente familiar e comunitário favorável ao seu desenvolvimento.

O apadrinhamento financeiro pode ser feito por pessoas ou instituições, apadrinhando crianças e adolescentes ou abrigos. Consiste em ajuda financeira para custear a qualificação pessoal e profissional, mediante cursos profissionalizantes, estágios, escola ou reforço escolar, prática de esportes, dentre outros.

Mesmo com todas as possibilidades de ajuda financeira e afetiva, os juristas de todo o país continuam afirmando que o foco é reinserir ou buscar uma nova família para as crianças. “Não existe nada que dê o mesmo resultado do que um novo apoio familiar – com convivência, ensinamentos e amor - a esses jovens que não puderam ter a sua”, afirma a juíza Stanford.

LAR BEM

O Lar Batista Elizabeth Mein é uma instituição filantrópica que acolhe meninas que foram vitimas de violência física ou psicológica e foram retiradas dos seus lares por ordem judicial. Atualmente o LAR BEM cuida de 14 meninas, na faixa de 9 à 16 anos. Lá, elas têm direito a acompanhamento psicológico, ajuda de assistentes sociais, terapia em grupo e aulas de artesanato. 

Otávia Guedes, que trabalha no Lar há 18 anos, conta o quanto é difícil e gratificante realizar esse processo junto às meninas. “Antigamente o lar só recebia órfãos, mas hoje é muito mais complicado já que todas as garotas sofreram algum tipo de violência. Elas chegam sofridas e até mesmo agressivas. É necessário paciência e ajuda psicológica pra que elas melhorem e possam arranjar uma nova ou voltarem para sua família.”

A Organização Não Governamental (ONG) vive de doações de voluntários e de instituições como o SESC, que doam frutas e verduras juntamente com o CEASA, toda quinzena. “É graças a eles e algumas pessoas que chegam aqui e ajudam que nós sobrevivemos”, conta Otávia. 

Dona Maria de Lourdes, que é voluntária a mais de 20 anos, fala da satisfação de trabalhar no Lar Bem. “Eu sou muito grata por poder ajudar aqui na cozinha e poder dar as meninas um alimento melhor. Fora o bem que me faz”, ressalta. O Lar Batista Elizabeth Mein fica na Rua General Mena Barreto, 97, no bairro do Cordeiro, zona oeste do Recife.

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