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Para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), 95% dos pedidos de impeachment contra o chefe do Executivo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não deveriam sequer ter sido protocolados, já que não há motivação. Nas eleições da Câmara no ano passado, Bolsonaro fez campanha para que Lira vencesse a disputa e assumisse a Casa.

A declaração do gestor do Legislativo foi feita na manhã desta segunda-feira (26), em entrevista à rádio Jovem Pan. Ele citou a pandemia da Covid-19 para indicar que o momento para analisar os mais de 70 pedidos de retirada do presidente não é oportuno.

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“Cabe ao presidente da Câmara, segundo a Constituição, ver a oportunidade e conveniência para a apreciação desses casos. Noventa por cento, noventa e cinco por cento dos que eu já vi não tem nenhuma razão de ter sido apresentado, a não ser um fato político que se queira gerar. Alguns outros, muito pouca coisa. Então, neste momento, não é conveniente se tratar de um assunto desta gravidade, deste tamanho”, justificou Lira.

Pressionado pela postura do Governo para conter a pandemia, ele voltou a citar seu antecessor, o ex-presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tinha 66 pedidos de impeachment e não deu entrada no processo de votação pela Câmara. “Mais uma vez, eu digo: quem errou, se errou, quem cometeu erros, dolo, falta de boa gestão do recurso público para a Covid, estará necessariamente responsabilizado no tempo adequado”, garantiu.

Contrário à CPI da Covid por acreditar que também não é o momento de investigar os indícios de descaso do Ministério da Saúde, em nome do Governo Federal, para focar nas medidas de enfrentamento ao vírus , Lira já comentou sobre o atual cenário político que deve se estender até às eleições de 2022. “É normal, é democrático (a apresentação de impeachment), o Brasil está literalmente dividido. Você tem aí um ex-presidente com 30%. Você vê o atual presidente com 30%. Você enxerga os dois caminhando para o centro, então é normal que haja pressão de uma parte, e não de outra”, argumentou.

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