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Apesar da indefinição do Palmeiras sobre o futuro de Felipe Melo, o técnico Abel Ferreira conta com o volante para a sequência da temporada. O treinador avalia que o experiente jogador será de grande importância para o time paulista nas disputas do Brasileirão e da Copa Libertadores.

Felipe Melo tem contrato válido até 31 de dezembro deste ano e muito tem se especulado a respeito do seu futuro, já que ele está livre para assinar pré-contrato com outro time. O volante chegou a criticar publicamente o presidente Maurício Galliote, dizendo não saber "o que se passa na cabeça" do dirigente, que optou por não renovar o contrato e jogou a responsabilidade da decisão para o próximo presidente do clube.

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Questionado sobre a situação do jogador, Abel Ferreira disse estar satisfeito com o desempenho dele e garantiu que torce pela permanência, mas que isso vai depender das eleições palmeirenses, marcadas para o início de dezembro, como disse Galliote.

"A diretoria já foi muito clara em relação ao que disse. Não disse em momento nenhum que ele não iria continuar, disse que era uma questão que a próxima diretoria iria decidir. Eu, enquanto líder, estou muito contente como Felipe Melo quando joga, como hoje, liderou a equipe jogou muito bem", disse. "Continuamos a contar com Felipe Melo. Hoje, mais uma vez, teve uma grande exibição, a equipe precisa dele", completou.

O treinador palmeirense também elogia sobre outro jogador que divide opiniões: o meio-campista Zé Rafael, um dos principais alvos dos protestos realizados após a eliminação para o CRB na Copa do Brasil, em junho. Abel já havia defendido o meia em outras oportunidades, mas, após a vitória sobre o Atlético-GO, foi mais incisivo e não poupou elogios.

"Temos que tirar o chapéu para o Zé Rafael. Ele passou por um momento difícil com uma lesão no pé, depois passou um período onde as críticas foram muito duras. Houve uma coisa que nunca fez: nunca desistiu, trabalhou sempre com caráter, com personalidade, renovou o contrato, e houve quem questionasse a renovação", lembrou Abel. "Não gosto muito de falar individualmente, mas para ele, de forma especial, por tudo que passou, pelas críticas que recebeu, digo que soube manter o foco, manter o equilíbrio pessoal e profissional", completou.

Sobre Dudu, Abel não se estendeu muito. Ainda que parte da torcida tenha a expectativa de ver o atacante como titular mais vezes, o técnico foi cauteloso e deixou claro que o ídolo palmeirense terá que brigar por posição assim como todos os jogadores.

"Eu acho que todos já perceberam que temos uma equipe muito competitiva, portanto precisamos ter calma com o Dudu. A concorrência pelas posições é muito forte. É a minha filosofia ter dois jogadores por posição do mesmo nível. Queremos que ele esteja sempre disponível para ajudar o grupo, como fez hoje", avaliou.

Líder do Brasileirão com 28 pontos, três a mais que o vice-líder Atlético-MG, o Palmeiras se prepara para enfrentar a Universidad Católica no jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores, após vitória por 1 a 0 no Chile. A partida está marcada para as 19h15 desta quarta-feira, no Allianz Parque.

 A partir desta terça-feira (6), começam as partidas válidas pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro e especificamente nesta quarta (7), acontece o confronto entre Palmeiras e Grêmio. O duelo vai acontecer no Allianz Parque, a partir das 19h (horário de Brasília) e promete trazer um embate desequilibrado, uma vez que o Palmeiras é um dos primeiros colocados na tabela, enquanto o Grêmio ainda não se mostrou ser um dos times mais competitivos e se encontra na última posição dentre os 20 times do Brasileirão.

O Verdão vive bom momento nesta reta inicial de campeonato e ocupa a 3ª colocação da tabela do torneio nacional. O time vai entrar em campo com moral, já que na última partida venceu o Sport-RE por 1 a 0, e agora vai jogar contra o time que faz a pior campanha do Brasileirão. O clube paulista comandado por Abel Ferreira deve voltar com a mesma formação, tendo como principais referências na articulação de jogo: Gustavo Scarpa, Zé Rafael e Deyverson.

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Já o Tricolor de Porto Alegre vive o oposto do Verdão. É um momento delicado e se tornou necessário repensar quais estratégias podem ser utilizadas para reverter a situação do Grêmio. Ao longo de nove partidas, o Tricolor Gaúcho empatou duas vezes e perdeu todas as outras. Assim, a 20ª colocação faz jus à campanha do Grêmio, que agora vai precisar encontrar uma maneira de segurar o Palmeiras em pleno território adversário.

Ao longo da história, Palmeiras e Grêmio se enfrentaram em 101 oportunidades, sendo que a primeira vez aconteceu no dia 12 de novembro de 1936, em partida amistosa, com placar final de 1 a 1. A partir de então, ambos foram acumulando vitórias e hoje, o maior número de conquistas é do Palmeiras: 43 vitórias. Enquanto isso, o Grêmio possui 21 conquistas diante do Verdão, além de outros 37 jogos que terminaram em empate.

 

 

A antes tensa e estremecida relação de Abel Ferreira com a diretoria do Palmeiras parece ser boa no momento. Depois de expor sua insatisfação diante da ausência de reforços na semana passada, as partes se acertaram. O treinador português falou sobre a reunião que teve com os dirigentes recentemente e foi só elogios ao clube. Ele disse que "é um sonho" treinar o atual campeão da Libertadores.

"O Palmeiras é o sonho de qualquer treinador", disse na coletiva após o triunfo por 3 a 2 sobre o Bahia. "E eu digo isto porque em termos de estrutura, oferece todas as condições ao treinador para desempenhar seu trabalho", explicou Abel, que fez uma analogia curiosa para justificar seus pedidos reiterados por reforços.

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"Sei que às vezes o treinador é chato, porque depende de resultados, teve a reunião e dei o exemplo do menino no supermercado que sempre pede: 'quero brinquedo'. E o pai diz que não pode, porque precisa poupar para dar comida a quem está em casa. Na altura certa vai ter o brinquedo. O clube dá todas as condições ao treinador, tem as torcidas organizadas que exigem da gente, tem emoções de altos e baixos, mas faz parte".

Abel externou seu descontentamento após o revés para o Red Bull Bragantino, pois havia feito um relatório com todas as carências da equipe e tinha pedido ao menos três contratações, que não vieram. Apenas o volante Danilo Barbosa foi contratado para a temporada. Maurício Galiotte respondeu em entrevista que a cobrança não acrescentava em nada, e o treinador admitiu ter exagerado porque, segundo ele, sempre quer ganhar.

"Nós nos falamos todos os dias, com Cícero (Souza, gerente de futebol), (Anderson) Barros (diretor de futebol), presidente. O mais importante é que sabemos o que queremos, tenho uma relação extraordinária com o presidente, relação de respeito, verdade e exigência. Ele me entende, sou um treinador jovem, tenho sangue sempre a ferver quando o jogo começa", ressaltou.

Neste domingo Abel contou com a volta de jogadores importantes, como Danilo e Patrick de Paula. O time ficou mais encorpado, mas encontrou muita dificuldade para superar o Bahia com um gol nos acréscimos. A defesa, sobretudo, tem tido atuações ruins, especialmente porque Weverton, Gómez e Viña, trio que da sustentação à equipe, estão com suas seleções na disputa da Copa América.

"Todos percebermos que vivemos um contexto difícil, mas que com o passar do tempo, quando este elenco estiver todo disponível vamos continuar competitivos, a crescer e mais do que tudo dar alegria aos torcedores. Treinador vive de resultados, e exigência é sempre daqui para lá, eu com a diretoria, eles comigo. Mas já estive em muitos clubes, nunca tive uma relação tão próxima de respeito, de exigência e verdade. Não se fazem bons marinheiros em águas calmas", falou o português, aliviado com o triunfo no Allianz Parque.

Ele disse ter ficado orgulhoso com os seus comandados pela postura na partida. A vitória levou o Palmeiras ao terceiro lugar, com 13 pontos, ultrapassando o próprio Bahia, um adversário muito "organizado" e com qualidade individual e coletiva, segundo o treinador palmeirense.

"Há momentos em que temos de dar méritos ao adversário e outros vamos tentar corrigir. O jogo passou por vários momentos, durante os 90 minutos uma equipe esteve acima da outra. Tivemos de sofrer e quem é palmeirense sabe que é assim. Emoções no seu melhor. E acho, na minha opinião, foi um bom jogo para quem assistiu a este jogo de futebol", analisou.

"Nós somos Palmeiras! Todos somos um. Torcedores, clube, treinador, jogadores. Ninguém fica para trás. Seja quem for. Sou líder dos jogadores e darei sempre a cara por eles. Cometo erros e não prego ninguém na cruz. Estamos todos no mesmo barco", acrescentou.

Neste domingo (27) acontecem os jogos válidos pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro 2021. Um dos embates que prometem ser nivelados por cima é Palmeiras e Bahia, que estarão frente a frente no Allianz Parque, a partir das 20h (horário de Brasília). Ambos estão na parte de cima da tabela do torneio nacional e até agora fazem campanhas acima da média. O vencedor da partida ganha  três pontos, além de aumentar as chances de permanecer no G4, ao menos nesta rodada.

O Verdão vinha com uma invencibilidade de cinco jogos até que, na última quarta-feira (23), perdeu a partida para o Red Bull Bragantino por 3 a 1. Por conta da derrota, inúmeros torcedores questionaram a decisão do treinador Abel Ferreira em utilizar uma formação com três zagueiros, além das duplas no meio campo (Scarpa e Veiga) e no ataque (Deyverson e Willian). Em entrevista coletiva após o jogo, o comandante do Verdão disse que prefere priorizar a meritocracia. Agora resta saber se na próxima partida Abel vai usar a mesma formação, ou vai evitar que a mesma falha ocorra.

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Já o Bahia conseguiu um dos grandes feitos na última rodada do Brasileirão: venceu o Athletico-PR por 2 a 1, time que até então era líder do campeonato, com 100% de aproveitamento. Os gols foram do defensor Patrick e do atacante Rossi, que provavelmente estarão escalados para a próxima partida. O comandante Dado Cavalcanti deve apostar na mesma formação (4-3-3) para o jogo contra o Palmeiras, e chegará ao Allianz Parque com a motivação de ter vencido o ex-líder da competição.

E assim a corrida atrás da taça do Campeonato Brasileiro continua a ganhar novos participantes das diferentes posições da tabela. Agora, o líder é o Red Bull Bragantino com 14 pontos e, por enquanto, detém o título de único clube que não perdeu uma partida na competição. Em seguida, no 2° lugar, está o Athletico-PR, que apesar da derrota, ainda mantém boa posição. Para completar o pódio, na 3ª posição está o Fortaleza-CE com 11 pontos, seguido do Bahia em 5° lugar com a mesma pontuação, e assim se fecha o G4. Na 6ª colocação está o Verdão do Allianz Parque, com 10 pontos.

A primeira vez que Palmeiras e Bahia se enfrentaram foi no dia 2 de outubro de 1968. Nesta ocasião, o Verdão venceu a partida por 2 a 0 e passou a acumular vitórias diante do clube nordestino. Desde então, ambos jogaram um contra o outro em 49 jogos, sendo que deste total, 24 vezes o Palmeiras saiu vencedor do embate, o Bahia conseguiu vencer nove vezes, além de terem ocorrido 16 empates.

 

Nesta quarta-feira (23) serão realizados os jogos válidos pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Um deles acontece a partir das 19h (horário de Brasília), no Estádio Marcelo Stéfani, apelidado pela torcida como o “Nabizão”, na cidade de Bragança Paulista. O confronto será entre o mandante Red Bull Bragantino, que recebe o Palmeiras. A disputa promete ser uma das melhores em qualidade técnica, já que ambos compõem o grupo dos primeiros quatro colocados (G4) e vão em busca da vitória, para conseguir mais três pontos e assumir a liderança do campeonato.

Esta disputa é uma oportunidade para o Palmeiras tomar o posto de melhor desempenho dentre os competidores do estado de São Paulo no torneio brasileiro. Apesar da desvantagem em jogar fora de casa, o time de Abel Ferreira deve ser escalado para o jogo com a tática de jogar defensivamente, ao mesmo tempo em que explora os contra-ataques. Para isso, o Verdão precisa encontrar maneiras de frustrar o Bragantino, que até então ainda não sofreu nenhuma derrota no Brasileirão.

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Desta forma, este início de Campeonato Brasileiro ainda registra vários clubes com a mesma pontuação. Até o momento, em 1° lugar está o Athletico-PR com 12 pontos, seguido do Fortaleza-CE,  que também possui 12 pontos. Para completar o pódio dos únicos três clubes que ainda não perderam nenhuma partida nesta edição do Brasileirão, surge o mandante do confronto, Bragantino, na 3ª posição, com 11 pontos, e em 4° lugar, para fechar o G4, está o Palmeiras, com 10 pontos.

A primeira ocasião em que Palmeiras e Bragantino se enfrentaram, aconteceu em 21 de agosto de 1966. Na época, o jogo foi válido pelo campeonato estadual, sendo que o Verdão venceu por 2 a 0. Desde então, ambos se enfrentaram em 45 oportunidades,e a vantagem histórica do Palmeiras é considerável: foram 27 vitórias para o Alviverde, nove conquistas para o Bragantino, além de outros nove empates no confronto direto.  

 

 

Nesta quinta-feira (3), a partir das 21h30 (horário de Brasília), o Palmeiras começa sua trajetória na Copa do Brasil e como primeiro compromisso no torneio nacional, vai enfrentar o Clube de Regatas Brasil (CRB), no estádio Rei Pelé, em Maceió (AL). No momento, está sendo disputada a terceira fase da Copa do Brasil,  quando são realizados dois jogos e, aquele que vencer no placar agregado, avança para as oitavas de final. A decisão  entre ambos acontece na quarta-feira da outra semana (9), no estádio do Allianz Parque. 

Apesar do Verdão ter perdido a final do Campeonato Paulista, o time ainda carrega  o título de melhor elenco da América do Sul, por conta da conquista da última edição da Libertadores, o que lhe dá  vantagem na disputa, pelo bom momento que vive. Como surpresas na escalação para a partida, o técnico Abel Ferreira pode ter o lateral Marcos Rocha e o atacante Breno Lopes, que voltaram de lesão e participaram do último treino antes do jogo no centro de treinamento “Academia de Futebol”. 

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De acordo com o regulamento do torneio, jogadores que já estiveram presentes em outras partidas defendendo outro clube não podem atuar por um segundo time na mesma edição do campeonato. Assim, o CRB está proibido de escalar os seguintes jogadores: o atacante Alisson Farias, que foi titular na segunda fase da Copa do Brasil pelo Vitória-BA; o lateral direito Celsinho, que jogou pelo Vila Nova; e outra referência no ataque, Vitão, ex-jogador do América-MG. 

No retrospecto, o Palmeiras se manteve na elite dos campeonatos que disputou. Já o CRB sempre fez parte dos times emergentes, que surgem esporadicamente nos torneios e, por conta disto, ambos os times não se enfrentaram em tantas ocasiões. Ao todo disputaram cinco partidas,  sendo três vitórias para o Verdão, uma conquista para o CRB e um empate.

O técnico Abel Ferreira adotou um tom otimista e preferiu "ver o copo meio cheio" ao fazer um balanço sobre a participação do Palmeiras no Paulistão, mesmo após o título perdido neste domingo. Em coletiva de imprensa depois da derrota por 2 a 0 para o São Paulo, no Morumbi, o agora treinador vice-campeão paulista valorizou a reação palmeirense ao longo da disputa e defendeu a estratégia de jogar com times alternativos durante quase todo o Estadual.

"Foi um campeonato de todos para todos. Não foi um campeonato de titulares, reservas ou sub-20. Jogou Vinícius, jogou Jailson, jogou Weverton, jogou Michel... é só vocês verem a quantidade de jogadores que utilizamos e valorizar tudo isso. Tenho grande orgulho do que nós fizemos e do percurso até chegar à final. Em determinada altura estava perdido, mas é preciso acreditar", salientou o português.

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Com foco na Libertadores, o treinador rodou bastante o elenco desde o início do Paulistão, dando muito espaço para jovens das categorias de base. Diante desse cenário, o desempenho na primeira fase foi de muita oscilação, tanto que a vaga nas quartas de final só veio na última rodada, após vitória sobre a Ponte Preta combinada à derrota do Novorizontino para o Corinthians.

Apesar dos altos e baixos na fase de grupos, Abel se mostrou satisfeito com a trajetória do time, principalmente pelo desempenho nas fases seguintes: vitória por 1 a 0 sobre o Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, e triunfo por 2 a 0 no clássico contra o Corinthians, na Neo Química Arena.

"Conseguimos passar às quartas, jogamos contra uma equipe competitiva, que é o Bragantino, na casa deles, e ganhamos bem. Em seguida, enfrentamos um dos nossos maiores rivais, também na casa deles, e ganhamos bem, com todo mérito e competência. Com todo mérito chegamos na final, e temos que aceitar que o adversário foi mais competente", destacou.

O treinador palmeirense também lembrou o sucesso recente da equipe em outras finais, que terminaram com os títulos da Copa do Brasil, da Libertadores e do Paulistão na temporada passada. Segundo ele, o título perdido hoje, mesmo se tratando de um clássico, não pode apagar as conquistas. Ainda assim, o português disse aceitar as críticas.

"Prefiro chegar e ganhar, mas prefiro chegar. Para chegar é preciso trabalhar e ter competência. Temos estado em todas as finais. Quem quiser valorizar, valoriza o processo, o caminho. Quem quiser criticar porque perdemos as finais, podem criticar, porque, de fato, perdemos umas, mas ganhamos outras", reforçou. "Umas vezes chorei, outras vezes perdi. Mas mil emoções eu vivi".

O Palmeiras volta a campo na próxima quinta-feira, no Allianz Parque, onde recebe o Universitario, do Peru, pela última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América. O time paulista já está classificado em primeiro lugar do Grupo A, com 12 pontos, e briga para avançar como líder geral.

O Palmeiras viaja até Buenos Aires, na Argentina, para enfrentar o Defensa y Justicia nesta terça-feira (4), às 21h30. A partida é válida pela 3° rodada do Grupo A da Libertadores da América, e vai trazer um confronto com ar de revanche no estádio Norberto "Tito" Tomaghello, por conta dos outros dois confrontos que ocorreram no mês passado, em que o clube argentino se tornou campeão nos pênaltis pela Recopa Sul-Americana, com direito a expulsão e briga entre jogadores durante a prorrogação.

Correspondentes ligados ao clube argentino confirmaram que houve um surto de contágio de Covid-19 na equipe do Defensa y Justicia e, por conta disto, já foram confirmados 14 desfalques do elenco de jogadores, além de outros quatro membros da comissão técnica. Em coletiva de imprensa, o técnico Sebastián Beccacece, informou que apesar do ocorrido, não será solicitado cancelamento dos próximos jogos, e quem estiver disponível para ser escalado, vai defender o clube.

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O Verdão poupou alguns jogadores titulares na última disputa do Campeonato Paulista, no último domingo (2), onde enfrentou o Santo André e venceu por 1 a 0 fora de casa. Agora, o time quer repetir o desempenho que teve na última rodada da Libertadores, quando goleou o Independiente del Valle, no Allianz Parque, por 5 a 0. Rony, Luiz Adriano, Patrick de Paula e Danilo Barbosa foram os responsáveis por balançar as redes.

Ambos fazem parte do Grupo A da Libertadores. Com duas rodadas disputadas, a tabela se encontra da seguinte maneira: o Palmeiras é líder do grupo, com 6 pontos conquistados em 2 partidas, e assim, 100% de aproveitamento. Já o segundo colocado é o Defensa y Justicia, com 4 pontos disputados. No terceiro lugar está o Independiente del Valle, com 1 ponto, e na lanterna da tabela, está o Club Universitario de Desportos, do Peru.

Depois de três títulos na temporada 2020 e de uma maratona de 77 jogos disputados, o Palmeiras vai dar férias aos principais jogadores e ao treinador português Abel Ferreira. Pelas próximas semanas, o time vai disputar o Campeonato Paulista com garotos das categorias de base e reservas poucos utilizados. A diretoria e a comissão técnica prepararam uma escala de descanso para todos terem essa oportunidade. As turmas para a folga foram definidas para dar prioridade a quem atuou mais na temporada.

Após vencer o Grêmio por 2 a 0 no domingo e conquistar a Copa do Brasil, o Palmeiras encerrou a temporada 2020 e começa a pensar em 2021 pelas férias. A equipe está desde o fim de agosto com uma sequência de dois jogos por semana. "Vamos dividir toda a gente do CT, do treinador, jogadores, diretores, departamento médico. Fizemos uma planificação no meu entender muito bem feita com a comissão técnica. Precisamos desligar um pouco a ficha e vamos nos revezar. Foi o que decidimos", contou o treinador.

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Abel revelou que vai viajar a Portugal para visitar a mulher e as filhas. O time deve ser comandado nas próximas partidas por um dos seus auxiliares. Nesta segunda-feira alguns jogadores já vão ganhar 10 dias de descanso. Quando eles voltarem, será a vez de outra turma descansar. Isso valerá também para membros da comissão técnica e diretoria, como o executivo Anderson Barros e o gerente de futebol Cícero Souza.

"Vamos revezar para que os interesses do clube estejam acima dos individuais. Temos de fazer alternadamente uma pausa e peço desculpas se não me virem no banco por algum momento, mas meus jogadores sabem que estarei presente todos os dias. Mas tenho de atravessar o Atlântico, carregar energias", disse Abel em referência à ida para Portugal.

Entre a troca de uma turma e outra para esses 10 dias de férias, o Palmeiras se programou para ter o elenco inteiro à disposição para o clássico do próximo dia 21 contra o São Paulo, no Allianz Parque. Para o mês de abril, todos já estarão reintegrados para a disputa da Recopa Sul-Americana contra o Defensa y Justicia, da Argentina, e para a estreia na fase de grupos da Copa Libertadores.

A temporada 2021 já teve início para o Palmeiras na última quarta-feira, quando estreou diante do Corinthians, pelo Campeonato Paulista. A equipe volta a campo pela competição já nesta quinta diante do São Caetano, no Allianz Parque. A decisão de dar férias aos titulares também foi tomada pelo Flamengo neste início de temporada. O time carioca tem disputado o Estadual com jogadores da base.

Confira a programação de férias do Palmeiras:

Grupo 1 - Weverton, Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez, Matías Viña, Felipe Melo, Raphael Veiga, Rony, Luiz Adriano, Willian e Abel Ferreira (férias de 08/03 até 18/03)

Grupo 2 - Jailson, Mayke, Emerson Santos, Kuscevic, Alan Empereur, Gustavo Scarpa e Breno Lopes (férias de 22/03 até 01/04)

Grupo 3 - Continua sem pausa

O Palmeiras e o técnico Abel Ferreira formam uma parceria muito positiva para ambos. Ao mesmo tempo em que o clube foi conduzido pelo português para os títulos da Copa Libertadores e da Copa do Brasil, o treinador também se beneficia dessa ligação. Até chegar ao cargo, ele jamais havia sido campeão. Agora, tem no currículo dos dois títulos mais cobiçados do futebol brasileiro.

"Para ser campeão, precisa ter material humano e um clube com estrutura", disse o treinador ainda no Allianz Parque neste domingo, antes de agradecer o carinho do torcedor e seu compromisso de ter ficado em casa por causa da pandemia da covid-19.

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Quando chegou ao País, Abel enfrentava certa desconfiança. O ex-lateral estava no PAOK, da Grécia, e só tinha conquistado como técnico títulos no comando de times de base. Porém, em quatro meses, o português foi capaz de mudar a história do Palmeiras e a própria biografia. De um treinador pouco conhecido no Brasil, virou responsável por fazer o clube festejar taças importantíssimas em 2020.

O desejo de fazer história estava presente no começo do seu trabalho. Logo na apresentação, em novembro, Abel deixou um recado. "Atravessei o Atlântico para trabalhar, ganhar, ajudar a estrutura e os jogadores a crescer, não para conhecer a cidade. É minha missão. Minha estadia nos próximos meses será aqui dentro (da Academia de Futebol)", disse na ocasião.

A profecia se cumpriu. A equipe fazia até então uma temporada irregular, apesar de ter sido campeão paulista. Abel não teria tempo para treinar nem os reforços de peso. Teria de assumir o mesmo conjunto deixado por Vanderlei Luxemburgo. Era preciso trabalhar bastante para se adaptar ao futebol brasileiro em meio a uma pandemia.

"Foi um ano muito pesado para nós, com muitos jogos em sequência. Mas a equipe e a comissão técnica deram o seu melhor. Todo mundo participou e evoluiu junto nesta temporada", afirmou o meia Zé Rafael.

Abel viveu tão intensamente o Palmeiras que quando testou positivo para covid-19, em dezembro, não quis se afastar do time. O português passou a quarentena em um hotel e acompanhava treinos ao vivo graças à transmissão em vídeo do clube.

No comando do Palmeiras, chamou a atenção por escolher para os jogos sempre a força máxima possível. O português se mostrou um grande estudioso das características de cada atleta e se sentiu inconformado pela quantidade de jogos do calendário. Ele nunca teve uma semana inteira livre para treinar.

Aos poucos, o Palmeiras conseguiu montar um estilo de jogo muito competitivo. Letal nos contra-ataques e seguro na defesa, impressionou principalmente pela vitória sobre o River Plate por 3 a 0 fora de casa na Libertadores. A confiança do time no próprio potencial se tornou tão grande que nem mesmo a campanha ruim no Mundial de Clubes foi capaz de abalar as convicções. "Ganhamos experiência e aprendizagem".

O trabalho no Palmeiras já lhe traz muito reconhecimento. Após vencer o Santos na final da Libertadores, Abel recebeu a ligação do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que lhe deu os parabéns.

O título da Copa do Brasil coloca o Palmeiras na final da Supercopa do Brasil diante do Flamengo, em abril. A Libertadores abre a chance de disputar a Recopa Sul-Americana contra o Defensa y Justicia, da Argentina, campeão da Copa Sul-Americana. Serão mais dois títulos em disputa para um treinador que quer se tornar multicampeão.

A temporada 2021 do futebol brasileiro começou há poucos dias e já existe uma grande polêmica. A continuidade dos jogos durante um novo período de crescimento dos casos de Covid-19 causou um racha nas opiniões. Embora a preocupação com a pandemia e as mutações do vírus seja unânime, não há consenso sobre se o futebol deve novamente parar, como foi no ano passado, quando houve uma interrupção de quatro meses no calendário nacional.

A voz mais contundente contra a situação atual da pandemia é o técnico Lisca, do América-MG. Em entrevista ao canal Premiere na noite desta quarta, antes de um jogo pelo Campeonato Mineiro, o treinador criticou a realização de partidas da Copa do Brasil nas próximas semanas. "Nosso país parou, gente. Não tem lugar nos hospitais, eu estou perdendo amigos, amigos treinadores. É hora de segurar a vida. Aqui no Mineiro tudo bem, é mais perto, mas como vão levar uma delegação do Norte para o Sul?", disse.

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Na mesma noite, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, disse ter imensa preocupação de encarar um novo surto de Covid-19 dentro do elenco. Em novembro, a equipe chegou a ter mais de 20 desfalques provocados pela doença e já houve casos de atletas que testaram positivo mais de uma vez. O português contou ter ficado espantado ao ver que no Brasil não há lockdowns rigorosos como na Europa.

"Eu sei que o futebol é um negócio, e precisamos todos trabalhar, precisamos de dinheiro para pagar nossas contas, mas temos que ter responsabilidade social nesse momento, ser mais responsável dentro daquilo que nos compete, que é ficar mais em casa e ver se conseguimos eliminar esse adversário, pois tanto aqui como na Europa está difícil", comentou Abel.

O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, pensa diferente. Mesmo preocupado com a pandemia, a opinião dele é de manter o calendário como forma de trazer um alento ao torcedor. "Estamos fazendo um favor para o povo, porque quando jogamos, é um motivo para o torcedor ficar em casa. Mas não pode parar tudo no Brasil, daqui a pouco a pessoa não sai de casa, mas está morrendo de fome", disse. O treinador mencionou que o futebol conta com uma segurança especial por causa da rotina de testes com os atletas e funcionários.

Por causa do aumento acentuado de casos, dois Estaduais da região Sul do Brasil estão suspensos temporariamente. Em Santa Catarina a medida entrou em vigor a partir desta quinta, por decisão da federação local. Existe a possibilidade de o regulamento ser alterado para o campeonato ter menos partidas. Os clubes vão discutir o assunto em breve.

No Paraná, o momento é ainda mais crítico. O Estadual só teve duas partidas realizadas entre as 12 previstas. A competição foi paralisada após vários municípios proibirem a realização de jogos. "Nós estamos tentando retomar o Estadual a partir da semana que vem, depois de terminar um decreto estadual de restrição de atividades. Vamos tentar voltar para conseguir realizar todas as partidas que foram possíveis", disse ao Estadão o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury.

Em São Paulo as competições estão mantidas. O governo estadual autorizou a realização de partidas e até agora, quem entrou em campo tem se manifestado favoravelmente. O atacante Rafael Marques, ex-Palmeiras e Botafogo, disse nesta semana que se sente seguro em atuar. "Creio que não há perigo para nós jogadores. Todos estão sujeitos a pegar, mas dentro dos protocolos do futebol, não tem nada diferente do que está sendo feito lá fora", afirmou o jogador, que agora defende o Botafogo de Ribeirão Preto.

A decisão do governo de São Paulo de manter a realização de partidas mesmo com o Estado na fase vermelha foi anunciada na última quarta-feira. "Até o momento, vai seguir o mesmo modelo que tem sido seguido na Europa, onde vários países fizeram lockdown e mantiveram as atividades esportivas. Até o momento, a decisão é manter as atividades da mesma forma, como vem sendo seguido em Portugal, Inglaterra e outros países, por exemplo", disse o membro do Centro Contingência do Coronavírus em São Paulo, José Medina.

No entanto, apesar do comparativo com Portugal e Inglaterra, até mesmo esses países tiveram alguns problemas. O Campeonato Inglês teve alguns jogos adiados nesta temporada por causa de surtos em alguns times. Em Portugal houve a mesma situação.

Sem empolgar nos últimos meses, Lucas Lima somou pontos importantes com Abel Ferreira no domingo. Além de voltar a marcar, o que não fazia há mais de um ano, o meia mostrou serviço em diferentes setores do campo e agradou ao treinador português, que deve dar novas chances ao jogador nas partidas decisivas da Copa do Brasil.

"Há momentos em que os jogadores não estão em grande forma. Isso acontece com todo mundo, não apenas com o Lucas Lima. O importante é manter uma linha ascendente e continuar firmes e fortes nos momentos em que as coisas podem não correr bem", comenta Abel, ciente da irregularidade apresentada pelo jogador na temporada.

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Apesar disso, o técnico demonstra estar atento ao atleta. Tanto que ele esteve presente em 21 das últimas 29 partidas da equipe. Foi até titular em 15 destes jogos. No entanto, foram duelos de menor importância, caso da vitória sobre o Fortaleza, em que Abel poupou alguns dos principais jogadores da equipe. O Palmeiras não tem mais ambições no Brasileirão por já ter garantida a vaga na próxima edição da Copa Libertadores.

Nas partidas mais importantes, como as semifinais da competição sul-americana, contra o River Plate, e a final, contra o Santos, Lucas Lima ficou de fora. O meio-campista também foi preterido nas duas partidas do Palmeiras no Mundial de Clubes, contra Tigres e Al Ahly, no Catar.

"O Lucas Lima está a fazer o trabalho dele. Sempre respeitou as opções do treinador, sabe quais são as exigências do treinador. Ter apenas talento não é o suficiente, tem que chegar na área, correr, tem que roubar a bola", diz o Abel, em recado direto ao jogador.

No domingo, o meia não apenas chegou na área como balançou as redes. Foi seu terceiro gol na temporada. O primeiro foi na Florida Cup, contra o New York City, e o segundo contra o Ituano, pelo Paulistão. Ambos em janeiro de 2020.

Se não está chamando tanto a atenção no quesito gol, Lucas Lima vem fazendo bonito em passes para finalizações, com 69. Ele é o líder da equipe neste fundamento na temporada, seguido por Gabriel Menino, com 57.

Abel indica que pode dar novas oportunidades ao jogador. "Estamos aqui há pouco tempo. Nunca menti, sempre fui muito sincero ao fizer que queria conhecer os jogadores. Nós não temos tempo para treinar e trabalhar. Infelizmente os treinadores aqui (no Brasil) tem pouca relação com os clubes. De fato, os relacionamentos duradouros são aqueles que nos dão mais tempo de conhecer os jogadores."

Assim, Lucas Lima poderá ganhar chance até como titular nas finais da Copa do Brasil, nos dias 28 deste mês e 7 de março, se continuar mostrando serviços nas partidas do Palmeiras no Brasileirão, onde o time apenas cumpre tabela. "No Palmeiras, todos são titulares", reforça Abel.

Se depender de Abel Ferreira, o Palmeiras continuará a disputar jogos importantes, como os do mata-mata da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, nas próximas temporadas. Na avaliação do treinador, o time paulista conquistou "experiência" no Catar e o elenco atual tem "margem" para crescer.

"Tenho um time com margem de crescer. Nesse tipo de jogo ganhamos experiência, também temos de estar no máximo de concentração e performance. Sabemos que o time pode fazer melhor em performance individual. Chegamos com mérito, temos mistura de jovens e experientes", comentou o treinador português.

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Para a temporada 2021, o Palmeiras já tem vaga garantida na Libertadores, por ser o atual campeão. Assim, poderá sonhar novamente com o título e a consequente classificação para o Mundial de Clubes, que terá outra edição disputada neste ano, em dezembro, desta vez no Japão. Será a última vez que o torneio terá o atual formato, de sete equipes e poucos jogos. A partir de 2022 a previsão é de uma competição com até 24 clubes.

Sem entrar em detalhes, Abel indicou que o time precisará passar por ajustes para voltar a sonhar grande. No domingo, ele reconheceu que faltou desempenho individual. "Tivemos mais transpiração do que inspiração. Sei que conseguimos fazer o melhor em termos de calma e decisão, nos timings certos, sobretudo com bola."

Tentando recuperar o moral da equipe, o treinador evitou citar as falhas palmeirenses e preferiu valorizar a atuação do time mexicano na derrota por 1 a 0. "Mas mais do que arrumar desculpas temos que assumir que no geral o adversário foi ligeiramente melhor, decidido em um pênalti que o adversário arruma e define na bola parada."

Antes de se despedir do Catar, o Palmeiras terá mais um jogo no Mundial. Será na quinta-feira, provavelmente contra o Al Ahly. O time egípcio vai desafiar o super favorito Bayern de Munique nesta segunda-feira.

Para este jogo, Abel deve poupar alguns titulares, visando o retorno ao Brasil para as rodadas finais do Brasileirão e, principalmente, para a decisão da Copa do Brasil, contra o Grêmio.

"Mas vamos fazer o que temos de fazer, analisar o jogo, ver como estão os jogadores. Temos rodado sempre os jogadores. É impossível estar sempre na máxima força. O que nos trouxe até aqui? É isso que vai continuar nos levando, nosso trabalho, nossa identidade, aprender com nossos erros, com as coisas boas que fizemos, seguir firmes e fortes", disse o treinador. "É preciso sentir a dor da derrota, mas é preciso seguir em frente trabalhar mais e melhor. É assim que os campeões fazem."

O técnico Abel Ferreira evitou lamentar a atuação do Palmeiras, neste domingo (7), e tratou de valorizar a luta dos seus jogadores na derrota para o Tigres, por 1 a 0, na primeira semifinal do Mundial de Clubes, no Catar. Na avaliação do treinador, o jogo foi definido por "detalhe de um pênalti".

"Não está tudo bem quando ganhamos e nem está tudo mal quando perdemos. O que vimos aqui foi aquilo com o que nos comprometemos: não vamos ganhar sempre, mas vamos lutar sempre para ganhar até o fim. Foi o que fizemos aqui. Infelizmente, a bola hoje não quis entrar. Foi um jogo definido por um detalhe de um pênalti", declarou o treinador, na saída do gramado.

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Questionado sobre a fraca apresentação da equipe brasileira, Abel evitou comentários sobre o desempenho e preferiu valorizar a performance do rival mexicano. "O problema é que muita gente não conhece os nossos adversários. Eu falei antes: era um adversário com muita qualidade individual e coletiva. E foi o que vimos aqui hoje. É um adversário que faz isso contra nós e contra todos."

Abel só lamentou a finalização desperdiçada por Luiz Adriano, nos acréscimos. O atacante acertou forte chute, de fora da área, e mandou por cima do travessão, numa das raras investidas mais incisivas do Palmeiras ao longo dos 90 minutos no estádio Education City, em Doha.

"Nós hoje tivemos nossas oportunidades, o adversário também, mas esses jogos são definidos por detalhes. Hoje foi um pênalti que fez a diferença. Portanto, vamos valorizar o que fizemos e, mais do que tudo, valorizar o que o adversário fez. Vocês viram a qualidade do nosso adversário, tem muita qualidade individual. Mesmo assim, tivemos aquela oportunidade final com o Luiz Adriano. Infelizmente, hoje não fomos tão eficazes como costumamos ser."

Com a derrota, em sua estreia na competição organizada pela Fifa, o Palmeiras teve encerrado o sonho de conquistar o título mundial. Se tivesse vencido neste domingo, poderia enfrentar o Bayern de Munique na final. Agora, vai disputar o terceiro lugar, na quinta-feira. O provável adversário é o Al Ahly, do Egito, que enfrentará o favorito Bayern na segunda-feira, na outra semifinal do Mundial.

O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, usou a entrevista coletiva, após o empate diante do Botafogo, por 1 a 1, no Allianz Parque, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, para diminuir a pressão sobre o Palmeiras ás vésperas da disputa do Mundial de Clubes, no Catar, ao criticar o calendário brasileiro.

"Eu já disse que o Palmeiras é um dos clubes com mais jogos. Estou cansado de falar nisso, as perguntas batem no mesmo, temos de estudar um pouco para fazer boas perguntas também. Vamos preparar, recuperar, tivemos um dia para repor, o mais importante era que ninguém se lesionasse e tivemos oportunidades para ganhar o jogo. Parabéns pelo que sofremos, pela equipe que temos, pela juventude e experiência. Sabíamos que ia ser um jogo difícil", disse o treinador sobre o confronto com o lanterna do campeonato, que vinha de seis derrotas consecutivas.

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"Temos de pensar por que Copa é sempre dois jogos aqui, por que temos ida e volta?", afirmou Abel, referindo-se ao fato de a decisão da Copa do Brasil ser em dois duelos, com ocorrerá frente ao Grêmio em 28 de fevereiro, em Porto Alegre, e 7 de março, em São Paulo.

O treinador português também revelou que a preparação para o jogo desta terça-feira não foi a adequada por causa das festividades pelo título da Copa Libertadores, sábado, no Maracanã. "Depois da conquista que tivemos, muito importante para todos nós, quebramos a regra das 24h (de comemoração) e a preparação não foi a melhor, sabemos disso. As coisas no campeonato estão muito difíceis, somos criticados quando buscamos o primeiro lugar com a equipe para buscar resultado, perguntando por que não poupar para a final da Libertadores. Fomos criticados em dezembro por rodar a equipe e conseguirmos aguentar."

Abel fez questão de contar como foram as horas que separaram a conquista da Libertadores até o jogo com o Botafogo. "Nas condições que temos, não é de agora, temos uma equipe muito curta, mas a preparação para o jogo não foi a melhor. Deitamos às 4h ou 5h da manhã (de domingo), quem jogou estava extremamente cansado do jogo e os rapazes nesta terça fizeram o que poderiam. Sabiam que ia ter de sobrar este jogo para quem não tinha jogado. Foi difícil, mas tivemos oportunidades suficiente para matar o jogo, especialmente na primeira parte e não podemos falhar neste nível", afirmou o técnico. A eficácia é muito importante no futebol."

Sexto colocado, com 53 pontos, o Palmeiras vai para o Catar nesta noite de terça-feira para disputar a semifinal do Mundial no domingo. Caso vença Tigres ou Ulsan Hyundai, o time vai jogar a final no dia 11.

Volta de Doha e vai ter uma maratona de jogos na segunda metade de fevereiro. Serão sete jogos a disputar, com cinco pelo Campeonato Brasileiro e as duas finais da Copa do Brasil contra o Grêmio, em 28 de fevereiro e 7 de março.

No Brasileiro, o Palmeiras vai enfrentar o Fortaleza (dia 14), Coritiba (17), São Paulo (19), Atlético-GO (22) e Alético-MG (25).

A "maratona" de dez jogos num intervalo de apenas um mês não vai abalar o Palmeiras para a grande final da Copa Libertadores, no sábado, contra o Santos. Esta é a avaliação do técnico Abel Ferreira, para quem o time soube suportar esta dura sequência de partidas, por diferentes competições, e chegará "inteiro" para o aguardado duelo no Maracanã, no Rio de Janeiro.

"Deve ser a primeira vez na história que uma equipe tem dez jogos no mês. Desafio a quem gosta de futebol (a checar), mas estou convencido de que somos uma das únicas equipes a ter dez jogos no mês. É duro, é pesado. Como treinador, tenho que pensar no presente e no futuro, de forma global. É preciso gestão de energia e jogar na máxima força. A cada jogo, jogaram aqueles que estavam na máxima força", disse Ferreira.

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A "gestão de energia" tem sido feita pelo treinador ao poupar jogadores importantes do time nos últimos jogos. Contra o Vasco, no empate por 1 a 1 no Allianz Parque, Ferreira poupou mais de uma equipe completa: Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Luan, Viña, Danilo, Gabriel Menino, Zé Rafael, Raphael Veiga, Rony, Willian e Luiz Adriano.

"É humanamente impossível, hoje tivemos jogadores com só um dia de intervalo e que deram muito bem a conta do recado no primeiro tempo. Não fizemos mais gols, mas o processo está lá. A gestão foi feita e pensada para podermos chegar ao décimo jogo e posso agora recuperar os atletas por três dias para termos todos disponíveis para a grande final. Conseguimos chegar com a graça de Deus e com o nosso trabalho com a equipe inteira para esta final", afirmou.

Apesar do empate em casa, Abel Ferreira se disse satisfeito com a performance do time. "Montei uma equipe hoje que nunca tinha jogado junto: o Felipe Melo, o Scarpa e o Lucas Lima no meio, com o Renan na lateral esquerda, o Gabriel Silva na frente, o Esteves como ponta e a equipe criando. Como você consegue montar esta equipe e ela apresenta esta qualidade? Errar gols as melhores equipes erram. Mais importante é ver a identidade. Nós, em condições físicas, difíceis, tivemos a equipe com uma boa circulação de bola."

Com esta satisfação, o português vê o Palmeiras preparado para a grande final, no sábado. "É um jogo muito particular, é uma final. É fruto de um grande trabalho das duas equipes. Chegam as duas com mesmo desejo e ambição. Da minha parte, vamos nos preparar como temos feito em todos os jogos, encarar as emoções que temos e aceitá-las. Quando chegar o momento do apito do árbitro concentrar nossa energia para o plano de jogo. Não vamos nos preparar agora, estamos nos preparando. Tenha certeza absoluta que essa galera está preparada para esta final", declarou.

Além da preparação e tensão envolvidas na final, Abel Ferreira avisou que vai pedir aos seus jogadores que desfrutem do momento, no sábado. "Foi para isso que estudei e trabalhei tanto, para chegar à final e desfrutar com responsabilidade e viver este momento. Nem todos jogadores e treinadores chegam à final. Temos esse privilégio e temos de fazer o que nos compete, que jogar em alto nível", afirmou.

Ganhar do maior rival, e por goleada, deixa qualquer treinador feliz e extremamente satisfeito. Com o português Abel Ferreira não foi diferente. Mas o comandante palmeirense preferiu manter os pés no chão após os 4 a 0 sobre o Corinthians e não entrou em clima de euforia. Viu o resultado como importante, mas alertou. "Não me satisfaz porque não ganhamos nada, mas nos dá consistência ao trabalho."

Abel Ferreira sabia que o time precisava de um resultado contundente para apagar a má impressão deixada na derrota por 2 a 0 diante do River Plate. Ela poderia ter vindo diante do Grêmio, mas o time pecou nas finalizações e cedeu o empate por 1 a 1. No clássico, porém, a resposta surgiu e colocou o time só dependendo das suas forças para ser campeão brasileiro.

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"Não é só um jogo. É um dérbi contra o maior rival dentro da nossa casa. Sabemos que são mais que três pontos. São 3 pontos mais a satisfação de quem nos assiste. Toda essa responsabilidade nós assumimos", enfatizou.

E seguiu mostrando estar por dentro de toda a rivalidade do duelo. "O Corinthians é o nosso maior rival, mas sem o Corinthians não existiria essa energia. Precisamos dos nossos rivais e a melhor forma de respeitar é nas quatro linhas. Ali que temos que ir para luta e competir", advertiu, garantindo que os 4 a 0 foram a melhor maneira de não desprezar a importância do confronto.

E nada de escolher heróis. Nem mesmo ele, responsável pela escalação e a escolha do esquema. "Cada jogo tem uma história, mas é importante ver a equipe com jogo coletivo. Jogue quem jogar, eles conseguem perceber que a identidade é da equipe. A estrela é a equipe."

Sobre sua euforia na beirada do campo e as tiradas com os "erros" da arbitragem, Abel jogou na conta da sede por vitórias de todos no Palmeiras. Abel não gosta de desperdício de pontos, e sabe como poucos mexer com o grupo e com a emoção da torcida.

"Ninguém dentro do Palmeiras quer mais ganhar do que os jogadores e todos da estrutura. Nem mesmo a torcida. Eu sei que eles querem ganhar, mas não querem mais do que a comissão e jogadores. É disso que vivemos. É para eles que jogamos."

O técnico Abel Ferreira avaliou que o aspecto psicológico foi fundamental para a fraca atuação do Palmeiras na derrota por 2 a 0 para o River Plate, nesta terça-feira (12), no Allianz Parque. O resultado foi suficiente para o time avançar à final da Copa Libertadores, mas a vaga acabou sendo obtida com muito sofrimento, na sequência do marcante triunfo por 3 a 0 na Argentina.

Na visão do treinador português, o River Plate não tinha nada a perder e se aproveitou desse cenário para explorar a tensão do Palmeiras, que se sentia na obrigação de classificar. Também avaliou que o gol perdido por Rony nos minutos iniciais do duelo desta terça-feira ajudou a mudar o cenário do duelo favoravelmente ao time argentino.

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"Já tinha dito que era possível eles fazerem os três gols, com um treinador que está há cinco anos na equipe, ganhou duas vezes (a Libertadores), com jogadores experientes e que veio sem nada a perder. E como gosto da psicologia, é um dos componentes que eu adoro, a intensidade do sentimento da perda é o dobro do lucro. E o jogo hoje era muito mental. Se sai o gol na primeira bola do Rony, matávamos o adversário animicamente", comentou, em entrevista coletiva.

Abel fez questão de exaltar a excelente atuação que o Palmeiras teve na Argentina, apontando que o placar poderia ter sido até maior. Depois, reconheceu que o River Plate teve o domínio do duelo em São Paulo, mas também destacou que a equipe conseguiu sustentar a vantagem no somatório do placar após ir ao intervalo no seu estádio perdendo por 2 a 0.

"Nós fizemos três gols lá, mas poderíamos ter feito o quarto e o quinto embaixo da baliza, com o Veiga e o Willian e matávamos a eliminatória. E eu estudei a equipe, sabia que eles poderiam fazer três gols. Os primeiros gols foram de escanteio e lançamento. No intervalo, com 2 a 0, o adversário está animicamente muito forte e nós com o sentimento de perda da vantagem. Tivemos de sofrer e conseguimos a qualificação muito pelo jogo que fizemos na Argentina. No primeiro jogo fomos muito superiores e no segundo o River foi superior", comentou.

A final da Libertadores será disputada em 30 de janeiro, no Maracanã. E o adversário do Palmeiras sairá do duelo entre Santos e Boca Juniors, nesta quarta-feira, às 19h15. Na ida, no Estádio La Bombonera, os times empataram por 0 a 0.

Único time brasileiro disputando três competições ao mesmo tempo, o Palmeiras sofre com a "maratona" de jogos. E teme que a dura sequência de partidas influa diretamente em seus resultados, como quase aconteceu no domingo (28), na vitória magra sobre o Red Bull Bragantino, no Brasileirão. No duelo disputado no Allianz Parque, o técnico Abel Ferreira precisou recorrer a reservas para reduzir o desgaste físico de alguns titulares e correu riscos em campo.

Em bom momento, o Palmeiras está em sexto lugar no Brasileirão e briga pelo G-4. Disputa ainda as semifinais da Copa Libertadores e da Copa do Brasil. Na competição nacional disputada no sistema mata-mata, o time paulista encara o América-MG nesta quarta, no jogo da volta, em Belo Horizonte. Precisa vencer para avançar porque houve empate por 1 a 1 na ida, em São Paulo.

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Foi pensando neste duelo decisivo que Abel Ferreira poupou jogadores como Rony, um dos destaques da temporada, no domingo. Foram oito mudanças na equipe ao todo. "Não gosto de arranjar justificativas, a única coisa que posso dizer é que desde que cheguei não temos tempo para treinar, não consigo fazer exercícios. A única forma que eu tenho é treino tático específico parado e audiovisual, é assim que treino agora", diz Abel, ao explicar o sufoco que o Palmeiras levou do Red Bull Bragantino.

A preocupação com lesões pode virar realidade se Gabriel Veron for vetado do jogo de quarta. O atacante Gabriel deixou o gramado chorando no domingo. Sentiu dores musculares na coxa direita que podem ser resultado do excessivo desgaste físico.

"Não dá para jogar de dois em dois dias. Acho que somos a única equipe que temos jogado de dois em dois dias, e isso tem riscos. Estamos no red line (linha vermelha). Tem o contexto não só da intensidade competitiva, do coronavírus", afirma o treinador português, em tom de desabafo.

A "maratona" de jogos do Palmeiras teve início em agosto, três meses antes da chegada do técnico. Ainda com Vanderlei Luxemburgo, o time paulista iniciou uma sequência de jogos que impede ter ao menos uma semana livre para treinos. Nos últimos quatro meses a equipe entrou em campo no mínimo duas vezes por semana e encarou essa sequência sem nem poder mudar tanto as escalações.

E isso porque, em meio à série de jogos, o clube paulista sofreu um surto de covid-19 no elenco e na comissão técnica. Foram 22 jogadores infectados, o que exigiu malabarismos do treinador e de seus auxiliares para escalar o time e também para não sobrecarregar os atletas que conseguiram escapar do novo coronavírus.

Depois do confronto decisivo com o América, o Palmeiras voltará a campo no dia 5 de janeiro, para o duelo de ida da semifinal da Libertadores, contra o River Plate, em Buenos Aires. Antes do jogo da volta, marcado para o dia 12, o time paulista enfrentará o Sport, no dia 9, em Pernambuco, pelo Brasileirão.

O Palmeiras passou nas últimas semanas por um surto de casos de Covid-19 no elenco e em membros da comissão técnica e da diretoria. Só entre os jogadores foram mais de 20 infectados e a grande maioria já voltou a jogar. Com tantas partidas seguidas, João Martins, auxiliar do treinador português Abel Ferreira - afastado por ter dado positivo para o novo coronavírus -, elogiou a postura dos atletas que se recuperaram e estão atuando com a metade da capacidade física em partidas decisivas.

"Tivemos dificuldade na parte física dos jogadores que vieram de Covid. Muitas vezes as pessoas pensam que é só chegar e continuam bem, mas foi um vírus que atacou o corpo, o organismo. Os jogadores estão sendo fortes, mas não é fácil. Tivemos 22 casos, quase todos na mesma altura. E temos de jogar com atletas que às vezes nem começam com 50%. Eles estão sendo guerreiros e muitas vezes temos de gerir isso", afirmou o auxiliar logo após o empate por 1 a 1 contra o Libertad, na terça-feira, em Assunção, no Paraguai, pela rodada de ida das quartas de final da Copa Libertadores.

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Em três competições ao mesmo tempo - as outras são o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil -, o Palmeiras ainda tem de lidar com lesões: Patrick de Paula, Felipe Melo, Luan Silva, Wesley e Luiz Adriano são os atletas no departamento médico. O lateral-direito Marcos Rocha é hoje único jogador ainda afastado por conta da covid-19.

Mesmo com estes problemas, João Martins considera que o Palmeiras conseguiu um bom resultado. A atuação no estádio Defensores del Chaco, porém, não agradou ao auxiliar. "Não foi o pior desempenho, mas não foi um bom desempenho. Temos a noção disso. O tipo de jogo deles e o nosso demérito na primeira parte fez eles terem mais chances que nós. Muitos passes errados, perdas de bola, más decisões, isso fez eles sobressaírem. O jogo foi para o lado que convinha a eles: bola no ar, divididas, jogo direto... Valeu muito pelo resultado, estamos na frente, por cima", disse.

O Palmeiras volta a campo às 19 horas deste sábado, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, para enfrentar o Bahia, pela 25.ª rodada do Brasileirão. A equipe alviverde atualmente está na sétima colocação, com 38 pontos.

Na Libertadores, Palmeiras e Libertad voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, também no Allianz Parque. Um empate sem gols classifica o clube brasileiro. Outro 1 a 1 leva a decisão aos pênaltis e qualquer igualdade por dois ou mais gols dá a vaga aos paraguaios. Quem vencer, avança.

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