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Vaqueiros de Pernambuco fizeram uma manifestação nesta terça-feira (11) contra o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que considera inconstitucional a lei cearense que regulamenta a vaquejada. O grupo de manifestantes saiu montado pela Avenida Abdias de Carvalho e BR-232 montados em seus cavalos. Atrás, caminhões que trouxeram os animais seguiam a manifestação com buzinaços.

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Além do centro do Recife, Pernambuco teve ato em Garanhuns, Carpina, Gravatá e Cachoeirinha. Os vaqueiros organizaram manifestações em 14 Estados do país, sendo ao todo 48 municípios.

Segundo o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), Pauluca Moura, a medida do STF é preconceito. “Eles não conhecem a vaquejada e assume isso no texto”, contou. “A gente convida a população a vir conhecer a história do vaqueiro. Nessa nossa vaquejada existe todo um regulamento criado pela associação para que sejam proibidos os maus tratos aos animais”, complementa.

O ministro Marco Aurélio, relator do caso, disse haver crueldade intrínseca aplicada aos animais na vaquejada e pontuou que a proteção ao meio ambiente deve se sobrepor aos valores culturais da atividade desportiva. O relator ainda afirmou que laudos técnicos contidos no processo apresentam casos de fraturas nas patas e rabo, ruptura de ligamentos e vasos sanguíneos, eventual arrancamento do rabo e comprometimento da medula óssea.

Moura, da ABVAQ, se defende. Diz que se o animal é machucado, o competidor é desclassificado automaticamente. “Os currais são feitos para induzir o boi a ir na direção sem precisar forçá-lo a ir. O boi não corre na competição porque ele é espancado, mas sim porque é um instinto natural quando vê um cavalo. Não utilizamos esporas cortantes, não chicoteamos os bois, temos presença obrigatória de veterinários. O pessoal fala muito da queda do boi. Mas isso é que acontece nas fazendas em geral. O animal é derrubado nas fazendas, a diferença é que na vaquejada é obrigatório ter uma camada de areia no mínimo 50 cm para amortecer a queda”, se justifica o vaqueiro.

De acordo com o vereador Romildo Gomes (PSB), que também participava do ato, 700 mil trabalhadores no Brasil seriam prejudicados com a proibição da modalidade. “Vão para onde com essa crise? Vão para rua”, Gomes criticou.

Os vaqueiros entregaram um manifesto ao secretário de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, Nilton Mota. No próximo dia 25, haverá um ato nacional de vaqueiros em Brasília.

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