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Funcionários e alunos da academia Power, no bairro do Espinheiro, na zona norte do Recife, foram até o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DEPATRI), prestar queixa contra o dono do estabelecimento, Marcelo José Vereda, que é acusado de aplicar um golpe.

Marcelo teria deixado a academia vazia levando todos os equipamentos, vidros e até os vasos sanitários dos banheiros junto ao dinheiro dos alunos, segundo afirmações dos próprios clientes. Com a desculpa de que a academia iria trocar os pisos de borracha, o local, que funcionava 24 horas, foi fechado às 22h da sexta-feira (25) e só abriria nessa segunda. Porém, frequentadores do local encontraram o estabelecimento completamente vazio.

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O advogado Eduardo Nogueira, que havia pago dois meses adiantados na última sexta (25), disse que provavelmente Marcelo já teria premeditado a ação. “Já haviam cortado a internet e a TV a cabo da academia, e a desculpa era de que as operadoras que forneciam o serviço seriam trocadas. As câmeras de segurança do local também foram retiradas há pouco tempo”, afirma Eduardo.

O empresário Bernardo Barreto, que malhava há nove anos no local, também foi vítima do golpe. “Também paguei dois meses adiantado. O pior foram as pessoas que pagaram até o final do ano”, lamente ele, sobre os pacotes promocionais oferecidos pelo estabelecimento.

A informação que se tem é que a ficha de Marcelo Vereda é extensa na DEPATRI. Os próprios alunos confirmam que ele é envolvido com dívidas trabalhistas e tributárias, e por isso já decretou falência com a antiga academia que funcionava no mesmo local, a Vereda. Marcelo também devia à proprietária do imóvel, que era alugado.

Segundo o Delegado de repressão ao estelionato, Rômulo Aires, os Boletins de Ocorrências (B.O.) abertos pelos funcionários e alunos serão retificados para, só assim, começarem as investigações. “Iremos pedir também informações a Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe) sobre o local, levantaremos informações dos sócios, que serão intimados”, afirma Aires.

Se os sócios do local, inclusive Marcelo, não se apresentarem, serão indiciados por estelionato, podendo até ter a prisão preventiva decretada, dependendo do decorrer das investigações. Estima-se que mais de cem pessoas tenham sido lesadas com o desaparecimento do dono, fora os seis funcionários que chegam a estar há quatro meses sem receber salário.

A revolta e indignação dos alunos é grande. Eles chegaram a fizer um grupo na rede social Facebook e estão se mobilizando para que o maior número de lesados preste queixa na delegacia. A foto de Marcelo está sendo divulgada nas redes sociais e em programas de TV.

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