Tópicos | Adriana Ferreira Almeida Nascimento

A Polícia Civil localizou nessa quarta-feira (20) em Tanguá, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, Adriana Ferreira Almeida Nascimento, viúva de Renné Senna, ex-lavrador que ganhou sozinho o prêmio da Mega Sena de R$ 52 milhões, em 2005. Adriana foi condenada pela Justiça em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão, após ser acusada de mandar matar o marido em janeiro de 2007. Ela foi localizada em uma casa por policiais civis da Delegacia Especializada em Armas, Munição e Explosivos (Desarme).

No último dia 10 de abril, o juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, determinou a expedição de mandado de prisão de Adriana, que estava foragida. Na decisão, o juiz Pedro Amorim afirmou que “pelo exposto, respeitado o duplo grau de jurisdição e definida autoria e materialidade do delito, não há razão para que seja postergada a execução da pena, em especial no caso em análise, que tem por objeto crime praticado há mais de uma década”, determinou.

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O magistrado argumentou que o Supremo Tribunal Federal (STF) fixou jurisprudência no sentido de que a execução provisória da condenação em segunda instância, ainda que sujeita a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência.

O lavrador Renné Senna ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena em julho de 2005 e foi assassinado quase dois anos depois, com quatro tiros, quando conversava com amigos na porta de um bar em Rio Bonito, onde morava. A viúva Adriana Almeida foi apontada pela polícia como a mandante do crime, supostamente motivada pela herança. Cabeleireira na cidade, ela conheceu Renné em uma festa de Natal na casa que ele havia comprado em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.

Durante a festa, os dois se aproximaram e começaram a namorar. Ele decidiu voltar para Rio Bonito, onde nascera, e meses depois casou-se com Adriana. A vítima sofria de diabetes e teve de amputar as duas pernas, em consequência da doença. Ele andava em um quadriciclo pela cidade e tinha o hábito de, nos finais de semana, ir a um bar conversar e tomar cerveja com amigos, quando foi assassinado. Os matadores estavam em uma moto e fizeram diversos disparos contra Renné, que morreu na hora.

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