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Os campeões mundiais Gabriel Medina, Adriano de Souza e Ítalo Ferreira se classificaram, nessa quarta-feira (7), para as oitavas de final da segunda etapa do Circuito Mundial de Surfe, disputada na praia de Merewether, em Newcastle (Austrália).

O primeiro a entrar na água foi o bicampeão Gabriel Medina, que superou o australiano Connor O'Leary por 12,16 a 9,60 para ultrapassar a terceira fase. O português Frederico Morais será o adversário do surfista de São Sebastião nas oitavas.

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Já Adriano de Souza deixou pelo caminho o francês Jeremy Flores, para isto somou 10,93 pontos, enquanto seu adversário ficou com 7,40. Mineirinho agora terá pela frente o australiano Julian Wilson.

Quem também avançou foi o atual campeão mundial Ítalo Ferreira, que deixou pelo caminho o australiano Jackson Baker, ao vencer por 12,80 a 11,20. O próximo desafio do potiguar será o norte-americano Griffin Colapinto.

 

A temporada de 2021 do Circuito Mundial de Surfe começou. Depois de quase um ano de paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus, que provocou o cancelamento do campeonato de 2020, os surfistas caíram na água na quarta-feira (9) para a disputa da primeira fase da etapa de Pipeline, no Havaí. Dos 11 brasileiros na disputa, oito passaram direto à terceira fase - entre eles os campeões mundiais Italo Ferreira e Gabriel Medina - e outros três, incluindo Adriano de Souza, o Mineirinho, foram para a repescagem.

Um ano após se consagrar em Pipeline, Italo iniciou a defesa do título da etapa e do Mundial contra o sul-africano Matthew McGillivray e o peruano Miguel Tudela. Mesmo com ondas pequenas, o brasileiro passou em primeiro. "Foi um ano longo para todos, mas aproveitei minha família e tive tempo para treinar e surfar muito. Foi uma bateria muito difícil. Estava grande ontem (terça-feira) e hoje (quarta) estava diferente. Tive que fazer aéreos porque Pipeline estava diferente. Mas estou feliz de ter passado e estar competindo de novo", comemorou.

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No sufoco, em uma bateria com emoção até o último segundo, Medina e Mineirinho decidiram a segunda posição na última série - o havaiano Josh Moniz passou em primeiro. Medina precisava de menos de 1 ponto para virar e pegou uma onda pequena. Acertou a primeira manobra, mas caiu na segunda. Mesmo assim, o bicampeão mundial virou sobre o compatriota por 5,60 a 5,57 no somatório.

Na outras baterias, Yago Dora, Filipe Toledo e Caio Ibelli garantiram três vitórias brasileiras, enquanto que Jadson André, Deivid Silva e Miguel Pupo se classificaram em segundo. Já Peterson Crisanto e Alex Ribeiro ficaram em terceiro em suas baterias e também vão ter que passar pela repescagem.

Nesta fase, os dois melhores de cada bateria seguirão vivos na etapa de Pipeline. Entre os 12 surfistas que disputam a repescagem, dois já venceram a competição no Havaí: o campeão mundial Adriano de Souza e o australiano Julian Wilson.

O Brasil teve um dia perfeito na etapa de Bells Beach, na Austrália, do Circuito Mundial de Surfe. Os três competidores do País que entraram no mar - Filipe Toledo, Adriano de Souza e Wiggolly Dantas - triunfaram e avançaram à quarta fase, para a qual Caio Ibelli também já estava classificado.

Em grande fase, fase Filipe Toledo conseguiu a maior somatória da terceira fase - 18,27 pontos -, o que acabou sendo mais do que suficiente para ele superar o australiano Adrian Buchan, que somou 15,56 na sua bateria. Na sua melhor onda, o brasileiro conseguiu 9,77 pontos, o que acabou sendo fundamental para o seu triunfo.

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Na quarta fase, Filipinho terá pela frente o havaiano Ezekiel Lau e o também brasileiro Adriano de Souza. Com uma nota 9 na sua melhor onda, Mineirinho fechou a sua bateria com 16,53 pontos, superando o francês Jeremy Flores, que conseguiu 15,50.

Já Wiggolly Dantas eliminou o australiano Matt Wilkinson, o atual campeão da etapa de Bells Beach. Em uma bateria bastante equilibrada, o brasileiro superou o oponente por 13,73 a 13,00 para se garantir na quarta fase, quando terá pela frente o também australiano Joel Parkinson e o sul-africano Jordy Smith.

Caio Ibelli, que havia assegurado anteriormente a sua classificação à quarta fase, duelará na sua bateria com o português Frederico Morais e o australiano Owen Wright.

Demorou quatro dias, mas finalmente os surfistas caíram na água neste sábado para a terceira etapa do Circuito Mundial de Surfe, realizada de Bells Beach, palco da última das três disputas da 'perna australiana' da competição. E a espera dos organizadores para as melhores condições do mar foi positiva para três brasileiros, que garantiram classificação direta para a terceira rodada: Gabriel Medina, Adriano de Souza e Filipe Toledo, que conseguiu uma nota 10.

A primeira vitória da chamada "Brazilian Storm" veio na terceira bateria do dia, na qual Gabriel Medina conseguiu superar os rivais Stuart Kennedy e Leonardo Fioravanti e vibrou bastante com o desempenho na rodada de abertura.

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"Estou muito feliz em ter vencido na primeira fase. O mar está um pouco lento e com ondas pequenas, então está difícil de surfar. Depois da eliminação em Margaret River, vim para cá e treinei bastante para chegar aqui e fazer bonito. Vejo que está dando resultado", disse Medina.

Na sétima bateria, Adriano de Souza mostrou muita paciência para conseguir virar sobre Joan Duru e Caio Ibelli. O campeão mundial em 2015 comentou as dificuldades que teve por conta da troca no palco de disputa, que passou da praia de Bells Beach para Winkipop.

"É uma onda completamente diferente e mexe um pouco com seu foco. Também muda o tamanho das pranchas, geralmente eu uso uma 5'10" (1,78m) e aqui usei uma 5'7" (1,70m) feita no Brasil como experimento", explicou. "É a única prancha que eu tenho desse tamanho e, se continuar aqui, vai ser só ela que vou usar".

Outro que não se deixou impressionar com o começo melhor dos adversários foi Filipe Toledo. Em suas segunda e terceira ondas, o brasileiro já conseguiu notas 8,17 e 8,93. À vontade, Filipinho ainda conseguiu um 9,70 e depois, já sem nenhuma pressão, conquistou um 10 unânime dos juízes.

"Tenho tudo a meu favor, estou me sentindo muito bem. Tenho o suporte da minha família, minha esposa e minha filha. Não é fácil você vir de uma derrota e num outro campeonato logo em seguida, totalmente diferente, ter que mudar todo o plano, e já conseguir um resultado bom também", disse ao sair da água.

Jadson Andre, os irmãos Miguel Pupo e Samuel Pupo, Caio Ibelli, Ian Gouveia, Wiggolly Dantas são os outros brasileiros que não passaram pela primeira etapa e agora terão de disputar uma rodada eliminatória.

A final da etapa brasileira do Circuito Mundial de Surfe será entre estrangeiros. Nesta quinta-feira (19), Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho, não conseguiram superar o australiano Jack Freestone e o havaiano John John Florence, respectivamente, e caíram nas baterias válidas pelas semifinais da competição, que está sendo realizada na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

A derrota mais inesperada foi de Medina. Dono das duas melhores notas da etapa - ele conseguiu dois 10 em baterias anteriores -, o campeão mundial de 2014 foi superado por Freestone após levar uma virada nos minutos finais.

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Medina perdeu por 16,50 a 14,67 para o australiano, mesmo após ter conseguido um aéreo sensacional no meio da bateria, que lhe rendeu a nota 9,07. Mas não foi suficiente para evitar a eliminação, pois o oponente conseguiu as notas 7,83 e 8,67 em ondas surfadas no final da bateria.

Mineirinho, por sua vez, foi superado pelo melhor momento de Florence. O havaiano ficou na frente durante toda a bateria. "A sincronia do John Florence com o mar foi a chave (para a vitória)", disse o brasileiro, que disputou a sua primeira semifinal em 2016.

Florence venceu por 18,73 a 12,66, incluindo uma nota 9,80, a maior das duas baterias pelas semifinais. Agora ele vai duelar com Freestone pelo título da etapa brasileira do Circuito Mundial de Surfe.

Campeão mundial de surfe no último dia 17, em disputa realizada em Pipeline, no Havaí, Adriano de Souza já está no Brasil. Após recepção calorosa por cerca de 100 pessoas no aeroporto de Guarulhos, Mineirinho, como é conhecido, não escondeu a emoção após o primeiro contato com os fãs.

"Está sendo um sonho, o atleta sonha chegar nesse momento, mas não sabe o que acontece", revelou o surfista, sem desgrudar do troféu da WSL (Liga Mundial de Surfe). Outro que não imaginava tamanho assédio da imprensa e do público foi o irmão Angelo, que comprou a primeira prancha do atual número 1 do mundo. "Não esperava toda essa grandiosidade. Como eu amo o Adriano e quero tudo de bom para ele. No momento que ele pediu a prancha eu queria o melhor para ele."

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Além de garantir que vai estar na luta do título em 2016, o campeão do mundo atendeu a imprensa na sede de um de seus patrocinadores, nesta terça-feira à tarde, em São Paulo, e disse que espera um domínio brasileiro na elite do surfe mundial nos próximos anos.

"No passado, quando entrei no circuito, faltava muita coisa. Hoje vejo os dez atletas com chance de serem campeões do mundo." Mas o surfista fez questão de pedir a compreensão de todos quando as vitórias não chegarem, para ele ou para os outros brasileiros. "O Brasil precisa acreditar nos seus atletas."

"É o que a gente tem. Seria bacana ter esse reconhecimento, estar junto com os caras mesmo na derrota." Campeão mundial júnior em 2004 e atleta da elite há dez temporadas, Mineirinho está com 28 anos. Mas o membro mais experiente da "Brazilian Storm" ("Tempestade Brasileira", forma como a imprensa internacional chama a nova geração de surfistas brasileiros) exaltou o que os pioneiros do surfe no Brasil fizeram para ele e Gabriel Medina, campeão em 2014, chegarem ao título mundial.

"Os pioneiros deixaram alguns buracos. Eles não tinha referência e tiveram que traçar o caminho deles. Eu tenho sorte de ser dessa geração mais pronta. Mas temos que agradecer o que eles fizeram."

Assim como fez ao conquistar o título do Pipe Masters 2015, etapa final do Circuito Mundial, Mineirinho dedicou sua conquista ao amigo Ricardo dos Santos, morto por um policial em Santa Catarina no começo deste ano. "Ano passado ele estava nas areias de Pipe e ficou mais feliz do que triste quando o Medina não ganhou (a etapa do Havaí). Ele brincou: 'Abriu as portas para eu ser o primeiro campeão em Pipe Masters'. Era o sonho da vida dele. Eu sempre almejei ser campeão no Havaí e dedico isso a ele."

Após a entrevista coletiva desta terça-feira, Mineirinho seguiu para o Guarujá, no litoral paulista, sua terra natal, onde será recebido pela prefeita Maria Antonieta de Brito e depois vai desfilar em carro de aberto.

O surfista Adriano de Souza, o Mineirinho, chegará ao Brasil nesta terça-feira (22), no aeroporto de Guarulhos, com a taça de campeão mundial e muita ansiedade. Ele até pretendia ficar mais tempo no Havaí, onde ganhou o título, para treinar, mas a vitória alterou seus planos. Ele sabe que a empolgação dos torcedores é grande, mas evita pensar na recepção. "Nem imagino como será a volta. Vai ser louco", brinca.

Existe a expectativa de que muitos torcedores do Corinthians, clube que já patrocinou o atleta, apareçam no aeroporto. A própria diretoria corintiana está incentivando as uniformizadas do clube a irem mostrar seu apoio ao surfista, que é corintiano declarado.

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Ao chegar, ele vai direto para o prédio de uma de suas patrocinadoras, onde dará entrevista coletiva. Depois, é esperado no Guarujá, onde vai desfilar em carro aberto diante de seus amigos e familiares. "É uma sensação única de dever cumprido e reconhecimento da galera", afirma o atleta de 28 anos.

Para Mineirinho, a cereja no bolo foi vencer o Pipe Masters, última etapa da temporada, em Pipeline, até porque ele reconhece que lá costuma enfrentar um tipo de onda que não é sua especialidade. "Vencer em Pipe foi incrível. Sair do pódio com o troféu de primeiro lugar foi uma coisa que me impressionou bastante, pois não é muito meu forte. Para o Ricardo dos Santos, era o sonho dele. Acho que para conquistar esse troféu eu tive muita ajuda dele", diz, sobre o amigo assassinado por um policial em janeiro.

Mineirinho é o segundo brasileiro campeão mundial no surfe. No ano passado, Gabriel Medina conquistou o título e abriu o caminho para que outros pudessem sonhar. Com o troféu nas mãos, Mineirinho sabe que terá trabalho na próxima temporada e evita falar em bicampeonato. "É muito cedo, vamos passo a passo. A próxima etapa será na Austrália, começa lá, depois do que ocorrer ali a gente começa a planejar para o resto do ano", concluiu o atleta, sobre a disputa que se inicia em 10 de março, em Gold Coast.

Foram 10 anos de luta no Circuito Mundial de Surfe para conquistar o sonhado título. Adriano de Souza, o Mineirinho, batalhou uma década para mostrar que poderia chegar lá. Com a vitória na etapa de Pipeline do Circuito Mundial, no Havaí, mostrou ao mundo o seu talento e a primeira atitude que fez quando chegou na casa que a noiva alugou para acompanhar de perto a disputa foi rezar com a sogra Darli Stahelin e agradecer a Deus pelo título.

"Ainda estou tentando entender tudo isso. É muita gratidão após o título, é muita adrenalina, agora é curtir e descansar. Da forma que foi, é incrível. Acho que Deus caprichou no meu título mundial. Estou muito honrado de ter finalizado meu ano dessa forma", afirmou o surfista, que destacou o que mais o impressionou no título. "Acho que foi vencer o Pipe Masters".

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A vitória veio de forma dramática, na semifinal da competição, e nem mesmo ele esperava que fosse dessa forma, com vitória na etapa, título mundial no fim da temporada e ainda por cima vendo o amigo Gabriel Medina na decisão com ele e levando de quebra a Tríplice Coroa Havaiana. "O Gabriel estava surfando muito, com posicionamento bom, vinha com muita força e determinação. Na final sabia que estava competindo contra o melhor do evento, mas venci e dedico esse troféu ao Ricardo", disse Mineirinho, sobre Ricardinho dos Santos, seu amigo que foi morto por um policial em janeiro.

Desde 2006, Mineirinho está na elite do surfe e sempre sonhou com o momento. Talento desde cedo, chegou a ficar perto, mas nunca teve uma temporada tão brilhante, com vitória em duas etapas, em Margaret River e em Pipeline. "Eu corri muito atrás desse campeonato. A cada bateria que o Mick passava, as chances diminuíam. Mas o Gabriel me ajudou muito eliminando o Mick na semifinal e deu tudo certo. Esse troféu é um sonho que virou realidade. Quero curtir muito isso, intensamente", afirmou.

O surfista volta para o Brasil na próxima semana e deve desfilar em carro de bombeiros no Guarujá (SP). Ele confessa que ainda não caiu a ficha do título e não quer imaginar como será sua recepção em casa. "Sinceramente, não tive nem tempo de pensar nisso", comentou.

Para Mineirinho, muita coisa boa deve vir nos próximos anos e essa geração talentosa de atletas tem tudo para conquistar ainda mais troféus para o País. Ele cita Gabriel Medina e Filipe Toledo como ótimos surfistas, mas vê garotos já mostrando resultados desde cedo. Ele sabe que seu título mundial vai inspirar algumas gerações de atletas brasileiros. "A fase dos brasileiros é muito boa. Eu me sinto muito feliz por ter ajudado neste caminho. O Gabriel foi campeão mundial no ano passado, agora fui eu. Podemos ter outros no futuro. O importante é trabalhar sério, se dedicar e acreditar", concluiu o campeão mundial.

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Adriano de Souza, o Mineirinho, chegou à final da decisiva etapa de Pipeline do Circuito Mundial, nesta quinta-feira, e garantiu matematicamente o seu primeiro título mundial de surfe ao superar matematicamente o australiano Mick Fanning, que foi eliminado por Gabriel Medina na outra semifinal e não conseguiu conquistar o tetracampeonato.

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Após 10 anos no Circuito Mundial, Mineirinho pôde enfim comemorar seu primeiro título em uma praia lotada de brasileiros. Ele foi carregado pelos torcedores logo ao sair da água após a vitória sobre o havaiano Mason Ho na semifinal. Aos 28 anos, ele é o segundo brasileiro a ser campeão de surfe. No ano passado, Medina conquistou o título.

Outro fato importante é que os brasileiros conquistaram os três troféus mais importantes no Havaí. Mineirinho foi campeão mundial, Gabriel Medina conquistou a Tríplice Coroa Havaiana e o troféu de campeão da etapa de Pipeline ficará entre Medina e Mineirinho, que ainda farão nesta quinta-feira a final da última etapa do ano.

Com uma trajetória marcada por superação, Mineirinho vem de família humilde do Guarujá (SP) e sempre foi considerado um surfista talentoso. Ele também tem como marca mostrar raça e lutar até o fim nas baterias. Para ele, o título mundial é a realização de um sonho de criança, que agora se tornou realidade.

A vitória de Mineirinho comprova o bom momento do surfe no Brasil, com o título de Caio Ibelli no WQS, uma espécie de segunda divisão, e a boa temporada de Filipe Toledo e Italo Ferreira, que também terminaram o ano entre os melhores do mundo.

O Pipe Masters deve terminar nesta quinta-feira (17) até as 21 horas (de Brasília), pois a previsão indica que os outros dias da janela de disputa, que vai até domingo, serão de poucas ondas e muito ruins para a competição. Assim, a intenção é realizar as oito baterias que faltam (uma da quinta fase, quatro das quartas de final, as duas semifinais e a final) no período da manhã do Havaí, quando o mar ainda estará em condições razoáveis.

Para Adriano de Souza, o Mineirinho, o dia será de muita luta, característica que ele costuma mostrar em cima da prancha. "Me sinto abençoado pelo dia que tivemos em Pipeline. Estou muito feliz pelas duas baterias que fiz e por estar vivo na briga pelo título. Sempre sonhei em estar em aqui pegando essas ondas gigantes e estou dando meu melhor. Estou muito focado e determinado para dar esse título ao Brasil", disse.

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Dos seis candidatos ao título que iniciaram a disputa no Havaí, três já estão fora do páreo: Filipe Toledo, Julian Wilson e Owen Wright. Mas dois brasileiros seguem na competição com chances de tirar o título do favorito Mick Fanning: Mineirinho e Gabriel Medina. Para o atual campeão mundial, só a vitória em Pipeline interessa, isso levando-se em conta que Fanning e Mineirinho parem nas quartas.

Se algum deles avançar para a semifinal, Medina dá adeus ao sonho do bicampeonato. Já Mineirinho precisa acabar a etapa na frente de Fanning para ser campeão, ou seja, se o australiano perder para Slater, o brasileiro precisa chegar à semifinal. Além do título mundial e da etapa, está em jogo também a Tríplice Coroa Havaiana. Nela, Medina e Fanning disputam a honraria.

Confira quais são as quartas de final do Pipe Masters:

Gabriel Medina x CJ Hobgood

Mick Fanning x Kelly Slater

Mason Ho x Adam Melling

Adriano de Souza x Josh Kerr ou Jeremy Flores

Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho, colocaram fogo na disputa do título do Circuito Mundial de surfe. Com show em suas duas baterias do dia no Pipe Masters, eles chegaram às quartas de final da competição, que está sendo disputada no Havaí, e vão tentar estragar a festa de Mick Fanning, que também está nas quartas e vivo na disputa.

A praia em Pipeline estava lotada para ver os tubos em ondas de quase quatro metros e um show de surfe. Medina, Fanning e Mineirinho brilharam e vão brigar até o fim. Se para Medina só o título interessa, com os rivais caindo nas quartas de final, para Mineirinho a taça será conquistada se ele ficar uma fase à frente de Fanning.

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Ou seja, se ele for para a semifinal e o australiano cair, o brasileiro conquistará seu primeiro título. Se Fanning ou Mineirinho avançarem para a semifinal, o atual campeão do mundo sai do páreo. Entre os brasileiros, a maior baixa foi Filipe Toledo, eliminado na terceira fase.

"Estou super feliz de passar minhas baterias. Agora tenho de me concentrar para a sequência da competição. O mar deve diminuir um pouco, mas ainda teremos boas ondas. A intenção é chegar na final e quanto antes eles perderem, melhor para mim. Sei que eles podem chegar só até o quinto lugar e eu vou precisar ganhar. Espero que dê tudo certo", avisou Medina.

Para avançar na competição, Medina venceu com facilidade o norte-americano C.J. Hobgood e o havaiano Keanu Asing na quarta fase. O brasileiro teve nota de 15,30 contra 5,47 e 4,27 dos rivais, respectivamente.

Fanning foi ainda melhor em sua bateria, bem mais complicada que a do brasileiro. O australiano precisou superar ninguém menos que o norte-americano Kelly Slater e o havaiano John John Florence. Fanning anotou 17,30, contra 16,47 de Slater e 15,16 de Florence. Último a cair no mar na quarta fase, Mineirinho (13,67) avançou na briga pelo título ao superar os australianos Josh Kerr (12,13) e Adam Melling (1,43).

ELIMINAÇÃO - Filipinho poderia se tornar o campeão de surfe mais jovem da história, mas acabou perdendo para Mason Ho, sobrinho do famoso havaiano Derek Ho, na terceira fase do Pipe Masters, e avisou que agora ficará na torcida pelos brasileiros que ainda estão na disputa com Mick Fanning.

"Vou torcer até mais para o Mineirinho, porque ele está na briga há dez anos e merece muito. Mas também torço pelo Gabriel", afirmou, sobre o atual campeão do mundo. Apesar de triste e abalado pela eliminação, ele evitou reclamações, mas seu pai, o ex-surfista Ricardinho Toledo, chiou bastante. "Todo mundo viu que ele foi garfado", disse.

Ele teve uma atuação discreta na terceira fase, acabou perdendo para Mason Ho por 6,93 a 6,67 e se despediu do torneio. "Foi o melhor ano da minha carreira. Briguei pelo título, tive minha chance, mas não aconteceu este ano ainda. De qualquer forma, acho que estou mais forte a partir de agora. Estou muito feliz de ter chegado aqui no Havaí com a chance de brigar pelo título", comentou Filipinho.

Fanning, por sua vez, brilhou em Pipeline. Ele entrou na disputa de sua bateria após saber da morte do irmão mais velho, divulgada pela revista Surfing Magazine. O atleta mostrou abatimento, mas se manteve na briga pelo título.

Para Gabriel Medina, que convive na casa de sua patrocinadora com Fanning, o companheiro está abalado. "Eu vi o pessoal falando disso na casa, perguntei o que era, e me deram essa notícia triste, ainda mais com a morte de um irmão, que é uma pessoa muito próxima. Eu admiro muito o Mick, ele é muito bom de cabeça e está triste, mas surfando muito bem. Eu passei por isso quando estava lá em Fiji, mas já tinha perdido a bateria quando soube da morte do meu avô. Se eu tivesse de competir, sei que seria difícil", diz.

O maior adversário dos brasileiros na busca pelo título mundial de surfe de 2015 é Mick Fanning, australiano que já levantou o troféu três vezes e chega ao Havaí, para a disputa da etapa de Pipeline do Circuito Mundial, como líder e dependendo apenas de si próprio para ficar com o tetracampeonato.

Só que o australiano de 34 anos sabe que não vai ser fácil. "Os garotos brasileiros estão indo muito bem. O Adriano (de Souza, o Mineirinho) impulsionou esses caras durante muito tempo, daí apareceu o Gabriel (Medina) sendo campeão e agora o Filipe (Toledo). É muito bom ver esse crescimento de caras de diferentes estilos. É fantástico para o Brasil e também para o surfe", disse, se referindo aos concorrentes brasileiros ao título.

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A volta por cima de Fanning é marcante, ainda mais porque ele passou por uma situação muito complicada no meio da temporada, quando foi atacado por um tubarão na África do Sul, na final da etapa de Jeffreys Bay contra Julian Wilson. Mas o surfista, que ficou com os títulos mundiais em 2007, 2009 e 2013, manteve a regularidade e chega ao Havaí na briga.

Apesar do susto, ele não acha que isso tornaria seu título mais emblemático. "Todo ano é especial, todo título mundial é especial e diferente por razões especiais. Se não acontecer de eu ser campeão, não vou achar que eu merecia mais pelo que aconteceu, mas seria muito especial ser campeão. Foi um ano maluco e aprendi muito sobre mim mesmo. Eu quero me divertir e me considero um cara muito sortudo. Depois do que aconteceu, passei a dizer muito mais para os parentes e amigos o quanto eu os amo".

O surfista é muito querido pelos adversários no Circuito Mundial e tem boa amizade com os brasileiros, principalmente com Gabriel Medina. Ambos têm o mesmo patrocinador e ficam na mesma casa, em frente à praia de Pipeline, nos dias que estão no Havaí. Apesar de ter perdido o troféu no ano passado para Medina, Fanning se lembra do momento com carinho.

"Eu aprendi bastante desde o ano passado, quando briguei pelo título e não ganhei. Assistir ao Gabriel ser campeão no ano passado foi incrível, ver a emoção no rosto dele e o quanto as pessoas ficaram felizes com o título foi maravilhoso. Eu acredito que aprendi a ser mais paciente", afirmou.

Nesta terça-feira não foi disputada a triagem, pois apesar da previsão otimista, a ondulação só chegou à noite. Assim, nesta quarta deve começar a triagem que definirá os dois surfistas que faltam para preencher a chave principal. Além deles, foram convidados o veterano Bruce Irons e o australiano Wade Carmichael, líder da Tríplice Coroa. "É duro enfrentar esses caras em qualquer lugar. Geralmente, são surfistas especialistas na onda e muito duros de enfrentar. Tenho de fazer um bom trabalho", disse Fanning.

Com a presença de 22 brasileiros, começa nesta quinta-feira (12), com a primeira chamada às 15h30 (de Brasília), o Hawaiian Pro, primeira etapa da Tríplice Coroa Havaiana e evento da divisão de acesso do Circuito Mundial de Surfe. Três dos candidatos ao título mundial na elite deste ano - Filipe Toledo, Adriano de Souza, o Mineirinho, e Gabriel Medina - vão competir, a partir da terceira fase. O australiano Mick Fanning, rival dos brasileiros em busca do troféu, preferiu não participar.

Apesar de não contar pontos para o ranking mundial da elite - só para a segunda divisão -, o torneio é tradicional e a conquista da Tríplice Coroa Havaiana, que é dada ao surfista com melhor desempenho em três etapas (Hawaiian Pro, Vans World Cup, em Sunset, e o Billabong Pipe Masters), é uma honraria que só perde em importância para o título mundial de surfe.

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Para os brasileiros, participar desta etapa ajuda a ter contato com um tipo de onda pesada, no litoral norte do Havaí, na mesma região onde será definido o campeonato. "Vou disputar todas as etapas da Tríplice Coroa. Eu penso em usar esse campeonato para entrar no ritmo. Meu maior foco é vencer a última etapa, então quero usar este evento agora, depois o de Sunset, para chegar bem em Pipeline", disse Mineirinho.

Ele está em terceiro lugar no ranking, atrás de Filipinho e Fanning. Na quarta posição vem Gabriel Medina, um pouco mais atrás do bloco dos líderes e com chances menores, mas que existem. Assim, apesar de estar na luta pelo bicampeonato, o garoto de Maresias vai disputar todas as etapas da Tríplice Coroa. "Vou competir no Havaí nas primeiras etapas para me preparar para Pipeline", avisou Medina.

Ele começou no Brasil a fazer a sua preparação física e espera estar em forma para as competições. No ano passado, fez o mesmo tipo de preparação e conquistou o título mundial. Filipinho só não vai participar da etapa em Sunset. "Quero ficar treinando em Pipeline todo dia".

O surfista brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho, conquistou o título em Jeffreys Bay. Com um bom desempenho no último dia da competição, ele conseguiu a virada na última onda e superou o francês Joan Duru por 16,00 a 13,60.

Faltando um minuto para o final, Mineirinho precisava de uma nota 5,94 e conseguiu um 8,33 após uma boa sequência de manobras. Com a vitória, que foi a primeira nesta temporada, o atleta soma 3.500 pontos no ranking da divisão de acesso para o Mundial.

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Mineirinho iniciou sua participação nesta sexta-feira contra o australiano Mitchel Coleborn. Na bateria das quartas de final, ele venceu por 15,26 a 13,60. Na semifinal, o brasileiro superou o havaiano Ezekiel Lau com tranquilidade. O placar final ficou em 15,00 a 5,57. A próxima etapa do World Tour será entre os dias 16 e 27 de agosto em Teahupoo, no Tahiti.

A cidade do Rio de Janeiro vai sediar mais uma vez a etapa brasileira do Tour Mundial de Surf, pela terceira prova do circuito em 2012. O brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho foi o campeão desta etapa no ano passado e este ano o surfista aparece com boa campanha e está na vice-liderança do ranking. Ocupando a primeira colocação está o americano Kelly Slater.

Outro brasileiro que vem embalado para a competiçã é Gabriel Medina, que teve uma vitória espetacular no último fim de semana na etapa Prime de Trestles na Califórnia. No feminino, as brasileiras Silvana Lima e Jaqueline Silva buscam melhorar seus resultados.

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A paraibana Diana Cristina foi convidada pela a organização e completa o time brasileiro na prova que será disputada paralelamente com a categoria masculina. A ex-campeã mundial Stephanie Gilmore voltou a liderar o circuito e será um dos destaques da prova.

Uma ondulação de Sul chegou nesta terça-feira (8) proporcionando ondas de quase dois metros garantindo boas condições as para os dois primeiro dias de competição. Depois as ondas ficam pequenas e já entre sábado e domingo o mar dá uma reagida, mas nada de excepcional e na segunda feira sobe outra vez de ter ondas de até um metro e meio.

Ranking Masculino após as duas etapas australianas:

1 – Kelly Slater (EUA) – 13200 pontos

2 – Adriano de Souza (BRA) – 12000 pontos

3 – Taj Burrow (AUS) – 11750 pontos

3 – Mick Fanning (AUS) – 11750 pontos

5 – Joel Parkinson (AUS) – 11700 pontos

5– Jordy Smith (AFS) – 11700 pontos

5 – Josh Kerr (AUS) – 11700 pontos

13 – Heitor Alves (BRA) – 4500 pontos

13 – Miguel Pupo (BRA) – 4500 pontos

19 – Raoni Monteiro (BRA) – 3500 pontos

25 – Gabriel Medina (BRA) – 2250 pontos

32 – Alejo Muniz (BRA) – 1000 pontos

Ranking Feminino após quatro etapas:

01 – Stephanie Gilmore (AUS) – 32.200 pontos

02 – Sally Fitzgibbons (AUS) – 26.900

03 – Tyler Wright (AUS) – 24.700

04 – Courtney Conlongue (EUA) – 24.400

05 – Carissa Moore (HAV) – 23.700

14 – Silvana Lima (BRA) – 10.450

7 – Jacqueline Silva (BRA) – 7.000

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