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A Marinha do Quênia bombardeou nesta terça-feira a cidade portuária de Kismayo, na Somália, último reduto significativo controlado pelos insurgentes extremistas da milícia Al-Shabab. O bombardeio ocorreu como etapa inicial para a invasão de forças terrestres que deverão capturar Kismayo, disse o coronel Cyrus Oguna, um oficial queniano. Oguna disse que os bombardeios mataram sete pessoas no sábado e na segunda-feira, que acredita-se sejam extremistas da al-Shabab. A Marinha queniana também destruiu uma bateria e uma metralhadora dos islamitas.

Oguna disse que o exército queniano se move pela costa e deverá capturar Kismayo por terra. No começo deste ano, os militares quenianos prometeram tomar o porto até agosto, mas a invasão foi lenta, porque os soldados tiveram que guarnecer cidades tomadas à al-Shabab e atender aos civis, disse o governo do Quênia. Kismayo fica a cerca de 100 quilômetros do Quênia, no sul da Somália.

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A al-Shabab move há anos uma guerra contra o governo somali e as tropas da União Africana (UA). Os militares de Uganda formam a maior parte das tropas da UA que estão na Somália. Tropas da Uganda e do Burundi expulsaram a al-Shabab da capital Mogadiscio há cerca de um ano. Uganda e o Burundi são vizinhos à Somália e veem a al-Shabab como uma ameaça regional. Os extremistas agora se concentraram em Kismayo e no sul da Somália.

As informações são da Associated Press.

Uma bomba matou pelo menos 11 pessoas nesta segunda-feira e feriu muitas outras na cidade de Baidoa, no sul da Somália, a mais recente em uma série de explosões nesta nação devastada pela guerra, disseram autoridades. O ataque deixou mais de dez feridos, alguns com gravidade, disse o policial Abdullahi Ahmed.

"Ao menos 11 pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram mortas por uma bomba colocada em um mercado movimentado", disse o legislador Mohamed Ibrahim Habsade. O policial Ahmed disse que um suspeito foi detido. O atentado foi reivindicado pela rede extremista Al-Shabab, acusada de possuir ligações com a Al-Qaeda.

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A cidade de Baidoa, terceira maior da Somália, era usada como uma das bases pela Al-Shabab até que foi retomada por soldados regulares da Somália com apoio do Exército da Etiópia em fevereiro. "A explosão atingiu os etíopes e os seus colegas apóstatas" disse o comunicado da Al-Shabab. A maioria dos etíopes são cristãos, enquanto os somalis são muçulmanos. A Al-Shabab adota uma forma extremista do Islã.

Uma mulher que assistiu à explosão, Fadumo Haji, disse que apenas inocentes foram mortos. "Eles mataram pessoas pobres e inocentes", ela disse.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Pelo menos 23 pessoas foram mortas neste sábado, quando insurgentes somalis atacaram tropas da Etiópia perto da fronteira dos dois países, disseram testemunhas. Os moradores do vilarejo de Yurkud disseram que os combates duraram várias horas. Mohamed Hussein disse que pelo menos 17 dos mortos eram insurgentes islamitas somalis, da organização Al-Shabab, que supostamente possui ligações com a rede terrorista Al-Qaeda. "Nunca vimos um combate como esse", ele disse por telefone à Associated Press.

Outro morador, Ali Barre, disse que viu os cadáveres de seis soldados com uniformes da Etiópia. Ele disse que os insurgentes perderam o combate e tiveram que se retirar.

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Já a Al-Shabab afirma que matou 73 soldados etíopes e "recuperou" 20 armas. A informação partiu do porta-voz do grupo, o xeque Abdiaziz Abu-Musab. Ele disse que cinco combatentes do grupo foram mortos. Os militantes costumam exagerar suas vitórias e minimizar ou reduzir o número de baixas que sofrem. O Exército da Etiópia não fez nenhum comentário sobre o combate.

As tropas da Etiópia entraram em regiões fronteiriças da Somália no começo deste ano, como parte um plano africano mais amplo de apoio ao fraco governo somali, que luta contra os extremistas. Tropas do Quênia invadiram o sul da Somália, enquanto o contingente da União Africana (UA) foi reforçado em Mogadiscio.

As informações são da Associated Press.

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