Tópicos | Aglaílson Victor

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) prevê que a cidade de São Bento do Una, no Agreste do Estado, ganhe o título de “Capital do Ovo”. A proposta é de autoria do deputado estadual Aglailson Victor (PSB) e, segundo informações do site da Alepe, este é o primeiro projeto de lei apresentado pelo pessebista desde fevereiro, quando iniciou seu mandato.

A denominação, segundo a justificativa de Aglailson, é plausível porque a cidade tem como base de sua economia a produção de ovos, chegando a 5 milhões por dia, sendo o maior produtor do Nordeste. Além disso, o deputado também cita uma tradicional “Corrida da Galinha” que acontece na cidade, já em consequência da grande produção de ovos.

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“O Título de ‘Capital do Ovo’ tornará a cidade de São Bento do Una ainda mais conhecida, ao mesmo tempo em que oficializará essa condição através de Lei, o que atrairá um número maior de produtores e distribuidores do ramo. O fato é que, o comércio e o fornecimento de produtos entre empresas que atuam na mesma área é de fundamental importância para aquecer e fomentar a economia local”, argumentou o parlamentar.

“Os benefícios são inúmeros e todos da localidade e região saem ganhando, especialmente a população”, completou Aglailson, dizendo que o incentivo gera empregos e aquece a economia da cidade, podendo resultar em “melhorias na infraestrutura, segurança, educação e saúde, ou seja, nas condições de vida em geral”.

O Ministério Público Eleitoral em Pernambuco (MPE-PE) ajuizou uma ação contra os candidatos a deputado federal João Campos e deputado estadual Aglaílson Victor, além da prefeita de Brejão, no Agreste, Elisabeth Barros, conhecida como Beta Cadengue, todos do PSB. Eles foram acusados de propaganda antecipada e de cometer conduta vedada a agentes públicos. O autor da denúncia é o procurador regional eleitoral substituto, Wellington Cabral Saraiva. 

Segundo o processo, João Campos e Aglaílson Victor, com o apoio de Beta Cadengue, anteciparam o início de suas campanhas eleitorais durante evento intitulado “Cavalgada de São João”, que aconteceu em 24 de junho, em Brejão. Durante o evento, aponta a denúncia, teriam sido distribuídas camisas uniformizadas com os nomes dos postulantes e bonés. 

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Logo depois da cavalgada, diz a representação, foi servida feijoada e realizado um show de forró na Quadra Poliesportiva Genival Cadengue de Santana com a anuência da prefeita de Brejão. 

“Esse gênero de iniciativa lamentavelmente vem se tornando comum nos anos eleitorais, oportunidade em que pré-candidatos, sobretudo aqueles que possuem capacidade econômica e política, apelam a toda sorte de expediente para atrair a atenção de eleitoras e eleitores, com o objetivo inegável de cooptar-lhes os votos”, ressaltou o procurador regional eleitoral substituto.

Além da propaganda antecipada, o MP Eleitoral salienta ainda que a ação configura conduta vedada a agentes públicos, tendo em vista que a quadra poliesportiva do município foi usada em benefício dos então pretensos candidatos. 

“A prefeita de Brejão, na condição de agente pública, cedeu em benefício dos outros dois representados, que se apresentam como pré-candidatos, bem público municipal para evento festivo com a finalidade de promover a candidatura deles”, assinalou o procurador regional eleitoral substituto. 

Na acusação, o Ministério Público Eleitoral solicitou que o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco aplique multa aos acusados no valor de R$ 5 mil a R$ 25 mil, pela prática de propaganda eleitoral antecipada, e de R$ 5 mil a R$ 100 mil, por conduta vedada a agentes públicos. 

A campanha eleitoral inicia, de acordo com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral, apenas no dia 16 de agosto. Em junho, os agora candidatos, estavam realizando ações de pré-campanha pelo Estado.

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