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Após chegar a um acordo de cessar-fogo na Síria, Estados Unidos e Rússia estão trabalhando em cooperação para combater o grupo Estado Islâmico e movimentos ligados a al-Qaida na Síria, de acordo com novas informações obtidas neste sábado depois de mais uma maratona de reuniões entre o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler russo, Sergey Lavrov, realizadas para definir o papel dos dois países para acabar com o complexo conflito na Síria.

O cessar-fogo, previsto para começar na próxima segunda-feira (12), dependerá do cumprimento do trato tanto por forças russas que têm apoiado o presidente sírio Bashar al-Assad, como por grupos rebeldes que vinham recebendo suporte dos EUA, além do apoio de potencias regionais como Turquia, Irã e Arábia Saudita, ligadas direta ou indiretamente aos conflitos no país nos últimos cinco anos e meio.

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"Acreditamos que o acordo tal qual está concebido - se implementado e cumprido - tem potencial para trazer um momento de mudanças, um divisor de águas", declarou Kerry após ele e Lavrov terem definido os detalhes das ações. "É apenas o começo de nossas novas relações, afirmou Lavrov em relação aos EUA.

Com o acordo, EUA e Rússia pretendem interromper os conflitos em território sírio de modo que o processo de paz mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU), há muito tempo suspenso, seja retomado. Para tanto, Washington precisa persuadir rebeldes sírios a romper com o Fath al-Sham, grupo associado à al-Qaida até então conhecido como Frente Nusra e que tem sido confundido com forças apoiadas pelos EUA. Já Moscou deverá pressionar o governo de Assad a suspender todas as ofensivas contra a oposição armada em áreas específicas, que não foram detalhadas.

Se o cessar-fogo for cumprido durante uma semana e a entrega de ajuda humanitária, sem restrições, for feita em locais em conflito, o próximo passo será EUA e Rússia compartilharem informações e coordenarem novas ações com o objetivo de combater tanto o Estado Islâmico como a Frente Nusra. Além disso, forças aéreas e terrestres de Assad também ficariam proibidas de combater alvos do Fath al-Sham, restringindo-se apenas a ações contra o Estado Islâmico.

"Após sete dias, vamos criar um centro onde ambos os países terão seus militares separando opositores moderados e terroristas. Ataques conjuntos serão realizados em seguida aos acordos contra esses terroristas", disse Lavrov.

Kerry detalhou outros passos que governo e rebeldes deverão adotar dentro do acordo, como a retirada de zonas desmilitarizadas e a permissão do trânsito de civis e ajudas humanitárias, especialmente em Aleppo.

Para alguns observadores, o acordo carece de mecanismos de implementação. Em teoria, a Rússia pode ameaçar agir contra grupos rebeldes que venham a romper com o acordo. Mas se forças de Assad bombardearem alvos da oposição, é pouco provável que os EUA adotem qualquer medida, dado a posição contrária de Obama a alimentar uma guerra civil.

O acordo entre EUA e Rússia se dá apenas um ano após o presidente dos EUA, Barack Obama, ter criticado Putin pela intervenção militar da Rússia na Síria, designada, na avaliação de oficiais dos EUA, a manter Assad no poder e atingir forças oposicionistas moderadas. Já a Rússia se irritou com a ajuda financeira e militar concedida pelos EUA a grupos que se misturaram com a Frente Nusra (agora Fath al-Sham) durante os conflitos. Kerry declarou que seria "sábio" de parte das forças de oposição se separar completamente da Nusra, pelo que foi elogiado por Lavrov.

O nível das negociações entre os EUA e a Rússia desagradou diversos líderes de segurança nacional em Washington, incluindo o secretário de Defesa Ash Carter o diretor de Inteligência Nacional James Clapper. Após o anúncio feito em Geneva, o secretário do Pentágono Peter Cook declarou endossar a iniciativa e advertiu que "estará observando de perto a implementação do acordo nos próximos dias". Fonte: Associated Press.

A Al-Qaeda afirmou neste sábado ter tentado assassinar o embaixador americano no Iêmen, mas as duas bombas foram detectadas minutos antes de sua detonação, afirmou o centro americano de vigilância de sites islamitas, o SITE.

Segundo Ansar al Sharia, o braço informativo da rede jihadistas, as bombas se encontravam diante da residência do presidente iemenita Abd Rabo Mansur Hadi.

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Deviam explodir no momento em que o embaixador americano Matthew Tueller deixasse o imóvel, depois de visitar o presidente. Nenhum dirigente confirmou essa notícia.

O Iêmen é um aliado-chave dos Estados Unidos na luta contra a Al-Qaeda. Sanaa autoriza Washington a atacar com drones o grupo extremista dentro de seu território.

Militares do Iêmen informaram que retomaram o controle de um reduto da al-Qaida ao sul do país, como parte de uma ofensiva em andamento.

Em comunicado, o exército informou que a luta para a retomada da cidade de Azza, na província de Shabwa, deixou sete militantes da al-Qaida e dois soldados mortos.

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Em outras partes da província, um porta-voz oficial disse, em condição de anonimato, que soldados também abriram fogo contra militantes, que tentavam realizar uma emboscada contra uma patrulha militar em Qarn al-Sawda. O ataque deixou cinco militantes e dois soldados mortos.

Os confrontos ocorreram em meio a uma nova ofensiva para a retomada de locais dominados pela al-Qaida no Iêmen. Fonte: Associated Press.

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