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A decisão da presidenta Dilma Rousseff de nomear o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini, para a presidência da Petrobras foi avaliada como solução de emergência até mesmo pelos aliados do governo no Senado.

Para o vice-líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RR), a permanência de Bendini na companhia pode ser “temporária”. “Nada é definitivo, nada é eterno. Ela montou a diretoria e nada impede que possa ser mudado novamente. Acho que pode ser temporário. Ela tinha de nomear alguém, porque a Graça [Foster] ficaria até o fim do mês, mas não ficou”, disse o senador.

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Raupp informou que não conversou com a presidenta Dilma sobre a escolha, mas acredita que ela teve dificuldades em encontrar um nome que fosse bem avaliado pelo mercado.

“Não era bem o que o mercado esperava, mas ela deve ter sondado vários outros nomes do mercado. Como executivos ganham mais em empresas e bancos que como diretor da Petrobras, há dificuldade em encontrar gente do mercado. Foi uma opção técnica. O Bendini é um bom executivo. Não é o que mercado esperava, mas é um bom executivo”, acrescentou o senador do PMDB.

Para a oposição, Dilma colocou um “tarefeiro” no cargo e conseguiu desagradar tanto o corpo técnico da Petrobras quanto acionistas e investidores do mercado financeiro. “A indicação não poderia ter sido pior”, definiu o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB).

“É visível que a escolha da presidenta não foi no sentido de selecionar alguém que tivesse condições de presidir e recuperar a Petrobras. Ela escolheu um tarefeiro, alguém que fará o que ela mandar”, completou o líder.

De acordo com Cunha Lima, a presidenta encontrou um nome confiável para ela e o PT, mas não para o mercado e acionistas da Petrobras. “Este é o problema do governo. Os interesses políticos-partidários estão sempre acima dos interesses públicos e do país”, afirmou o líder tucano.

Lider do PT na Casa, o senador Humberto Costa (PE) não foi encontrado para comentar a escolha da presidenta. Outros senadores do PT foram contatados pela Agência Brasil, mas não quiseram falar sobre a indicação de Aldemir Bendini.

O Banco do Brasil informou nesta sexta-feira, 6, que seu presidente, Aldemir Bendine, renunciou, hoje aos cargos de presidente e de membro do conselho de administração da instituição. Além de Bendine, o vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com os Investidores, Ivan de Sousa Monteiro, também pediu renunciou.

Segundo fontes, Bendine deve assumir como presidente da Petrobras, e Ivan Monteiro, que deve ser anunciado hoje para a diretoria Financeira da estatal.

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Conforme noticiou o Broadcast mais cedo, o vice-presidente de negócios de Varejo do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu, deve assumir a presidência da instituição no lugar de Aldemir Bendine, segundo fontes. O nome de Abreu estava sendo cogitado para o cargo juntamente com o do ex-secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, que também já foi do BB.

Para o lugar de Monteiro no Banco do Brasil, ainda não foi escolhido um substituto. Uma fonte diz que bons nomes para a vice-presidência financeira e de RI do BB incluem o ex-diretor de Controladoria do BB, Gustavo Sousa, e Marcos Giovani, da diretoria de Participações da Previ. (Colaborou Murilo Rodrigues Alves)

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