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Não se sabe exatamente quando foi dado o primeiro gole de cerveja. Arqueólogos apontam ter sido há quase oito mil anos. Biólogos rebatem afirmando que não faz menos de dez milênios. A única certeza é que o hábito em relação à bebida mudou muito desde então. Ingredientes foram incrementados, centenas de receitas foram criadas. E, com a industrialização, a comercialização passou a ser feita em larga escala e as (cada vez mais) gigantescas empresas cervejeiras passaram a investir mais em quantidade de produção do que na qualidade gastronômica da bebida.

Entretanto, a situação vem se invertendo novamente, e as cervejarias artesanais estão retomando o espaço perdido nas prateleiras e balcões de bares. O segredo? A sensibilidade na composição de cervejas diferenciadas, com personalidade. Detalhes como temperatura de cozimento, unidade de amargor, porcentagem alcoólica, cor e fermentação, somados, dão à cerveja suas qualidades únicas.

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As cervejas catalogadas são divididas em duas famílias: ale (alta fermentação) e lager (baixa fermentação). Para facilitar a compreensão e até produção por parte dos cervejeiros, foi elaborada uma 'tabela períódica' na qual estão listados os 20 grupos: caramelizadas (Strong Scotch), azedas (Berliner Weisse), com coentro e casca de laranja (Belgian White) ou banana e cravo (Weizenbier).

Na imagem abaixo estão dispostos os 65 tipos. No canto direito superior está indicada a gravidade, unidade de medida que permite quantificar o açúcar e a graduação alcoólica. Na ponta oposta está o teor alcoólico em porcentagem. Já na direita inferior a informação é a respeito da cor da cerveja.

Harmoniza com o quê?
As cervejas artesanais, assim como os vinhos, harmonizam melhor com determinados alimentos. Salvo algumas exceções, as bebidas mais fortes e encorpadas são melhores associadas a comidas mais pesadas e gordurosas. Do mesmo modo relaciona-se a cor: quanto mais escura a cerveja, mais escura deve ser a comida. As amargas e lupuladas são boas com pratos mais picantes. De um modo geral, as lagers tendem a ser mais suaves, enquanto as ales são encorpadas e complexas.

Um bom exemplo é a cervejaria pernambucana DeBron, produtora de três tipos. A Lager, que é uma Pilsen (mais popular do Brasil, com até 98% do predomínio entre as comercializadas), harmoniza bem com frutos do mar, aves, saladas e comida asiática. Já a Pale Ale fica melhor com carne e frango. Por fim, a Weizen vai bem com pratos apimentados e picantes, além de peixes e frutos do mar.

Produção requintada
O processo de cozimento por si só já expressa a qualidade superior da cerveja artesanal em relação às de massa. A cervejaria DeBron recebeu a equipe do Portal LeiaJá e mostrou como produz as três cervejas. São três panelas que realizam as etapas necessárias durante 21 dias até que a cerveja fique pronta para ser servida. Cconheça a fábrica e o processo de produção no vídeo:

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Presidente da Associação de Cervejeiros Artesanais de Pernambuco, Rafael Vasconcelos lembra que tanto os norte-americanos como os alemães priorizam o consumo de cervejas locais. "Existe um ditado na Alemanha que diz que cerveja boa é a que você consegue ver a chaminé da cervejaria da porta da sua casa. E é assim mesmo. A qualidade é muito maior do que em relação a um produto que passa por diversas adversidades até chegar aos bares e prateleiras", diz.

A diferença entre a artesanal e a caseira
A produção das cervejas artesanais e caseiras têm a mesma filosofia. A segunda, porém, é feita no 'quintal de casa' com pouca estrura e praticamente sem fim comercial. Apesar de não ter maquinário como de uma fábrica, os cervejeiros caseiros conseguem, sim, produzir uma bebida de boa qualidade.

O LeiaJá visitou um encontro de cervejeiros realizado no Recife, o GrowlerDay. O evento reúne cervejeiros, que levam a um paredão suas cervejas e dão ao público uma enorme opção de rótulos locais. Como avisa o organizador, Felipe Muniz, a filosofia é "Faça você mesmo, faça o melhor que você pode e faça o que você gosta".

MACEIÓ (AL) - Foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (23), em Alagoas, pelo presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), Fernando Toledo, a exoneração do procurador-geral Oficial de Alagoas, Marcos Guerra Costa, a pedido do próprio.

A saída em um momento delicado para ALE, em que a Casa passa por uma crise após denúncias feitas pelo deputado, João Henrique Caldas, de que houve desvios de verbas da Assembleia, chegando a um deficit de R$ 4,7 milhões nos cofres do parlamento do Estado. O papel do procurador-geral seria o de apresentar as explicações jurídicas necessárias ao Ministério Público do Estado.

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Marcos Guerra é conhecido no meio jurídico por conta das causas judiciais já vencidas a favor da Assembleia, como no caso que defendeu a indicação do futuro conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ainda pendente de julgamento nas esferas superiores.

O nome do novo procurador-geral da ALE ainda não foi definido, mas não é a primeira vez que Guerra deixa o cargo. Seus serviços à Assembleia começaram em março de 2008, quando o presidente interino da época, Alberto Sextafeira, pediu medidas urgentes para regularizar a folha de pagamento da Casa, alvo da Operação Taturana, em dezembro de 2007. Em março de 2009, Marcos Guerra passou a ser subprocurador e retomou o cargo dois meses depois.

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