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O Corinthians vai entrar com uma representação no Tribunal de Disciplina da Conmebol solicitando a apuração das gravações divulgadas no domingo pelo canal "TV América", da Argentina, que mostram que o ex-presidente da Federação Argentina de Futebol (AFA) Julio Grondona, morto em 2014, teria agido nos bastidores da Conmebol para indicar o árbitro paraguaio Carlos Amarilla para apitar a partida entre Corinthians e Boca Juniors, pelas oitavas de final da Libertadores de 2013.

O clube também vai pedir que Carlos Amarilla e os bandeirinhas Rodney Aquino e Carlos Cacéres, que apitaram aquele jogo, não voltem a trabalhar em partidas do clube. Contra o Boca, o Corinthians teve um gol mal anulado, um pênalti claro não marcado e foi eliminado da competição.

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Outra solicitação do Corinthians é que a CBF peça à Conmebol que Amarilla não apite mais jogos no Brasil, independentemente do clube. O juiz e os dois bandeirinhas que trabalharam naquele Corinthians x Boca Juniores de 2013 já foram suspensos pela Federação Paraguaia de Futebol. O trio não vai voltar a trabalhar em competições organizadas pela entidade até a conclusão das investigações.

De acordo com as escutas reveladas no domingo, Grondona teria pedido para que Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA e representante da entidade na Comissão de Arbitragem da Conmebol, pressionasse Carlos Alarcón, diretor do órgão, a escalar Amarilla para trabalhar naquele jogo.

A Comissão de Árbitros da Conmebol só espera Aristeu Tavares, ex-presidente da Comissão de Árbitros da CBF e assessor de arbitragem da partida entre Corinthians e Boca Juniors, entregar o seu relatório sobre a atuação de Carlos Amarilla quarta-feira, no Pacaembu, para estudar que tipo de punição aplicará ao paraguaio.

O uruguaio Ernesto Filippi, membro da Comissão de Árbitros da Conmebol, não quis adiantar a pena que será aplicada a Amarilla, mas já dá como certa uma suspensão do paraguaio. "Quando a Comissão analisa a atuação dos árbitros e entende que ocorreram erros importantes e os árbitros não cumpriram os requisitos mínimos de rendimento, eles não são escalados em partidas futuras", disse.

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A reportagem apurou que Amarilla não voltará a apitar nessa Libertadores e que ele não será punido sozinho. Os assistentes Rodney Aquino e Carlos Caceres, também paraguaios, irão para a "geladeira" com Amarilla. Quarta-feira, o paraguaio não marcou dois pênaltis para o Corinthians e ainda anulou um gol do time brasileiro.

O primeiro erro ocorreu logo aos nove minutos do primeiro tempo, quando o lateral-direito Marín colocou a mão na bola dentro da área. O juiz não marcou pênalti e ainda puniu Emerson com cartão amarelo por reclamação. Se marcasse a infração, Marín deveria ser expulso porque já tinha amarelo.

Aos 24, Rodney Aquino marcou impedimento inexistente de Romarinho e anulou o gol do corintiano. Na etapa final, mais uma falha. Aos 15, Amarilla não assinalou falta sofrida por Emerson dentro da área.

Mesmo que o relatório de Aristeu não aponte esses erros, a situação de Amarilla não muda. "O assessor de árbitros é o encarregado de fazer o informe oficial e quando chega à Comissão, é analisado. Mas podemos apreciar a atuação do árbitro pela televisão e cada um tem a sua opinião", disse Filippi.

O Corinthians estuda entrar com um representação contra Amarilla na Conmebol, mas segundo Filippi, a reclamação do clube também não influenciará na decisão da Comissão. "Todas as instituições têm a possibilidade de usar os mecanismos jurídicos que entendem que são necessários para efetuar as suas reclamações nos organismos da Conmebol, mas sempre analisamos as atuações dos árbitros, haja reclamação ou não", afirmou.

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