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Amazonino Mendes, quatro vezes governador do Amazonas, três vezes prefeito de Manaus e ex-senador faleceu na manhã deste domingo, 12. O político, de 83 anos, estava internado em São Paulo, no Hospital Sírio Líbanes. A morte foi confirmada pela família em post publicado no Facebook do político.

"A família de Amazonino Armando Mendes comunica com pesar o seu falecimento neste domingo (12/02), em São Paulo, aos 83 anos. Foi uma vida vitoriosa dedicada com muito amor à família e ao povo do Amazonas. Amazonino deixa um legado incomparável, como homem e político. Lutou bravamente como poucos, mas agora descansa em paz!", afirma o comunicado.

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A eleição suplementar para governador do Amazonas, domingo passado, traz um dado estarrecedor que pode ser um aviso do eleitorado para se repetir nas eleições do próximo ano em todo o País: o número de eleitores que não compareceram às urnas, somados aos votos brancos e nulos, foi de mais de um milhão de pessoas, o que significa quase 50% das pessoas aptas para votar no Estado.

A soma do total de abstenções, brancos e nulos é superior às votações do governador eleito, Amazonino Mendes (PDT), e do candidato derrotado, Eduardo Braga (PMDB). No total, foram 70.441 (4,06%) votos brancos, 342.280 (19,73%) nulos e 603.914 (25,82%) abstenções, somando 1.016.635 (49,61%). Amazonino teve 782.933 votos (59,21%) e Braga, 539.318 (40,79%).

Nas eleições de 2016, o número de eleitores que não compareceram às urnas no segundo turno das eleições municipais, somado aos votos brancos e nulos, foi de aproximadamente 10,7 milhões de pessoas - ou 32,5% do eleitorado. À época, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, disse que não se deve supervalorizar o número de ausentes, já que “impropriedades” podem ser encontradas na contagem dos eleitores.

“Onde tem biometria, temos índice menor de abstenção. Pessoas que mudam de cidade sem mudar o domicílio eleitoral, isso acaba contaminando os dados”, afirmou. De acordo com o ministro, o cadastro da Justiça Eleitoral não excluía eleitores que faleceram desde maio daquele ano. “Não está atualizado”, explicou Mendes. Para ele, é equivocada a avaliação de que o elevado índice de abstenções se deve ao fato de o voto ser obrigatório. “Não há dificuldade para fazer justificativa. A multa que se aplica é quase simbólica, está em R$ 3”, afirmou.

Gilmar, na verdade, não quer enxergar uma dura realidade: o desencanto do eleitorado com o processo politico brasileiro. O que ocorreu no Amazonas, fruto da apatia, do desapontamento e da enorme frustração do eleitorado daquele Estado com a classe política, tende a ser repetir com igual intensidade nas eleições para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual em 2018.

O povo cansou de ser enganado, não tem mais paciência de ligar a televisão e só se deparar com escândalos, com verdadeiros assaltos aos cofres públicos. Raros são os políticos, hoje, que ainda merecem crédito neste País. Estes, infelizmente, acabam pagando um preço caro, porque o nojo se generaliza. O Amazonas pode ser apenas um pingo de água no oceano de insatisfação que deve brotar das eleições 2018. O brasileiro perdeu não apenas a crença nos políticos, mas, sobretudo, o respeito, o que é muito mais grave.

DE CABO A RABO – O governador eleito do Amazonas, Amazonino Mendes (PDT), venceu em todas as 13 das zonas eleitorais de Manaus. Ele retorna ao poder após cinco anos longe da vida pública - seu último cargo havia sido o de prefeito de Manaus (2009-2012). Amazonino não tentou a reeleição ao fim do mandato. Já ocupou outras três vezes o cargo de governador (foi eleito em 1986 e em 1994, sendo reeleito em 1998). Também foi prefeito de Manaus em outras três oportunidades, além de ter conquistado o mandato de senador da República.

Avanço na educação - Na gestão Paulo Câmara, Pernambuco obteve, mais uma vez, a maior média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do País, saindo de 3,9 no ano de 2015 para 4,1 neste ano. Isso supera a média nacional, de 3,5. “Nós não poderemos resolver a agenda do presente sem pensar e desenvolver a educação. É com a educação que vamos transformar o futuro das próximas gerações”, disse, ontem, o governador, ao entregar prêmios aos gestores, professores e estudantes que mais se destacaram no Idepe, o índice estadual da educação básica.

Piora social – A Grande Recife ganhou mais um título negativo: o de região metropolitana que mais piorou sua qualidade de vida entre os anos de 2011 e 2015. De dez locais pesquisados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para a construção do novo Atlas da Vulnerabilidade Social, quatro apresentaram aumento do índice. A capital pernambucana e seu entorno dispararam e estavam 16,3% mais vulneráveis em 2015 do que em 2011. A piora no índice foi bem maior do que outras capitais que também tiveram índices de vulnerabilidade pior em 2015, como São Paulo (2,4%), Fortaleza (3,9%) e Porto Alegre (0,4%). O índice demonstra uma reversão na tendência observada na primeira série histórica do Atlas. Entre 2000 e 2010, o Grande Recife reduziu a vulnerabilidade social em 23,9%, época em que todas as outras regiões metropolitanas também reduziram.

Privatizando São Paulo – Um dos nomes do PSDB lembrados para entrar na disputa presidencial em 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria, é privatista. Encaminhou à Câmara Municipal, ontem, o projeto de privatização do complexo do Anhembi, na Zona Norte da cidade, e da São Paulo Turismo (SPTuris, empresa oficial de turismo e eventos da capital). A medida faz parte do pacote de privatizações e concessões de Doria, que prevê a desestatização do Estádio do Pacaembu, além de mercados, parques e sacolões municipais.

A caminho do novo DEM - O senador Fernando Bezerra Coelho tem encontro agendado com o governador Paulo Câmara. Na pauta, seu desconforto no PSB. FBC não foi ao encontro estadual da legenda que reconduziu Sileno Guedes à presidência da executiva, domingo passado. Ele aguarda apenas o desfecho da votação da reforma política para decidir seu futuro partidário. Sua tendência, hoje, é fazer a travessia para o novo DEM, mas não está descartado o seu ingresso no PMDB, alternativa mais complicada, tendo em vista que envolve o controle da legenda no Estado, hoje nas mãos do deputado Jarbas Vasconcelos, recentemente punido pela direção nacional por ter votado pela abertura da investigação do presidente Temer. O senador não aterrissa sozinho na nova legenda. Leva todo o seu grupo e mais os deputados João Fernando Coutinho e Marinaldo Rosendo.

CURTAS

EM AFRÂNIO – A comunidade de Afrânio deve ficar atenta para a realização das plenárias do Plano Plurianual (PPA), que estabelece as diretrizes para nortear as ações do governo no período de 2018 a 2021, para distritos da zona rural e para a cidade de Afrânio. As plenárias acontecem a partir de hoje em Arizona, amanhã em Extrema e quinta em Poção. A primeira, no distrito de Arizona, acontece na escola municipal Rui Barbosa. Toda a comunidade das localidades Coração de Maria, Vila Maria, Canafístula e Volta Grande deve participar.

EM RIBEIRÃO – O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco realiza, hoje, audiência pública em Ribeirão, às 10 horas, na Câmara de Vereadores, localizado na Praça Elizeu Lins de Andrade, Centro. O evento conta com a presença do juiz da 28ª Zona Eleitoral de Ribeirão, Antônio Carlos dos Santos, e também com o chefe de cartório Bráulio Gomes da Silva. A audiência pública tem o objetivo de divulgar e tirar dúvidas da comunidade em geral sobre o recadastramento biométrico.

Perguntar não ofende: Temer deveria ficar de vez lá na China?

Com 95,95% das urnas apuradas, Amazonino Mendes (PDT) está matematicamente eleito para governar o Estado do Amazonas pela quarta vez. O pedetista venceu Eduardo Braga (PMDB) no segundo turno da eleição suplementar realizada neste domingo (27).

O Amazonas realizou uma nova eleição porque no dia 4 de maio o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou os mandatos do então governador, José Melo (PROS), e de seu vice, José Henrique de Oliveira (SD), por compra de votos na eleição de 2014. Amazonino Mendes vai comandar o Estado em 'mandato tampão' de 14 meses.

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Tanto no primeiro quanto no segundo turno, as votações foram marcadas pelas altas taxas de abstenção, em torno dos 25% nos dois pleitos. Neste domingo, as abstenções (25,46%) e os votos em branco (4,16%) e nulos (20,46%) somaram 50%.

O Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-AM) definiu que a diplomação dos eleitos será realizada no próximo dia 2 de outubro.

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