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Os parentes de 58 pessoas mortas no pior massacre político das Filipinas realizaram uma vigília neste sábado (23) em Ampatuán, na província de Maguindánao, para homenagear as vítimas uma década depois dos assassinatos e expressar sua revolta pelo ritmo lento da justiça.

Os membros da família acenderam velas e soltaram balões brancos enquanto as crianças cantavam em coro pedindo por justiça nesta cidade no sul das Filipinas, onde 58 pessoas, incluindo 32 jornalistas, foram massacrados e jogadas em valas na beira da estrada em novembro de 2009.

"Sabemos há muito tempo quem são os culpados. Agora eles devem tomar a decisão certa", disse à AFP Jergin Malabanan, cuja mãe foi uma das jornalistas mortas em um dos ataques mais mortais aos profissionais da imprensa.

Os líderes da dinastia da família Ampatuán, que governaram a empobrecida província de Maguindánao, no sul, são acusados de organizar o massacre para tentar cancelar o desafio eleitoral proposto pelo candidato rival local Esmael Mangudadatu.

O caso se arrastou por anos na justiça, com acusações de suborno e táticas de atraso contra a defesa, que incluíram até Salvador Panelo, porta-voz do presidente Rodrigo Duterte.

O julgamento terminou em julho, mas o Supremo Tribunal deu ao juiz de primeira instância até 20 de dezembro para examinar as evidências nas quais seu veredicto se basearia.

Um helicóptero militar jogou uma chuva de flores quando milhares de parentes, jornalistas, amigos e autoridades locais se reuniram em torno de um monumento no topo da colina onde estavam registrados os nomes das 58 vítimas.

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