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O Senado aprovou as quatro indicações do presidente Jair Bolsonaro para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Nesta quinta-feira, 7, os senadores deram aval para as nomeações de Alexandre Barreto de Souza, Victor Oliveira Fernandes e Gustavo Freitas de Lima.

As indicações atendem aliados políticos do governo no Congresso e no Judiciário, dividindo o poder no órgão. O advogado Victor Oliveira Fernandes é atual chefe de gabinete do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Barreto foi presidente do órgão anteriormente e é servidor de carreira do Tribunal de Contas da União (TCU). Ontem, o Senado aprovou Juliana Domingues para o cargo de procuradora-chefe do conselho.

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Duas indicações para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) também foram chanceladas nesta quinta: Luciano Lourenço da Silva e Robson Crepaldi.

O pacote de aprovação incluiu ainda a escolha do diretor Carlos Manuel Baigorri para o cargo de presidente do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Artur de Oliveira e Luciano Godoi Martins também vão compor o comando do órgão.

O Plenário da Assembleia Legislativa aprovou, nessa quinta-feira (16), um conjunto de projetos de lei (PLs) com objetivo de minimizar os prejuízos humanos, econômicos e sociais provocados pela pandemia da Covid-19 em Pernambuco. Por unanimidade, os parlamentares deram aval à proposição do Executivo que concede pensão integral a familiares de servidores públicos de áreas essenciais que venham a falecer em virtude da doença. 

Também foram acatadas propostas para agilizar compras e obras necessárias ao enfrentamento da doença, remanejar recursos para a área da saúde e suspender o prazo de validade de concursos públicos vigentes. Além disso, os legisladores foram favoráveis aos decretos para reconhecer o estado de calamidade pública em mais 30 municípios pernambucanos.

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O Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 1045/2020 cria uma pensão especial a ser acrescida ao valor já previsto na legislação previdenciária atual, a fim de garantir às famílias uma remuneração equivalente ao salário integral do servidor falecido. Além disso, permite que profissionais afastados do serviço por causa da Covid-19 continuem a receber as gratificações constantes da Lei Complementar nº 194/2011.

Conforme o Decreto nº 48.835/2020, terão direito ao benefício os funcionários que mantiverem atendimento presencial por determinação do Governo do Estado nas seguintes áreas: saúde, segurança pública, prevenção e assistência social, transporte público, infraestrutura e recursos hídricos, abastecimento de água, segurança alimentar, sistema prisional e socioeducativo e defesa do consumidor. 

Durante a discussão da Ordem do Dia, os parlamentares destacaram tratar-se de iniciativa inédita no Brasil, elogiaram o governador Paulo Câmara pela sensibilidade e reforçaram a necessidade de garantir equipamentos de segurança individual (EPIs). “Representa uma tentativa de reparar e fazer justiça a esses profissionais. No entanto, enfatizo o apelo para que o Governo do Estado aumente os esforços a fim de garantir a eles melhores condições de trabalho”, registrou Priscila Krause (DEM). Alberto Feitosa somou-se ao pleito e sugeriu a organização de hospitais de campanha para garantir atendimento aos trabalhadores infectados.

“O Governo do Estado está fortalecendo o servidor público, em um movimento que vai na contramão do Executivo Federal. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a chamar esses profissionais de parasitas e acabou com os percentuais fixos de investimento em saúde e educação”, criticou Isaltino Nascimento (PSB). João Paulo (PCdoB), por sua vez, lamentou a queda nos repasses para o Sistema Único de Saúde (SUS), em virtude da Emenda do Teto de Gastos. 

Também foram aprovadas, nesta tarde, outras duas iniciativas do Poder Executivo. Uma delas é o PL nº  1046/2020, que autoriza o Governo do Estado a utilizar valores de fontes diferenciadas para enfrentamento do novo coronavírus, a exemplo do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor. O deputado Tony Gel enalteceu a medida. “O governador poderá recorrer a recursos extras para investir na saúde. O momento é de salvar vidas e acredito que outros Estados deveriam adotar a mesma prática”, observou.

Outra proposta acatada foi o PL nº 1074/2020, que permite ao Estado dispensar, de maneira excepcional e justificada pela autoridade competente, a definição prévia de orçamento referencial estimativo em compras e obras necessárias ao enfrentamento do novo coronavírus. “Mais uma ideia coerente do governador Paulo Câmara visando instrumentalizar o combate à epidemia”, frisou José Queiroz (PDT).

Proposições de parlamentares para enfrentar a crise atual também foram aprovadas pelo Plenário da Alepe. Confira:

Álcool em gel – O PL nº 995/2020 obriga estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes, supermercados e shopping centers a disponibilizarem dispensadores de álcool em gel aos consumidores. Referendado nos termos de um substitutivo da Comissão de Justiça (CCLJ), o texto estabelece multa de R$ 600 a R$ 10 mil em caso de descumprimento. 

Autor do projeto, o deputado João Paulo Costa (Avante) explicou, na Reunião Plenária virtual, que a medida “vai ajudar a impedir a disseminação do novo coronavírus”. Ele elogiou, ainda, a emenda do deputado João Paulo, que alterou o conteúdo original a fim de resguardar os microempreendedores individuais (MEIs) de cumprirem a determinação.

Concursos públicos – Proposto pela deputada Delegada Gleide Ângelo (PSB), o PL nº 1015/2020 prevê a interrupção do prazo de convocação de aprovados em concursos estaduais vigentes enquanto durar o estado de calamidade pública. A matéria foi aprovada nos termos de um substitutivo da CCLJ, que retirou a previsão para os certames municipais, os quais deverão ser tratados pelas câmaras de vereadores. A medida valerá para os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado, bem como Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Contas.

“Agradeço a todos os deputados pela sensibilidade em aprovar a matéria, mostrando o compromisso e o respeito desta Casa com os concursados”, declarou Gleide Ângelo. Ela destacou que muitos órgãos já haviam se programado para a convocação de aprovados neste ano e que, por conta do novo momento, vão precisar aguardar. 

Preços abusivos – Proposto pelo deputado Clodoaldo Magalhães (PSB), o PL nº 1016/2020 veda a elevação, sem justa causa, dos preços de produtos e serviços durante o estado de calamidade pública. “A proposição busca resguardar o consumidor, parte vulnerável da relação de consumo, diante de circunstâncias de grave comoção social, nas quais se verificam, muitas vezes, que alguns fornecedores promovem aumento arbitrário dos preços, valendo-se do momento de extrema angústia ou necessidade”, justificou o autor na mensagem anexa ao projeto. A matéria foi acatada com emenda da CCLJ, garantindo que a vigência da norma tenha início a partir da publicação.

Punições para trotes – O deputado Henrique Queiroz Filho (PL) enalteceu a aprovação do PL nº 886/2020, que aumenta as punições para quem acionar indevidamente serviços de emergência relativos a remoções ou resgates, combate a incêndios ou ocorrências policiais, já presentes na Lei Estadual nº 14.670/2012. O texto, de autoria de Isaltino Nascimento, recebeu aval com substitutivo da Comissão de Justiça. 

“No momento de pandemia em que vivemos, o deslocamento indevido de qualquer viatura causa prejuízo muito grande para a celeridade do atendimento das pessoas”, salientou Queiroz Filho. Nascimento observou que as punições previstas agora incluem a perda de acesso a benefícios sociais do Governo Estadual por, no mínimo, dois anos.

*Do site da Alepe

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que haverá cada vez mais aprovação de registros de defensivos agrícolas, o que é necessário para o Brasil "entrar na modernidade". Depois de polêmica criada após a liberação de novos defensivos, a ministra alegou que os produtos autorizados atualmente têm menos toxicidade e são melhores para o País.

"A aprovação de mais produtos mostra mais eficiência, são produtos menos tóxicos. Temos que continuar aprovando mais produtos. Vocês vão ver cada vez mais acontecer registros, para entrarmos na modernidade e termos produtos cada vez menos tóxicos", afirmou a ministra.

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Tereza Cristina disse estar incomodada com as notícias sobre o assunto e afirmou que é necessário tomar cuidado para não "aterrorizar" os consumidores brasileiros e "muito menos" os consumidores externos. "Ninguém está pondo veneno no prato de ninguém. O consumidor brasileiro não está sendo impactado, a não ser pelo mau uso (de defensivos)", completou.

A ministra chamou jornalistas para um café da manhã com professores, especialistas e representantes de órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para "nivelar a conversa" sobre a liberação de defensivos e "não ter questionamentos lá fora". "Nosso alimento é absolutamente seguro. É um desserviço o que estamos fazendo, ajudando nossos concorrentes", disse.

Ela admitiu, no entanto, citando uma das professoras presentes no encontro, que não existe risco zero. "Problemas existem. Quem estava no World Trade Center tinha toda segurança, alguém ia prever que aquela tragédia ia ocorrer?", comparou, em referência ao ataque terrorista feito em 2001 em Nova York.

Tereza Cristina disse ainda que um tema técnico foi se transformado em "combustível para guerra política" no Brasil e para a guerra comercial no exterior. "Há dados estapafúrdios sendo utilizados sem credibilidade e que estão gerando insegurança para o nosso consumidor", completou.

Segundo a ministra, a repercussão de notícias pode levar a questionamentos por outros países - o que ainda não ocorreu. "Não é que vamos parar de vender, mas vamos ter questionamentos."

Decreto

Tereza Cristina disse ainda que o governo prepara um decreto para aumentar o treinamento de agricultores no uso de defensivos agrícolas. O secretário de Defesa Agropecuária da pasta, José Guilherme Leal, afirmou que a ideia é que esses treinamentos sejam obrigatórios no futuro, mas que haverá um período de transição.

Já a ministra disse que a ideia central é mobilizar entidades para oferecer treinamentos na ponta, como sindicatos rurais e outros. "Vamos fazer campanha; tem que ir pro convencimento. No Brasil, está cheio de lei que não pegou. Estamos pensando em maneiras de democratizar e chegar até a ponta", afirmou.

Reavaliação

O diretor da Anvisa, Renato Porto, disse que a agência lançará em breve uma nova metodologia para reavaliação de agrotóxicos no Brasil. A ideia é estabelecer critérios para definir a ordem de análise, priorizando produtos que podem ser mais tóxicos. "Vamos juntar tecnologias para reduzir o padrão de toxicidade do Brasil", afirmou.

Ele lembrou que, entre 2006 e 2019, foram reavaliados 16 ingredientes, dos quais 12 foram banidos.

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