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O ex-jogador Ronaldo Fenômeno classificou de "desatroso" o posicionamento de Pelé em relação aos atos racistas praticados por torcedores do Grêmio contra o goleiro Aranha, do Santos, durante uma partida realizada no dia 28 de agosto, em Porto Alegre. Na quarta-feira (10), Pelé criticou a reação do goleiro e afirmou que ele "contribuiu para promover "quem tem esse tipo de racismo".

Ronaldo saiu em defesa de Aranha, xingado de macaco, criticando os comentários do Rei do futebol. "Achei desastroso (o comentário feito por Pelé). A pessoa que sofre um ato de racismo tem que denunciar, tem que fazer valer seu direito de cidadão", afirmou o Fenômeno.

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Ele defendeu a punição de práticas racistas. "Todo mundo tem de ser contrário a qualquer ato de racismo e ter consciência de que são atos muito antigos e atrasados. As pessoas têm que ser punidas pelos crimes que cometem", disse o atacante no início da tarde de hoje, quando acompanhava o candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves, em uma visita à Central Única das Favelas (CUFA), no Rio de Janeiro.

Ao comentar o caso na semana passada, Pelé adotou uma postura branda em relação aos ataques de torcedores que considerou como "explosões naturais" e afirmou que ao longo de sua carreira passou por episódios semelhantes. "Xingavam a gente de todo nome. Eu acho, é claro, que tem que coibir, é uma coisa de racismo e, infelizmente, o racismo não é só contra o negro, é contra o japonês, contra o pobre. Tem que coibir. Mas eu acho que as coisas têm que ser levadas diferente."

O goleiro Aranha repetiu que já perdoou e acrescentou que não considera sua inimiga a torcedora do Grêmio Patrícia Moreira, que o xingou de macaco no jogo disputado na Arena Grêmio, no dia 28 de agosto, pela Copa do Brasil, mas disse que não pretende conhecê-la. Em razão das injúrias racistas sofridas por Aranha, o Grêmio foi eliminado da Copa do Brasil em julgamento do STJD - o clube gaúcho recorreu da pena e voltará a ser julgado.

"Estão me colocando como inimigo dela (Patrícia) e eu não sou. Já a perdoei num primeiro momento, mas não a conheço e nem pretendo conhecê-la", disse o goleiro santista.

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O Santos ganhou por 2 a 1 do Coritiba, na noite de sábado, na Vila Belmiro, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, com golaços de Lucas Lima e Robinho, mas na saída do time do campo, o jogador mais procurado para entrevistas foi Aranha.

O interesse tem explicação: na quinta-feira, o Santos vai voltar a Porto Alegre para enfrentar o Grêmio pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro e há grande expectativa com relação ao tratamento que o goleiro vai receber do torcedor gremista, após ter sido o principal personagem no episódio da eliminação do clube gaúcho da Copa do Brasil. Aranha afirma que não está preocupado.

"Com toda a sinceridade, vou jogar lá (Arena Grêmio) como sempre joguei. O que aconteceu naquele jogo não me interessa mais e acredito que aquele episódio não vai se repetir", disse o goleiro.

Com a vitória da noite deste sábado, o Santos se reabilitou da derrota por 3 a 1 para o Sport, na Arena Pernambuco. Após o jogo, o treinador Enderson Moreira elogiou o futebol apresentado pelo time no primeiro tempo e considerou normal a queda de rendimento na etapa final.

"Marcamos os dois gols e criamos duas ou três oportunidades para fazer o terceiro ainda no primeiro tempo, mas era evidente que o Coritiba, perdendo de dois, ia se lançar à frente na etapa final, mas mesmo assim a equipe se comportou bem", disse.

Os jogadores do Santos folgam neste domingo e segunda-feira à tarde se reapresentam no Centro de Treinamento Rei Pelé para o início da preparação visando o jogo contra o Grêmio, quinta-feira, na Arena Grêmio. O volante Alison recebeu o terceiro amarelo e vai cumprir suspensão. Souza deverá ser o substituto.

Apesar de ressaltar que é importante combater o racismo, Pelé avaliou nesta quarta-feira que o goleiro Aranha, do Santos, errou na forma como reagiu às ofensas raciais que recebeu de torcedores gremistas durante jogo disputado no dia 28 de agosto, na Arena Grêmio, em Porto Alegre, pelas oitavas de final de Copa do Brasil. Segundo ele, o jogador santista se "precipitou" ao dar tanta atenção ao caso.

"O Aranha se precipitou um pouco em querer brigar com a torcida", disse Pelé, durante evento na tarde desta quarta-feira no Rio. "Se eu fosse parar um jogo cada vez que me chamassem de macaco e crioulo, todo o jogo tinha que parar", reforçou ele, lembrando dos tempos em que era jogador. "O torcedor, dentro da sua animosidade, grita mesmo. A gente tem que coibir o racismo, mas não é dessa forma."

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Diante das ofensas que recebeu durante aquele jogo em Porto Alegre, Aranha chegou a procurar o árbitro para denunciar o caso. Depois de encerrada a partida, ele deu entrevista na saída do gramado e revelou que tinha sido chamado de "macaco" por alguns torcedores gremistas que estavam atrás do seu gol - imagens da tevê comprovaram que a acusação do goleiro do Santos era realmente verdadeira.

O caso envolvendo Aranha foi rapidamente julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que condenou o Grêmio com a exclusão da Copa do Brasil por causa das ofensas raciais contra o goleiro. O clube gaúcho já entrou com recurso, que deve ser julgado antes do começo das quartas de final entre Santos e Botafogo. Enquanto isso, a polícia investiga os torcedores que teriam cometido o ato.

A torcedora do Grêmio flagrada proferindo um insulto racista ao goleiro Aranha voltou a comentar sobre o seu ato, cometido no dia 28 de agosto, durante partida entre o clube gaúcho e o Santos, pela Copa do Brasil. Patrícia Moreira afirmou nesta terça-feira pela manhã, em entrevista à TV Globo, que não concorda com a punição imposta ao clube gaúcho pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). "Não achei legal a punição do Grêmio, de ser expulso da Copa do Brasil", disse.

Patrícia, no entanto, admitiu que a decisão do STJD pode mudar a atitude de alguns torcedores que vão aos estádios brasileiros. "Eu pensaria agora duas vezes, mas não fui só eu (quem xingou). Outras pessoas também fizeram isso", afirmou, emocionada.

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A torcedora pediu novamente desculpas ao goleiro do Santos. Segundo ela, o ato ocorreu por impulso, quando o Grêmio perdia o jogo por 2 a 0. "Fui junto com a torcida. Não quis ofender o Aranha. Eu estava longe do grupo, só escutei a palavra macaco."

Em mais uma tentativa de retratação pública, Patrícia chegou a dizer que, se pudesse, abraçaria o goleiro santista. "Eu quero que ele conheça a pessoa que eu sou e não a torcedora que ele viu naquele momento. Não sou uma pessoa ruim", frisou, mostrando-se a favor das campanhas antirracistas nos estádios do Brasil.

De acordo com a torcedora, as ameaças contra a família dela continuam acontecendo em Porto Alegre, onde mora. "Sinto-me arrependida e com medo também, estou sendo ameaçada. Na minha casa eu não vou mais", afirmou.

A torcedora gremista Patrícia Moreira, flagrada por câmeras de televisão xingando o goleiro Aranha, do Santos, na semana passada em partida contra o Grêmio, em Porto Alegre, veio a público nesta sexta-feira para negar que tenha cometido ato racista, ao utilizar a palavra "macaco" para se referir ao jogador santista, e pedir desculpas publicamente.

"Eu peço perdão de coração, eu não sou racista. Aquela palavra, 'macaco', não foi racismo da minha parte. Não tive a intenção racista. Foi no calor do jogo. O Grêmio estava perdendo, o Grêmio é minha paixão mesmo. Eu sempre larguei tudo para ir no jogo do Grêmio", disse a torcedora, em um rápido pronunciamento à imprensa em um hotel na cidade Porto Alegre, onde mora.

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Sem esconder o abalo gerando pela polêmica que ganhou internacionais, Patrícia chorava muito a cada palavra proferida. Parecia assustada. Aos soluços, garantiu que não quis ofender ninguém com atos racistas. "Peço desculpas ao Grêmio, ao tricolor. Peço desculpas ao Aranha, peço perdão. Perdão mesmo", declarou a torcedora, de 23 anos.

De acordo com o advogado da torcedora, Alexandre Rossato, é desejo da jovem se desculpar com Aranha pessoalmente. "O que ela mais quer é pedir desculpas pessoalmente ao goleiro Aranha", afirmou aos jornalistas depois que a gremista deixou a sala.

Segundo o defensor, sua cliente não é racista e se utilizou do termo "macaco" apenas para fazer um xingamento ao jogador adversário. "Macaco no contexto dentro do jogo de futebol não se torna racista, ainda mais com a intenção dela. Isso se torna um xingamento. O termo 'macaco' é mais um termo usado dentro do futebol", afirmou.

Rossato lamentou a exposição que Patrícia vem passando desde o ocorrido e afirma que ela só não recebeu mais ameaças porque estava escondida. "Ela perdeu a vida dela. Por isso não está mais sofrendo ameaças, porque não está mais sendo localizada", declarou o advogado.

Ele chamou de "julgamento público" o que a jovem vem passando. "Esse caso vai ser um marco para efetivamente terminar com o racismo. Estaríamos sendo hipócritas punindo só a Patrícia. Ela infelizmente já foi julgada socialmente. O racismo está inserido na sociedade, infelizmente é um problema social e não podemos jogá-lo tão somente sobre essa menina."

O polêmico episódio aconteceu na quinta-feira da semana passada, durante a partida entre Grêmio e Santos, na ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Câmeras do canal ESPN flagraram a torcedora chamando o goleiro Aranha de "macaco" quando outros torcedores do time da casa também ofendiam o santista imitando sons de macaco no mesmo lado da arquibancada.

O caso virou polêmica nacional e acabou no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que excluiu o Grêmio da Copa do Brasil como punição pelo comportamento discriminatória de sua torcida. A eliminação da equipe gerou repercussão internacional e ganhou a aprovação do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que lidera campanhas antirracismo na entidade.

A torcedora Patrícia Moreira da Silva, flagrada por câmeras de televisão chamando o goleiro Aranha, do Santos, de "macaco", durante partida válida pela Copa do Brasil na Arena do Grêmio, disputada no dia 28 de agosto, dará depoimento à polícia nesta quinta-feira (4), às 10h.

De acordo com familiares, a jovem - que pretende se mudar do bairro onde vive, na zona Norte de Porto Alegre, por causa de ameaças - deve pedir desculpas a Aranha em rede nacional neste domingo.

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Além de Patrícia, outros torcedores identificados pela polícia participando de atos racistas no jogo contra o Santos devem ser ouvidos esta quarta-feira e a quinta-feira.

Na manhã desta quarta-feira, um líder da torcida Geral do Grêmio, o conselheiro do clube Rodrigo Marques Rysdyk, 35 anos, prestou depoimento. Ao deixar a delegacia, "Alemão da Geral" disse apenas que prestou auxílio às investigações e negou presenciar qualquer atitude racista por parte da torcida.

Em razão dos incidentes, o Grêmio será julgado ainda nesta quarta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva e pode, inclusive, ser eliminado da Copa do Brasil por causa da postura de seus torcedores.

O goleiro Aranha confessou que tem pena da torcedora gremista Patrícia Moreira, identificada como uma das autoras dos xingamentos racistas direcionados a ele na partida entre Santos e Grêmio no meio de semana, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. "Essa moça deveria nunca mais pisar em um estádio, a principal punição tem de ser essa. Eu tenho dó dela, como ser humano, e pelas consequências disso tudo", disse, em entrevista para a TV Globo.

Ele garante estar indignado pela passividade do público presente no estádio em relação aos torcedores que apresentaram comportamento racista. "A minoria manda? Se tinha duas mil pessoas lá atrás do gol e apenas cinco tomando essa atitude, porque não cobraram delas uma postura melhor?", questionou.

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Aranha também contou que pensou que poderia acontecer até um confronto físico com os torcedores, porque ele pôde ver a raiva no rosto dos gremistas que imitavam macaco. "Parecia que eles iriam saltar as grades e vir para cima. Estava preparado para o que der e viesse. Geralmente, a gente escuta e finge que não ouve. Mas quando começaram a emitir som de macaco, não aguentei. Às vezes tem de dar uma de louco senão ninguém faz nada", disse.

O goleiro do Santos explicou que já sofreu discriminação em outros momentos e que isso é uma realidade bem presente na vida de muitos brasileiros. "Eu sei que muitas vezes não sou aceito, sou tolerado porque sou goleiro do Santos ou tenho um carro bonito. Já morei em prédios que não me davam nem bom dia", explicou, citando ainda Martin Luther King. "Ele falava que tinha um sonho que todas as pessoas fossem julgadas não pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter."

Em Porto Alegre, a diretoria do Grêmio promoveu manifestações contra o racismo, mas mesmo assim um pequeno grupo cantou músicas com a palavra "macaco", para xingar o rival Internacional, durante o jogo de domingo com o Bahia na Arena Grêmio, e recebeu vaias do restante do público. O técnico Luiz Felipe Scolari também falou sobre o episódio lamentável no meio da semana. "Acho isso uma aberração, uma tristeza para nós. Acho que a população, o governo, todos precisam dar uma basta, um chega para acabar essa bobagem. Cor não quer dizer nada, o que quer dizer é o caráter. É um absurdo", disse.

Apesar do esforço dos dirigentes para limpar a imagem do Grêmio, o clube será julgado na quarta-feira pelo STJD e pode, inclusive, ser eliminado da Copa do Brasil por causa da postura de seus torcedores. Já Patricia Moreira será intimada a prestar depoimento nesta semana.

Numa rara manifestação de solidariedade entre adversários, torcedores do Botafogo saudaram o goleiro Aranha, do Santos, antes e durante o jogo deste domingo (31), no Maracanã, que terminou com a vitória dos cariocas por 1 a 0. As duas equipes entraram juntas no gramado com uma faixa contra o racismo. "Somos preto (sic), somos branco (sic). Somos um só". Em seguida, a torcida botafoguense, em coro, homenageou Aranha.

O goleiro e os demais atletas santistas retribuíram o gesto com aplausos. Aranha foi vítima de racismo no jogo com o Grêmio, quinta-feira (27), em Porto Alegre, pela Copa do Brasil. Foi chamado de 'macaco' e ouviu outras ofensas. O caso teve grande repercussão, com declarações até da presidente Dilma Rousseff.

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Na arquibancada, um torcedor com a camisa do Botafogo exibia um cartaz no qual também deixava clara sua contrariedade com a atitude de alguns gremistas. "Aranha, a torcida alvinegra está com você". No intervalo da partida, o locutor do Maracanã informou que "racismo é crime" previsto em lei federal, com pena de "2 a 5 anos de reclusão".

Aos 33 anos, experiente e seguro, Aranha não deixou que o incidente prejudicasse sua atuação. Logo aos 2 minutos, numa saída arrojada, evitou o gol do Botafogo. Ao longo do primeiro tempo e até levar o gol, na etapa final, o Santos deteve mais o controle da bola e ditou o ritmo do jogo. Mas o time pecava por não conseguir entrar na área do Botafogo em condições de concluir.

Foram poucas as oportunidades de gol da equipe. O Botafogo se fechava bem e tentava os contra-ataques com Emerson, que obrigou a Aranha a fazer uma defesa difícil num chute forte. Após o intervalo, o Botafogo passou a arriscar um pouco mais e os armadores do time santista sentiam a falta de tabelas com os atacantes.

Feliz por ter sido convocado ontem para a seleção brasileira, em substituição a Hulk, que se machucou pelo Zenit, Robinho não justificou a lembrança do técnico Dunga. Desperdiçou algumas jogadas por abusar dos dribles na hora errada. Em quase todas as disputas de bola, parecia um pouco atrasado. Foi assim o jogo todo.

O gol do Botafogo surgiu num dos poucos lances vistosos do clássico. Após cobrança de escanteio de Edílson, a bola sobrou na entrada da área e Daniel completou de trivela. Aranha nem se mexeu e não havia mesmo como evitar o gol.

A derrota expõe mais uma vez a dificuldade do Santos de se firmar no Brasileiro, principalmente em jogos fora de casa. Até agora, só obteve duas vitórias na competição atuando como visitante. O time vinha embalado de Porto Alegre, onde derrotou o Grêmio por 2 a 0, na quinta-feira e deixou bem próxima a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil. Por isso, a torcida santista esperava um desempenho melhor no Maracanã.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 1 X 0 SANTOS

BOTAFOGO - Jefferson; Edílson, Bolívar, André Bahia e Júnior César; Gabriel, Bolatti, Ramírez (Rodrigo Souto) e Daniel (Wallyson); Emerson e Bruno Correa (Rogério). Técnico: Vagner Mancini.

SANTOS - Aranha; Cicinho, Edu Dracena, David Braz e Mena (Zé Carlos); Arouca, Alison (Souza), Lucas Lima e Thiago Ribeiro (Leandro Damião); Rildo e Robinho. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

GOL - Daniel, aos 18 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Rodrigo D'Alonso Ferreira (SC).

CARTÃO AMARELO - Edílson, Edu Dracena, Emerson e Cicinho.

RENDA - R$ 231.585,00.

PÚBLICO - 12.221 pagantes.

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio (RJ).

A jovem que foi flagrada chamando de "macaco" o goleiro Aranha, do Santos, durante o jogo contra o Grêmio, na última quinta-feira à noite, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, foi afastada de seu trabalho.

Patrícia Moreira trabalha como auxiliar de saúde bucal em uma clínica que presta serviço para a Brigada Militar gaúcha. A decisão foi tomada ainda na quinta-feira, logo após ela ter sido flagrada pelas imagens captadas pela ESPN.

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A repercussão negativa do caso nas redes sociais também motivou o afastamento da jovem. Conforme a assessoria de imprensa da Brigada Militar, tanto a corporação de polícia gaúcha quanto a empresa de odontologia repudiam a postura adotada pela torcedora e por isso pediram o afastamento dela.

A fim de identificar os demais envolvidos no episódio de racismo, o chefe da Polícia Civil no Rio Grande do Sul, delegado Guilherme Wondracek, pede aos torcedores do Grêmio que denunciem as pessoas envolvidas nos atos racistas contra o goleiro Aranha.

"No caso em concreto que envolve o jogador Aranha do Santos, os torcedores que estiveram ontem lá, e conheçam e possam identificar os torcedores, podem procurar a polícia", disse.

Após o árbitro Wilton Pereira Sampaio ter incluído na súmula os atos de racismo proferidos por um grupo de torcedores gremistas, o Grêmio pode ser punido com perdas de mandos de campo ou até ser excluído da Copa do Brasil, caso seja condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O Santos vai tomar os caminhos previstos em lei no caso do goleiro Aranha, após as ofensas racistas sofridas na noite de quinta-feira, durante a partida contra o Grêmio, em Porto Alegre, pela Copa do Brasil. Juridicamente, seguirá por duas vias: esportiva e criminal.

Nenhuma das ações, a direção santista deixa claro, diz respeito a uma acusação contra o Grêmio. De acordo com o advogado do Santos, Cristiano Caús, a atitude ofensiva, chamando o goleiro de "macaco", partiu de uma minoria que não representa o clube gaúcho.

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Aranha foi orientado a fazer um Boletim de Ocorrência numa delegacia em Porto Alegre, para registrar o ocorrido. Esse documento servirá para conduzir o caso na esfera criminal. O primeiro passo é identificar as pessoas que praticaram o crime.

"Não é o Santos fazendo algo contra o Grêmio. Cada cidadão tem o direito de se defender. Isso é uma resposta à polícia, ao direito penal. O caso vai correr naturalmente porque já ficou público", explicou o advogado do clube paulista, em entrevista à ESPN Brasil.

Na parte esportiva, o Santos também não terá de se mexer muito para que o caso seja julgado. A notícia das ofensas raciais já chegou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Os promotores viram as imagens de tevê que mostram os insultos e devem oferecer denúncia nos próximos dias. Se condenado, o Grêmio pode perder o mando de até dez jogos ou ter de atuar com portões fechados.

Depois de ter sido alvo de insultos racistas na noite anterior, durante a vitória do Santos na Arena Grêmio, em Porto Alegre, pela Copa do Brasil, o goleiro Aranha divulgou um comunicado na manhã desta sexta-feira para comentar novamente o caso. E citou até o ativista norte-americano Martin Luther King para reforçar a luta contra o racismo.

Aranha foi ofendido por alguns torcedores gremistas que estavam atrás do gol defendido por ele na Arena Grêmio. "Eu estava no gol e a torcida começou a xingar de preto fedido, cambada de preto, essas coisas. Fiquei nervoso, mas estava me segurando. Foi aí que começou um pequeno coro de 'macaco'. Dói muito", contou o goleiro, logo após o jogo.

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No comunicado divulgado nesta sexta-feira, Aranha revelou que acordou "aliviado e satisfeito", já que ele denunciou as ofensas de que foi alvo e o caso ganhou grande repercussão. "Ao meu modo de ver, o racismo, de qualquer modo ou gênero, é um mal. E todo mal não detectado cresce e se fortalece", escreveu o titular do gol do Santos.

"Ontem (quinta-feira), esse mal mostrou a sua cara e isso foi bom porque tenho certeza de que será, mais uma vez, combatido e enfraquecido, como em 1963, quando Martin Luther King fez o seu famoso discurso 'I Have a Dream'", continuou Aranha, citando o ativista político que ficou conhecido pela sua luta contra o racismo nos Estados Unidos.

O goleiro também escreveu no seu comunicado um trecho do famoso discurso de Martin Luther King, que entrou para a história da luta contra a segregação racial. "Eu tenho um sonho. Que um dia viveremos em uma nação onde as pessoas não serão julgadas pela cor da pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter", foi a parte da fala citada por Aranha.

Diante do caso ocorrido em seu estádio, o Grêmio já divulgou nota para lamentar e repudiar o episódio, prometendo ajudar na identificação dos responsáveis. O Santos também soltou um comunicado para dar seu apoio a Aranha, condenando as ofensas raciais contra o goleiro, mas isentando o clube gaúcho de culpa pela atitude de alguns torcedores.

A menos de 40 dias da estreia da sequência de O Espetacular Homem Aranha, a Sony Pictures divulga novas imagens do Duende Verde, o arquivilão, interpretado por Dane DeHaan. Na imagem é visível a mega produção em torno customização do personagem, tanto o figurino como a maquiagem impressionam. 

Em A Ameaça de Electro, Peter Park (Andrew Garfield) adora se divertir com Gwen, interpretada por Emma Stone, e ser o herói de Nova York. Mas é com a chegada do novo vilão, Electro (Jamie Foxx), e o retorno de seu amigo Harry Osborn (DeHaan) que Peter descobre o ponto em comum de todos os vilões: a empresa OsCorp.

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A estreia, no Brasil, está prevista para o dia 1° de maio. Confira o novo trailer.

O técnico do Santos, Oswaldo de Oliveira, divulgou neste sábado a lista de 22 jogadores relacionados para o clássico contra o Palmeiras, domingo, na Vila Belmiro, pela última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista, e não incluiu o volante Arouca, que será poupado pela comissão técnica.

Arouca sofreu uma lesão no joelho esquerdo no último domingo, no empate do Santos por 3 a 3 com o Rio Claro, após um adversário cair sobre ele. Assim, ele precisou realizar tratamento fisioterápico durante a semana no Cepraf. Nos últimos três dias, fez trabalhos físicos à parte no gramado do CT Rei Pelé.

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Se não terá Arouca, ao menos o Santos terá quatro reforços para o clássico com o Palmeiras: o zagueiro Neto e o atacante Thiago Ribeiro, que cumpriram suspensão pelo terceiro cartão amarelo no jogo com o Rio Claro, o lateral-esquerdo Mena, recuperado de um edema na região abdominal profunda, e o goleiro Aranha, desfalque em duas partidas por conta de um estiramento no ombro direito.

Os 22 jogadores convocados estão em regime de concentração no Hotel Recanto dos Alvinegros, no CT Rei Pelé, onde permanecerão até momentos antes da partida. Já classificados para as quartas de final do Campeonato Paulista, Palmeiras e Santos travam luta pela melhor campanha da primeira fase do torneio. O time do Palestra Itália está em vantagem, com 35 pontos e dois a mais do que a equipe da Vila Belmiro, mandante no clássico do próximo domingo.

Confira a lista de relacionados do Santos:

Goleiros: Aranha e Vladimir.

Laterais: Bruno Peres, Cicinho, Emerson e Mena.

Zagueiros: David Braz, Jubal, Nailson e Neto.

Meio-campistas: Alan Santos, Alison, Cícero, Lucas Lima e Lucas Otávio.

Atacantes: Diego Cardoso, Gabriel, Geuvânio, Leandro Damião, Rildo, Stefano Yuri e Thiago Ribeiro.

 departamento médico do Santos confirmou nesta terça-feira (11) que o goleiro Aranha e o lateral-esquerdo Mena, lesionados, voltarão a desfalcar o time.  O Peixe entre em campo no próximo domingo (16), contra o Rio Claro, às 18h30, fora de casa, pela 14ª rodada do Campeonato Paulista.

Aranha havia cumprido suspensão pelo terceiro cartão amarelo no último domingo, diante do Oeste, na Vila Belmiro, mas já vinha sentindo um incômodo no ombro direito. Ele passou por exames na última segunda-feira, e nesta terça o clube confirmou que o atleta teve um estiramento no músculo, lesionado em uma reposição de bola durante a partida contra o Mogi Mirim, na semana passada.

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Aranha, porém, deverá voltar a reunir condições de jogo para o clássico do próximo dia 23, contra o Palmeiras, na Vila Belmiro, pela rodada final da fase de classificação do Paulistão. O mesmo deverá ocorrer com Mena, que foi substituído no fim do primeiro tempo do jogo que fez contra o Bragantino, em 27 de março.

O jogador chegou a ser convocado para defender o Chile em amistoso contra a Alemanha, no último dia 5, e não encarou Mogi Mirim e Oeste. E um exame realizado na última segunda-feira constatou que o atleta tem um edema no músculo profundo abdominal. Por causa do problema, ele também foi confirmado nesta terça como desfalque certo para domingo.

Com as ausências do goleiro e do lateral, o Santos agora contabiliza quatro baixas para o duelo diante do Rio Claro, pois o zagueiro Neto e o atacante Thiago Ribeiro, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, também estão fora. Em compensação, a equipe voltará a contar com Geuvânio e Rildo, que retornam de suspensão.

O Santos deverá entrara em campo, no próximo domingo com a seguinte formação titular: Vladimir; Cicinho, David Braz, Jubal e Emerson Palmieri; Arouca, Cícero e Gabriel; Geuvânio, Leandro Damião e Rildo.

OSWALDO LIBERADO - O técnico Oswaldo de Oliveira foi julgado na última segunda-feira pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) pela expulsão no clássico contra o São Paulo e foi apenas advertido. Com isso, poderá comandar o Santos normalmente no domingo.

O Santos não conquistou nenhum título em 2013 e há algumas rodadas já não tem maiores objetivos a buscar nesta reta final do Campeonato Brasileiro. O discurso no clube, porém, é o de que ao menos o time foi o melhor dos paulistas na competição e terminará a temporada longe do grupo das equipes que ainda lutam para se livrar do rebaixamento.

Nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no CT Rei Pelé, o goleiro Aranha destacou que não faltou empenho ao time santista ao longo deste Brasileirão, razão pela qual o atleta acredita que tenha sido fundamental para a equipe chegar à rodada final do torneio em oitavo lugar.

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"Nossa equipe esteve lutando bastante, se entregando bastante, muitas vezes no campeonato quase todo não teve futebol brilhante, mas o torcedor n]ao cobrou raça, determinação e vontade. Isso nunca faltou. Por isso terminamos campeonato em situação confortável. A gente não passou sufoco", ressaltou Aranha, que no próximo domingo enfrentará o Goiás, às 17 horas, no Serra Dourada, em Goiânia, no último jogo do Santos nesta temporada.

Ao fazer um balanço do ano do Santos, o jogador lembrou que a equipe passou por momentos atribulados, que resultaram na demissão de Muricy Ramalho, assim como acabou perdendo Neymar, principal jogador brasileiro da atualidade e um dos melhores do mundo hoje.

"Com tudo que aconteceu neste ano, todas as mudanças, acho que pra gente (a situação atual) é uma vitória. Não serve de consolo, mas lutamos muito pra não passar dificuldade. Batalhamos muito para, ao menos, deixar o Santos na primeira divisão. E fizemos isso com esforço e trabalho", disse Aranha, que pouco depois enfatizou: "O Santos passou anos no topo, sendo o principal do País, depois outros assumiram, mas espero que a gente possa voltar (ao topo) novamente".

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