O Instituto de Assistência Social e Cidadania (IASC), da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Recife, realizou a doação de 1500 cestas básicas para famílias cadastradas no instituto nesta sexta-feira (23). A iniciativa foi uma parceria do IASC com a Associação Sino-Brasileira de Indústrias e Comércio Exterior (ASIBRA), comunidade chinesa no Brasil que doou cerca de 30 toneladas de alimentos.
De acordo com a secretária de Assistência Social, Niedja Queiroz, os integrantes da associação iam doar os alimentos nas ruas e praças, sem saber realmente quais pessoas estariam necessitando do alimento. Com a parceria, os alimentos puderam ser entregues às famílias que estão em situação de risco social e vulnerabilidade, atendidas pelos programas sociais do IASC.
##RECOMENDA##A ASIBRA é uma associação civil de empresários e comerciantes da comunidade chinesa e conta com aproximadamente 200 membros. “Com o IASC, descobrimos a Campanha Doação Cidadã e como direcionar nossas doações, porque, infelizmente, doar na rua é muito complicado”, disse Daniel Su, presidente da ASIBRA.
A Doação Cidadã acontece em caráter permanente, mas é sempre reforçada no final do ano, para evitar o aumento da mendicância nas ruas devido ao período natalino. Ela estimula a população a entregar doações em dinheiro, brinquedos, roupas e alimentos, diretamente nas entidades cadastradas que atendem pessoas em situação de risco social e vulnerabilidade. Com isso, a campanha busca evitar o ato de dar esmolas nas ruas.
Confusão - Mas o ato de solidariedade provocou insatisfação para as pessoas que não estavam cadastradas nos programas assistenciais do IASC, e não tiveram o direito de receberem as doações. Segundo informações da diretora de Média Complexidade do instituto, Melissa Azevedo, que estava presente na ação, algumas pessoas começaram a tumultuar a distribuição pela manhã. “Tinha gente vindo de Olinda para receber a cesta, outras descendo de ônibus e ainda as que paravam de motos. Ficamos sabendo também que algumas pessoas estavam vendendo os alimentos na feira do troca", relatou a diretora, "quando ficaram sabendo que não poderiam receber os alimentos, começaram a fazer ameaças com facas. Ficou complicado para sair do local”, explicou.
Ainda de acordo com Azevedo, toda a ação teve o apoio de Guardas da Prefeitura e de agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).