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O juiz Waldir Calciolari, da 25.ª Vara Criminal Central da Capital, condenou nesta segunda-feira (2) Alex Kozloff Siwek, de 22 anos, pelo atropelamento do ciclista David Santos Sousa, de 22 anos, na Avenida Paulista, em março do ano passado. O motorista, que havia ingerido álcool antes do acidente, também deixou de prestar socorro à vítima e jogou o braço de Souza, arrancado e preso ao carro no acidente, no Córrego do Ipiranga (zona sul de São Paulo).

A pena foi fixada em seis anos de detenção, em regime inicial semiaberto, além do pagamento de 60 dias-multa (cada uma no valor de um salário mínimo) e suspensão da habilitação por cinco anos. Siwek poderá apelar da decisão em liberdade.

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Na sentença, o magistrado enumerou 12 itens que demonstram a autoria e a materialidade criminosas atribuídas ao réu. Testemunhas confirmaram que o acusado dirigia em velocidade acima da permitida e invadiu a faixa reservada ao tráfego de bicicletas, delimitada por cones. Sousa ainda processa Siwek por danos morais e materiais. Em entrevista ao Estado há cerca de três meses, o advogado da vítima, Ademar Gomes, afirmou que a ação se arrastará por anos.

O bibliotecário Marcos Alexandre Martins, acusado de atropelar e matar mãe e filha na calçada do Shopping Villa-Lobos, na zona oeste da capital paulista, em 2011, vai a júri popular. Ele dirigia embriagado. O crime ganhou repercussão nacional e acabou se tornando uma das bandeiras para o endurecimento da lei seca no Brasil. Uma decisão da Justiça publicada nesta quinta-feira, 6, prevê que Martins seja julgado por infração ao artigo 121 do Código Penal, com pena de 6 a 20 anos de prisão.

A juíza Lizandra Maria Lapenna, da 5.ª Vara do Júri do Foro Central Criminal, recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e considerou o delito um homicídio doloso (com intenção). Os crimes foram qualificados por meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. O julgamento ainda não tem data. O réu poderá aguardar a audiência em liberdade, e cabe recurso à decisão.

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Anteriormente, a defesa tentou demonstrar que o homicídio não foi intencional, o que retiraria o caso do júri popular. A juíza entendeu que o réu agiu com dolo eventual (assumiu o risco de matar as vítimas), pois estaria embriagado e acima da velocidade permitida. Depois da morte da mãe e da irmã, o palestrante Rafael Baltresca criou uma campanha na internet para tornar mais severas as penas para quem dirige alcoolizado. O movimento "Não foi acidente" já colheu 989 mil assinaturas.

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