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A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres pediu o adiamento do depoimento previsto para esta segunda-feira (24), sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições. O interrogatório está marcado para as 14h.

Os advogados haviam pedido uma avaliação psicológica. O acompanhamento de rotina faz parte do protocolo de atendimento aos presos. De acordo com a defesa, a psiquiatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal atestou que o ex-ministro não tem condições de "comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante 1 semana".

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A prisão preventiva do ex-ministro completa 100 dias nesta segunda-feira. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na semana passada mais um pedido da defesa para colocá-lo em liberdade.

"Ocorre que, após ter ciência do indeferimento do pedido de revogação de sua prisão preventiva, o estado emocional e cognitivo do requerente, que já era periclitante, sofreu uma drástica piora", escreveram os advogados no pedido de adiamento.

A prisão foi decretada na investigação sobre o papel de autoridades nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele é o único que permanece preso. O ex-ministro fica em uma Sala de Estado Maior no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.

A defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu que ele passe por uma avaliação psicológica. O acompanhamento de rotina faz parte do protocolo de atendimento aos presos. O ex-ministro tem um depoimento marcado nesta segunda-feira (24), sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições. A defesa espera a avaliação para saber se ele tem condições de depor.

Torres está preso preventivamente há quase 100 dias. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na semana passada mais um pedido da defesa para colocá-lo em liberdade.

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A prisão foi decretada na investigação sobre o papel de autoridades nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele é o único que permanece preso. O ex-ministro fica em uma Sala de Estado Maior no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.

Pessoas próximas ao ex-ministro afirmam que ele está deprimido e ficou mais abatido após saber que não seria colocado em liberdade. Uma das principais inquietações é ficar longe da família. Ele tem três filhas menores de idade que não vê desde que foi preso.

A avaliação psicológica está prevista no acompanhamento de rotina dos presos. Torres passou pelo primeiro atendimento no dia 17 de janeiro, três dias depois de se entregar.

O ex-ministro trocou a defesa recentemente. O advogado anterior, Rodrigo Roca, já havia trabalhado para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O escritório de Eumar Roberto Novacki, que já foi chefe da Casa Civil do Distrito Federal no governo de Ibaneis Rocha (MDB), assumiu o caso. Ele tem defendido que não há mais justificativa para a prisão preventiva. Um dos argumentos é que Anderson Torres não está mais no cargo, não oferece risco às investigações, tem endereço fixo e poderia ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

Recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) diz que a Secretaria de Defesa Social (SDS) deve anular a prova de avaliação psicológica do concurso público da Polícia Civil. A solicitação também cabe para a banca organizadora do certame, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

De acordo com o MPPE, foram colhidas denúncias de candidatos acerca de supostas irregularidades, tais como cadernos de exames já preenchidos com as respostas das questões na sala de avaliação, o que motivou a instauração de inquérito civil. “Nas considerações da recomendação, a 25ª promotora de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital, com atuação na Defesa do patrimônio Público, Andréa Fernandes Nunes Padilha, citou que o Cebraspe se manifestou em ofício sobre o ocorrido e admitiu que verificou que, das 76 salas onde foram aplicados os testes da avaliação psicológica, houve o registro da ocorrência de cadernos riscados, marcados ou rasurados em seis salas. Apurou-se, ainda, que houve o registro de mais de cinco cadernos de provas riscados, marcados ou rasurados em cada uma dessas seis salas”, informou o órgão, por meio da sua assessoria de imprensa.

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Para o MPPE, as avaliações deverão ser refeitas, a partir da publicação de um novo cronograma de realização. Além disso, medidas de seguranças deverão ser tomadas para garantir um processo seletivo sem fraudes. Ainda de acordo com o Ministério, todo custo para a nova aplicação ficará sob a responsabilidade do Cebraspe.

Segundo a promotora Andréa Fernandes, as denúncias sobre acesso aos cadernos já preenchidos são fatores que prejudicam a honestidade do exame. “Só o fato deste contingente de candidatos ter tido acesso às anotações no caderno de questões já afeta a isonomia entre os concorrentes, uma vez que é impossível determinar quantas e quais pessoas foram beneficiadas no decorrer da prova com o acesso a tais informações. Ainda há de se considerar que tal número de incidentes diz respeito apenas às salas onde tal fato foi registrado em ata, havendo relato nesses autos de que o fato se repetiu em diversas outras salas, onde não chegou a ser registrado em ata, atingindo um número indiscriminado de candidatos”, comenta a promotora, conforme informações do MPPE.

O concurso da Polícia Civil ofereceu mais de 900 vagas, para os cargos de agente, delegado e escrivão. A avaliação psicológica questionada foi realizada no dia 23 de outubro do ano passado.   

Os policiais militares das Unidades de Polícia Pacificadora de três favelas do Complexo do Alemão vão passar por avaliação psicológica durante treinamento de reciclagem. O programa foi iniciado depois da morte do menino Eduardo de Jesus, de 10 anos, no último dia 2, atingido por um tiro de fuzil na cabeça. Dois policiais militares pediram atendimento psicológico após da ação que terminou com a morte da criança.

"Não estamos dizendo que os policiais estão fora de controle, que há uma epidemia. O policial que está com problema, sintomas de estresse pós traumático, tem todo o direito de procurar atendimento", afirmou o comandante da Polícia Militar, Alberto Pinheiro Neto, ao explicar que a intenção da avaliação é "entender o pensamento do policial em situação de risco" para reformular o treinamento.

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Pinheiro Neto se recusou a informar o nome dos dois PMs da UPP que estavam na ação em que Eduardo foi morto. Segundo ele, os dois serviam de guia para equipes do Comando de Operações Especiais (COE) que se deslocavam na favela. "Não houve operação policial. Mas um simples deslocamento no terreno para a tropa se estabelecer em outro ponto", afirmou o comandante. Ele evitou comentar detalhes da investigação, como se houve confronto com traficantes ou se os policiais estão sendo investigados por alteração de provas - os cartuchos foram recolhidos no local em que Eduardo foi morto.

Ao contrário do governador Luiz Fernando Pezão, que disse que haveria reocupação do Complexo do Alemão, Pinheiro Neto afirmou que as UPPs estão sendo reorganizadas. "Estamos iniciando um freio de arrumação no processo de ocupação", afirmou.

A avaliação é de que as tropas estavam "fragilizadas", sem bases policiais seguras e sob forte estresse por causa dos constantes ataques. "Nós verificamos que em algumas UPPs havia medo, desconfiança entre a polícia, entre a comunidade. Isso é preocupante. Onde há medo, onde há desconfiança, não há como se fazer política de proximidade", afirmou o chefe do Estado Maior, coronel Robson Rodrigues. "O treinamento somente para a polícia de proximidade fragilizava o policial, expunha-o a risco, ao estresse e nessa situação as reações não são bem controladas."

O treinamento que se iniciou é voltado para a autoproteção. Segundo Pinheiro Neto, o foco é em como progredir nas áreas, como utilizar ambiente para se proteger, a maneira adequada de conduzir a arma, e a maneira adequada de avaliar o alvo. "O policial bem treinado, consciente das ações, protegido no terreno e com boa estrutura de trabalho, seu nível de estresse diminui. O risco operacional diminui".

Inicialmente, 320 policiais do Morro do Alemão passarão pelo treinamento nos próximos 45 dias, em turmas de 60. Depois, outros 340 agentes da UPP da Nova Brasília e 320 da Fazendinha passarão pela reciclagem.

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