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O Sertão de Pernambuco, castigado por uma das piores secas dos últimos 40 anos, voltou a registrar novas chuvas fortes nessa segunda-feira (21). Conforme o boletim com informações parciais divulgado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), houve pancadas de 68 milímetros em Araripina;  53,5, em Sertânia; 21 em Petrolina e 15,3 em Afrânio. Em outros municípios sertanejos os índices foram mais baixos. 

De acordo com o Diretor de Regulação e Monitoramento da APAC, Sérgio Torres, algumas cidades registraram um aumento considerável nas últimas semanas. “Em Iguarací já choveu 175 milímetros, o que representa 124% acima da média mensal. Em Ouricuri foram 153 milímetros, um total de 87% acima do que choveria em todo o mês”.

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Ainda conforme Torres, as chuvas fortes foram suficientes para concentrar uma grande quantidade de água em, pelo menos, uma barragem da região. “O açude de Salgueiro até a semana passada possuía apenas 14% do volume de água. Hoje verificamos um total de 85% de água, devido às chuvas dos últimos dias”. 

Mesmo assim, a situação ainda é bastante complicada para os moradores do sertão. Algumas barragens acumularam cerca de 2% a 3% de volume de água. Para reverter esse quadro, segundo Torres, é necessário que continue chovendo até o final do mês. “A permanência dessa chuva forte reflete significantemente nos volumes acumulados”.

Preocupados com a situação dos estados atingidos pela seca, meteorologistas de várias partes do Brasil participam da Reunião Nacional de Meteorologia durante toda esta semana, em Fortaleza. O objetivo é identificar soluções para o problema. “A partir da conclusão deste encontro teremos prognósticos sobre o que vai acontecer em todo o país e assim poderemos discutir e nos preparar para os próximos três meses”, concluiu. 

 

Quatro convênios, no valor de R$ 400 mil, para o fornecimento de água domiciliar foram assinados pelo governo de Pernambuco. Cerca de 450 famílias dos municípios de Casinhas, Vertente e Taquaritinga do Norte - Agreste do Estado, serão beneficiadas com o ato do Poder Público. 

Serão executadas atuações de fortalecimento da infraestrutura hídrica com barragens e de assistência à população com carros pipa, limpeza de barragens e ampliação do Programa Terra Pronta, acontecerão durante as obras. 

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Nesta segunda-feira (24), o governador Eduardo Campos e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, assinaram, na Sede Provisória do Governo, no Centro de Convenções, termos de compromissos para a construção do Ramal do Agreste e das barragens de Igarapeba e Barra de Guabiraba. 

O primeiro termo prevê investimentos de R$ 1,3 bilhão para o Ramal do Agreste, que terá extensão de 71 km, fazendo a ligação entre o Eixo Leste da Transposição com a Adutora do Agreste. Já as barragens fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Prevenção, a de Igarapeba orçada em R$ 99 milhões, e, a de Barra de Guabiraba, em R$ 61 milhões. 

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A Barragem de Igarapeba terá capacidade para 68,25 milhões de m³, complementando o sistema de contenção do Rio Una e contempladas quase 170 mil pessoas com a ação. A de Barra de Guabiraba será erguida no Rio Sirinhaém, segurando até 17 milhões de m³ e beneficiando 150 mil moradores da região. 

Na ocasião, foi assinado ainda um termo de compromisso do PAC Equipamentos, um investimento de R$ 20,3 milhões para aquisição de sete conjuntos de máquinas para recuperação e perfuração de poços. No total, O PAC Equipamento vai liberar R$ 124,3 milhões para o semiárido, essa obra irá beneficiará cerca de 2,5 milhões de pessoas. 

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales São Francisco e Parnaíba (Codevasf) está realizando a recuperação das barragens e aumento da profundidade em Petrolina, Sertão de Pernambuco. As primeiras ações foram iniciadas nas barragens da região de Caldeirão e de Cacimba Velha desde o início deste mês.

Luiz Manoel de Santana, superintendente regional da Codevasf em Pernambuco, explica que a recuperação das barragens visa garantir mais acúmulo e durabilidade da água. “Estamos buscando agir para que as barragens sejam restauradas e ampliadas, com a escavação e aprofundamento dos seus bojos, garantindo mais a acumulação e durabilidades da água. Já concluímos os serviços na barragem de Cruz de Salinas, que agora também conta com água encanada que chega através da adutora de Uruás, e iniciamos Caldeirão e Cacimba Velha, afirmou.

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As barragens de Poço da Onça, Malhadinha, Santo Antonio, Consolação, São Bento, Formosa, Terra Nova, Caiçara estão em fase de licitação, fora outras 16 pequenas barragens em vários locais do interior do município de Petrolina. A meta é que os ações sejam todas iniciadas antes do período de chuva.

A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou nesta terça-feira (20) Projeto de Lei Ordinária nº 788/2012, do Governo do Estado, de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da ordem de R$ 900 milhões, para investimento em infraestrutura do Estado. O empréstimo é parte de uma linha de crédito diferenciada, o BNDES Estado.

Os investimentos poderão contemplar três áreas. A primeira focará ações e projetos que reduzam os riscos de desastres, principalmente na Zona da Mata Sul. Para tanto, a administração pública deverá construir barragens de contenção no Rio Una, a fim de evitar os frequentes transbordamentos no período de chuvas. A segunda visa à interiorização das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e à construção do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. Esta última obra, inclusive, está com a ordem de serviço assinada.

O empréstimo também será utilizado para capitalizar os cofres da Agência de Fomento do Estado de Pernambuco (Agefepe). Por meio dessa entidade, o Executivo oferece operações de crédito aos microempreendedores.





Cerca de mil pessoas atingidas por barragens de cinco Estados nordestinos - Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia - começaram a ocupar, na manhã de hoje o pátio interno do prédio da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), no Recife.

Eles montam barracas e trouxeram alimentos, dispostos a permanecerem no local até que o governo federal discuta uma série de reivindicações, que vão da discussão do atual modelo energético brasileiro à redução da tarifa de energia - a quinta mais cara do mundo - para trabalhadores e um plano de desenvolvimento para as regiões atingidas pelas barragens.

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O movimento é nacional, dentro da jornada de lutas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), com atividades semelhantes em Brasília, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia, Pará e Rio de Janeiro. "O modelo brasileiro privilegia as grandes corporações e empresas e não fortalece a soberania nacional", afirma o dirigente nacional do MAB, José Josivaldo Alves de Oliveira.

Ao mesmo tempo, destaca ele, deixa ao "Deus dará" as famílias atingidas. Cerca de 200 mil famílias já foram expulsas de suas terras, sem direitos, para a construção de barragens, de acordo com estimativa do MAB. A mobilização conta com o apoio da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Sindicato dos Urbanitários.

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