Tópicos | bebidas adulteradas

[@#galeria#@]

Quem frequentou recentemente algumas boates localizadas no Recife e em Jaboatão dos Guararapes pode ter tomado whisky, champagne e vodka adulterados. A Polícia Civil realizou, na manhã desta sexta-feira (12), mandados de busca da operação Dodgy Scotch, que resultaram na apreensão de cerca de 120 garrafas com bebidas modificadas por uma quadrilha especializada. 

##RECOMENDA##

De acordo com a Polícia Civil, as bebidas adulteradas foram encontradas nas boates Liverpool, em Boa Viagem, Zona Sul de Recife, e Big House, localizada em Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. Outros produtos modificados estavam na casa de show Espaço Aberto, no bairro da Imbiribeira, na capital pernambucana. Segundo o delegado responsável pelo caso, Carlos Couto, os donos dos estabelecimentos comerciais serão ouvidos e, se constatada conivência com a quadrilha, poderão ser acusados de crime contra a saúde pública e contra a ordem econômica.

Ainda conforme as autoridades, as boates só foram identificadas porque os agentes acharam um documento que apontava os nomes dos estabelecimentos. De acordo com a Polícia, o papel estava na fábrica onde as bebidas eram adulteradas, no bairro de Piedade. Em abril deste ano e no mesmo bairro, a polícia prendeu Rafael Duarte Costa e o ex-presidiário por tráfico de drogas, Williams Barbosa da Silva, identificados como os responsáveis por transportar os produtos até as casas de show. Já o dono da fábrica, Cézar Augusto Duarte Costa, foi preso em julho.

As investigações policiais identificaram que as mercadorias adulteradas eram passadas às casas de festa praticamente 50% mais baratas que o preço normal. Como exemplo, um whisky adulterado da marca Johnnie Walker era repassado para uma boate por cerca de R$ 50 e vendido ao público em torno de R$ 100. Segundo o delegado Carlos Couto, os produtos eram misturados, o que configura a adulteração, em que até champagne da marca Chandon recebia grandes frações de Cidra, outra marca bem mais barata. 

“Bebidas bem mais baratas eram misturadas às bebidas mais caras, por meio de conta gotas. Para identificar a modificação, contamos com a ajuda de uma máquina capaz de provar se a bebida é ou não original. Provavelmente, a quadrilha lucrava bastante, porque segundo a contabilidade dos acusados, eles entregavam três caixas de whisky por dia. Nas ações anteriores, nós chegamos a apreender 2 mil garrafas”, disse o delegado.

Os advogados da Big House e do Espaço Aberto, Braz Neto e Anderson Flexa, disseram que os donos dos estabelecimentos serão ouvidos para esclarecer os fatos. Eles garantem que a boate e a casa do show também são vítimas, como os clientes, porque compraram os produtos sem saberem da alteração nas bebidas. O LeiaJá tentou entrar em contato com o atendimento da Liverpool, mas as ligações estavam ocupadas até o fechamento desta matéria.         

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando