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O destituído presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali, falecido na quinta-feira, foi enterrado neste sábado na cidade sagrada muçulmana de Medina, região oeste da Arábia Saudita, informaram testemunha.

O ex-chefe de Estado que morreu em Jidá, ao sul de Medina, foi sepultado no cemitério de Al-Baqi, perto do mausoléu do profeta Maomé.

Ben Ali foi expulso em 14 de janeiro de 2011 da Tunísia - país que foi o berço da Primavera Árabe -, depois instalar um regime policial em seu país durante duas décadas.

Ben Ali, desde então refugiado na Arábia Saudita, foi condenado à prisão perpétua em vários processos, em particular pela violenta repressão das manifestações da revolução, que terminou com mais de 300 mortos.

Manifestantes jogaram pedras e tomates contra os líderes da Tunísia nesta segunda-feira (17), durante uma cerimônia que marcava os dois anos do começo das revoltas que derrubaram regimes autoritários em todo o mundo árabe. Cerca de três mil pessoas enfurecidas com o governo liderado por islamitas exigiram empregos e protestaram no evento. Eles jogaram objetos e vaiaram o presidente Moncef Marzouki, que pediu paciência e disse que nenhuma "varinha mágica" poderia reduzir o desemprego.

Mas os manifestantes reclamaram que eles viam pouca melhora na região desde a posse do novo governo. Algumas pessoas seguravam placas com palavras de ordem. "O povo quer a queda do governo e uma nova revolução", dizia um dos cartazes.

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Marzouki e outras personalidades tiveram de ser escoltados para fora do palco.

A cerimônia desta segunda-feira marcava os dois anos desde o dia em que um vendedor de rua se matou com fogo em protesto contras o regime do presidente Zine El Abidine Ben Ali. A ação de Mohamed Bouazizi desencadeou demonstrações que se espalharam por toda a Tunísia e vários outros países árabes.

Nas últimas semanas, a economia em estagnação da Tunísia alimentou um impasse entre o partido dominante e o principal sindicato do país. Os radicais islamitas tunisinos também passaram a demonstrar sua insatisfação e os protestos de jovens descontentes por vezes acabaram em violência. As informações são da Associated Press.

Sakhr El Matri, um dos genros do ex-presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali, foi detido nas Seychelles, anunciaram nesta sexta-feira (14) as autoridades tunisianas, que querem obter sua extradição.

Acusado e condenado à revelia pela justiça de seu país por casos de corrupção, El Matri fugiu da Tunísia antes da queda do regime, em janeiro de 2011. Refugiou-se no Qatar, mas as autoridades deste país anunciaram tê-lo expulsado em setembro passado.

"Sakhr El Matri encontra-se atualmente nas Seychelles depois de ter deixado o Qatar", informou o ministro da Justiça, Nuredin Bhiri. "As autoridades tunisianas farão tudo para obter sua extradição", acrescentou.

O Sakhr El Matri, de 31 anos, era considerado o genro preferido do casal presidencial tunisiano, e considerado um potencial sucessor de Ben Ali, antes da revolta popular que derrubou o regime. Fugiu da Tunísia com sua esposa Nesrine, a filha primogênita de Ben Ali. Não foi fornecida nenhuma informação sobre o paradeiro dela.

Ben Ali está refugiado na Arábia Saudita junto a sua esposa, Leila Trabelsi, desde que fugiram do país em 14 de janeiro de 2011.

O ditador da Tunísia deposto em 2011, Ben Ali, recebeu sua segunda condenação à prisão perpétua nesta quinta-feira, quando um tribunal militar o sentenciou à revelia por cumplicidade nos assassinatos de manifestantes durante a revolta contra ele.

Zine El Abidine Ben Ali está exilado na Arábia Saudita. A Tunísia já solicitou sua extradição, mas não recebeu resposta. Mesmo assim, o governo tunisiano prometeu trazer Ben Ali e todos os seus cúmplices perante a Justiça por crimes supostamente cometidos durante os 23 anos de ditadura.

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Este último julgamento refere-se às mortes de ativistas na capital Túnis e no norte do país. Cerca de 43 oficiais foram julgados e receberam sentenças que variam entre cinco anos e prisão perpétua. O ex-chefe da guarda presidencial, Ali Seriati, foi condenado a 20 anos de prisão, enquanto o ex-ministro do Interior Rafik Belhaj Kacem pegou 15 anos. Ambos estão em custódia.

Ben Ali e sua família são réus de dezenas de processos em tribunais civis e militares. O ex-ditador já havia recebido uma sentença de prisão perpétua em junho, pelas mortes no sudeste da Tunísia, onde a revolução começou em dezembro de 2010.

A revolta na Tunísia iniciou uma onda de movimentos pró-democracia pelo Oriente Média e norte da África que derrubou diversos governos e ficou conhecida como Primavera Árabe. As informações são da Associated Press.

Um tribunal militar tunisiano condenou, nesta quarta-feira, o ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali a 20 anos de prisão por incitação à violência.

Trata-se da primeira condenação de Ben Ali num tribunal militar. Ele já foi condenado por tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e abuso de fundos públicos e sentenciado a 66 anos de prisão por um tribunal civil.

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Ben Ali foi derrubado por um levante popular e fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro de 2011. Sua queda inspirou uma série de movimentos pró-democracia em toda a região, movimento que ganhou o nome de Primavera Árabe.

O tribunal condenou Ben Ali por ter dado ordens às forças de segurança para que atirassem contra manifestantes. O caso julgado nesta quarta-feira trata de um incidente na cidade de Ouardanine, quando a polícia disparou contra uma multidão que tentava impedir o sobrinho de Ben Ali, Kais, de fugir do país. Quatro pessoas foram mortas.

Uma série de outras autoridades, também condenadas à revelia pelo caso, receberam sentenças de dez anos, segundo a agência estatal de notícias, e outras que estão detidas foram condenadas a cinco anos de prisão.

Os parentes das vítimas receberam indenizações que oscilam entre US$ 100 mil e US$ 150 mil.

Um segundo julgamento militar também está em curso sobre as mortes de cerca de 20 manifestantes no sul do país. Pelo menos 338 pessoas morreram durante o levante e outras 2.147 ficaram feridas. A Tunísia já fez vários pedidos à Arábia Saudita para a extradição de Ben Ali. As informações são da Associated Press.

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