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O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira, 14, que foi "excelente" a 11ª Cúpula do Brics. "Estamos recuperando a confiança, diferentemente do passado quando a agenda do presidente não era muito boa", declarou, ao chegar ao Palácio da Alvorada.

Bolsonaro afirmou que a presença dos líderes mostra que o Brasil é um País sério, com muito a oferecer. O presidente classificou China e Rússia como potências e disse que a África do Sul é um "país irmão".

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Bolsonaro não respondeu se tratou sobre as crises na Bolívia e Venezuela em reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizada mais cedo no Planalto. "Muita coisa reservada", disse.

O presidente destacou, no entanto, que foi resolvida "rapidamente" a invasão da Embaixada da Venezuela no Brasil por grupo ligado a Juan Guaidó, reconhecido pelo governo Bolsonaro como presidente legítimo.

PSL

Bolsonaro disse que não sabe quantos parlamentares devem acompanhá-lo ao Aliança Pelo Brasil, partido que deseja tirar do papel até abril de 2020, a tempo de lançar candidatos às eleições municipais. "Vou começar um partido pobre, sem dinheiro, sem televisão. Sem nada. Se for para lá, vai por amor. Igual a um casamento: a gente casa por amor", disse.

O presidente iraniano Hassan Rohani descartou nesta terça-feira negociações bilaterais com o governo dos Estados Unidos e advertiu que seu país reduzirá os compromissos na área nuclear, a menos que sejam registrados avanços com os países europeus nos próximos dois dias.

O Irã e três países europeus – França, Alemanha e Grã-Bretanha – tentam salvar o acordo de 2015 para limitar o programa nuclear iraniano, mas que está em dúvida desde a saída dos Estados Unidos, em 2018, e a retomada das sanções econômicas americanas contra Teerã.

As tensões não param de aumentar entre o governo iraniano e a administração do presidente Donald Trump, que desde sua chegada à Casa Branca adotou um tom hostil em relação ao Irã, país que acusa de querer produzir uma bomba atômica.

No fim de agosto, após a reunião de cúpula do G7 na França, os presidentes francês, Emmanuel Macron, e americano mencionaram a possibilidade de uma reunião de Rohani e Trump em setembro em Nova York, à margem da assembleia geral da ONU.

Mas em um discurso no Parlamento nesta terça-feira, Rohani disse que a questão das negociações diretas com os Estados Unidos talvez "tenha sido um mal-entendido".

Também advertiu que a República Islâmica poderá reduzir ainda mais seus compromissos na área nuclear nos próximos dias se até quinta-feira as negociações com os europeus "não alcançarem nenhum resultado".

"Afirmamos várias vezes e repetimos: nenhuma decisão de manter negociações bilaterais com os Estados Unidos foi tomada", declarou Rohani, de acordo com o texto do discurso pronunciado no Parlamento, publicado pelo site do governo iraniano.

"Por princípio, não queremos negociações bilaterais com os Estados Unidos", disse Rohani.

Ele citou, no entanto, a possibilidade de discussões com Washington no formato "5+1" se o governo dos Estados Unidos suspender as sanções contra o Irã restabelecidas depois da saída unilateral, em maio de 2018, do acordo sobre o programa nuclear de Teerã concluído em Viena em 2015.

O formato corresponde aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) mais a Alemanha.

Os seis países negociaram e assinaram o acordo com o Irã.

Em maio de 2019, um ano depois da saída dos Estados Unidos do acordo, o que priva o Irã de recursos financeiros, Teerã começou a abandonar alguns compromissos do pacto com o objetivo de pressionar os outros países signatários do acordo a ajudar o regime a evitar as sanções americanas.

O Irã aumentou as reservas de urânio enriquecido além do limite estabelecido pelo acordo de Viena e superou o nível de enriquecimento de urânio autorizado (3,67%).

Atualmente, o Irã negocia com os três países europeus que assinaram o acordo.

"Mas, se até quinta-feira, as negociações não alcançarem nenhum resultado, anunciaremos a terceira fase de redução de nossos compromissos", explicou Rohani aos deputados.

Isto será feito como está previsto "nos próximos dias", a menos que as outras partes adotem uma medida "importante", disse Rohani, antes de recordar que o Irã deseja exportar seu petróleo sem obstáculos.

O Irã obtém 80% de seus recursos em divisas da venda de petróleo ou de produtos derivados. Isto significa que as novas sanções isolam o país do sistema financeiro internacional e provoca a perda de quase todos os compradores de combustível.

Outro motivo de tensão foi a interceptação em julho de um petroleiro iraniano em Gibraltar, acusado de transportar ilegalmente 2,1 milhões de barris de petróleo para a Síria, um país submetido a sanções.

O navio, autorizado a sair de Gibraltar em meados de agosto, desapareceu na segunda-feira dos radares, quando estava próximo das costas da Síria e do Líbano.

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