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Dois veículos blindados da Marinha foram posicionados na manhã desta segunda-feira, 6, no acesso ao porto do Rio. Na Baía de Guanabara, lanchas e navios-patrulha foram vistos circulando no primeiro dia de funcionamento da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio e de São Paulo. Nos terminais aéreos, a movimentação foi normal pela manhã, sem mobilização visível de tropas.

Segundo o capitão de Fragata Rodrigo Fernandes, porta-voz da operação, o foco da força está na "quebra do fluxo logístico" das organizações criminosas, seja por meio de ações preventivas, seja de forma repressiva.

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"A Marinha do Brasil está desde às 6h da manhã com seus meios, militares e tropas posicionadas nos portos definidos no decreto de GLO - porto do Rio de Janeiro, porto de Santos e porto de Itaguaí -, e também com seus meios na água já realizando o patrulhamento na Baía de Guanabara, Baía de Sepetiba, acesso marítimo ao porto de Santos, e também no lago de Itaipu", disse ao Estadão.

O capitão explicou que, com o decreto, as atribuições da Marinha se ampliam; a força já faz tradicionalmente o controle dos mares e a abordagem preventiva de embarcações, mas agora a ação terá um efetivo maior e poderá atuar também nos portos.

"Isso está sendo intensificado, com a concentração de meios e de pessoal, mais especificamente na área dos portos. É uma área que não é atribuição da Marinha, mas que agora estaremos operando, sempre que possível em coordenação e articulados com os órgãos de segurança pública e agências, além de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal", afirmou Rodrigues.

Para a operação, a Marinha disponibilizou 1.900 militares, além de cerca de 120 veículos, entre blindados, navios-patrulhas e lanchas. Cães farejadores também participam da GLO.

Aeroportos

No Rio, o aeroporto do Galeão teve movimentação normal na primeira manhã com o decreto em vigor. Nenhuma movimentação de militares da Aeronáutica foi percebida nos terminais de passageiros ou de carga.

A movimentação no Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU) também estava normal na manhã desta segunda-feira, 6. A reportagem do Estadão não encontrou sinais de tropas militares do Exército e Aeronáutica nas áreas externas e nos saguões do aeroporto.

Combate ao crime organizado

O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO ) estabelece que, durante o período de vigência, os militares têm "poder de polícia" nesses locais, podendo revistar pessoas, efetuar prisões e inspecionar quaisquer áreas.

Desde o mês passado, o Rio vive uma nova crise na segurança pública, acentuada após a morte do miliciano Matheus da Silva Resende, conhecido pelos apelidos de Faustão e Teteu, durante confronto com a polícia. Em retaliação, criminosos queimaram pelo menos 35 ônibus na zona oeste cidade.

Além da GLO, o governo reforçou a atuação das Forças Armadas na faixa de fronteira, principalmente nos Estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que funcionam como rotas para escoamento de drogas.

Considerando a GLO e o reforço da presença das Forças Armadas nesses locais, serão utilizados 3.700 agentes nas operações.

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