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Eles são universitários, têm disposição, contam com a ajuda de professores experientes e oferecem um serviço com custo menor da média do mercado, em relação às consultorias convencionais. A relação custo-benefício das empresas juniores, formadas dentro de universidades e sem fins lucrativos, atrai cada vez mais as micro e pequenas empresas interessadas em fomentar a competitividade e até mesmo, empreendedores a fim de obter o seu negócio próprio.

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O conceito é, basicamente, igual a qualquer outra empresa: prestam serviços em determinada área de acordo com a demanda, só que o foco não é o lucro, mas o aprendizado. É uma oportunidade de o aluno fazer exatamente aquilo que fará quando estiver formado.

Em Pernambuco, um bom exemplo desse tipo de empresa é a Soma Consultoria Júnior, formada exclusivamente por alunos das Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso), localizadas em Olinda, Região Metropolitana do Recife.

A Soma, que está implantada na instituição há um ano, oferece, através de serviços de consultoria, soluções organizacionais às empresas, com a elaboração de novos projetos, estratégias de comunicação e soluções em finanças. “Primeiro, o interessado entra em contato com a empresa júnior para explicar sua necessidade. A partir daí, é feito um diagnóstico onde são avaliadas as possibilidades de execução, custos, consultores envolvidos no trabalho e a duração do serviço. Como cada projeto envolve pontos específicos, o preço cobrado varia de acordo com a demanda de cada empreendimento, podendo ir de R$ 3 mil a R$ 12 mil. O dinheiro recebido é investido na compra de equipamentos e no treinamento dos alunos, já que as empresas são entidades sem fins lucrativos”, salienta o professor orientador da empresa júnior, Ricardo Soares.

Em relação ao crescimento cada vez mais avançado de empresas juniores, principalmente no Estado de Pernambuco, o orientador opina: “O porto de Suape e as instalações de grandes multinacionais em nosso Estado têm feito considerável diferença, gerando crescimento e vantagens competitivas. Devido a esse fato, consequentemente nasce a empresas juniores,  que oferece serviços de qualidade com preços irrelevantes”.

Ricardo Soares comenta que a vontade de começar o ano com novos planos faz com que a procura das MPEs pelos serviços cresça mais nos meses de novembro e dezembro. “Final do ano, em que as vendas ficam mais aquecidas e a lucratividade é maior nas empresas, a busca por nossos serviços de consultoria também alavancam. Em sua maioria, as demandas têm foco na elaboração de projetos de negócio”.

E o professor comemora: “90% dos alunos do curso de administração já estão empregados e são cooptados por grandes empresas, devido à seriedade e respeito que tratamos os serviços educacionais”.

Rafael Araújo, 23 anos, está no penúltimo período do curso de administração e é presidente da Soma Consultoria. O estudante aposta no diferencial para entrar em grandes empresas. “Eu acredito que o aluno que almeje ter destaque no mercado e ocupar as melhores vagas, deve sempre correr em busca de conhecimentos diferenciados. O curso de administração, em si, contribui bastante e a empresa júnior agrega outros valores e vai mais além do conteúdo dado em sala de aula, pois você aplica a teoria no dia a dia”, comenta.

O estudante ainda ressalta a vantagem de se trabalhar numa empresa júnior. “Normalmente, após concluir uma faculdade, as oportunidades de sair empregado são mínimas. Já quando o aluno ingressa numa empresa júnior, as chances de ocupar um cargo numa empresa de renome torna-se bem maior, pois com os serviços de consultoria, o estudante faz o seu nome e, com isso, ganha visibilidade de outras empresas”, enfatiza.

Para os estudantes que, assim como Rafael, sonham em ter seu próprio negócio futuramente ou ganhar destaque no mercado, ele deixa uma mensagem: “Somos jovens sonhadores e temos sonhos a realizar. O nosso principal objetivo é torna-los realidade, pois sonhos que se sonham só são apenas sonhos. Mas a partir do momento que se sonha junto, é realidade, já dizia Raul Seixas”, finaliza.

 

O Movimento Empresa Júnior e sua representatividade em Pernambuco

O Movimento Empresa Júnior (MEJ), por exemplo, é um projeto que surgiu na França e tem como finalidade contribuir para o desenvolvimento do País por meio da formação de profissionais diferenciados.

E a Federação de Empresas Juniores do Estado de Pernambuco (Fejepe), é a entidade responsável pelo desenvolvimento, regulamentação e divulgação das empresas juniores existentes no Estado. “Nós funcionamos como uma de ponte para que as empresas juniores pernambucanas e o MEJ nacional, integrem, como um todo, o Brasil Júnior. E o nosso foco é, justamente, representar as empresas juniores em nível nacional e desenvolver o Movimento Empresa Júnior como agente de educação empresarial e gerador de novos negócios”, enfatiza o atual presidente executivo da Fejepe, Filipe Albuquerque.

“Para isso, realizamos palestras em universidades a fim de levar a mensagem de que a atuação de uma empresa júnior é de grande importância, não só para os estudantes que participam do MEJ, mas para toda a sociedade, devido à relevância das empresas juniores e seu forte impacto no âmbito socioeconômico”, completa Albuquerque.

De acordo com a Federação, para que o estudante ingresse numa empresa júnior, antes são feitos rigorosos processos seletivos, que variam de empresa para empresa. Geralmente, são realizadas cinco fases de caráter eliminatório, em que a primeira consiste de uma prova escrita. Na segunda etapa, é feita uma dinâmica de grupo. A terceira, por entrevista individual. Já na quarta etapa é feito um treinamento intensivo de três a quatro semanas para preparar o empresário para os desafios do mercado, até para saber se o universitário está apto para se tornar um consultor. E, por fim, na quinta e última fase, é realizado um projeto de integração, que dura cerca de um mês, que aborda desde a postura corporal a forma como o universitário vai lidar com o cliente. Esse último processo é o que define concretamente se o integrante está pronto para trabalhar numa empresa júnior.

Conforme dados da Fejepe, só no Estado, atuam mais de 40 empresas juniores, onde oito delas são federadas. Entre elas, destaque para a Poli Júnior Engenharia, ACE Consultoria UFPE e Fcap Júnior Consultoria.

Em relação às instituições de ensino que possuem empresas juniores, o coordenador institucional da Fejepe, Rafael Pinheiro (lado esquerdo da foto), destaca: “Com certeza, acaba sendo um diferencial em relação às outras faculdades, pois, ao trabalhar numa empresa júnior, além de ser uma motivação para o aluno, é também uma forma de fazê-lo ter um contato mais real com o mercado, o que faz com que ele amadureça precocemente e se diferencie com um conhecimento avançado, pois, com um mercado competitivo, a busca por profissionais qualificados torna-se maior”, conclui.

Empresários interessados em obter outras informações ou tirar dúvidas sobre serviços de consultoria podem entrar em contato através do e-mail presidencia@fejepe.org.br ou através do site da Federação.

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