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O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, disse nesta quarta-feira, 13, que o continente africano está aberto para fazer negócios. "Sempre dizemos que são todos mundo bem-vindos por aqui", declarou durante o encerramento Cerimônia de encerramento do Fórum Empresarial do Brics.

Segundo Ramaphosa, a criação de uma área de livre-comércio na África é uma oportunidade de investimentos para países do Brics. Ele pediu que líderes destas nações emergentes se juntem para a melhoria da infraestrutura em países africanos.

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Para demonstrar o potencial de consumo do continente, ele afirmou que a população da África deve chegar a 2,5 bilhões de habitantes até 2050.

Ele disse que seu país tem feito reformas para se tornar "mais empreendedor", fazendo parcerias com a iniciativa privada. Disse ainda que tem revisto regras sobre concessão de vistos diplomáticos para acolher mais trabalhadores.

Segundo Ramaphosa, países-chave da economia enfrentam desaceleramento e têm se tornado mais "introvertidos" ao empresariado.

A programação da Cúpula vai até esta quinta-feira, 14. Participam ainda do evento o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da China, Xi Jinping, além do presidente Jair Bolsonaro.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira, 13, que está pronto para aumentar cooperação com países do Brics para fornecimento de fontes renováveis de energia.

"A Rússia tem as mais modernas tecnologias de energia limpa e estamos dispostos a aumentar nossa cooperação neste setor, começando com Índia e China", disse Putin no encerramento do Fórum Empresarial dos Brics.

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O presidente russo afirmou que deseja fortalecer o uso do gás natural. "Também queremos oferecer cooperação no setor nuclear", declarou.

Putin está em Brasília para participar da 11ª Cúpula do Brics, que se encerra na quinta, 14. Além dele, acompanham o evento o presidente Jair Bolsonaro; o presidente da China, Xi Jinping; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

Putin disse que é preciso fortalecer o vínculo entre países do Brics. "Sei que importantes negociações ocorreram. Está na hora de implementá-las", disse.

O presidente da Rússia afirmou que a situação da economia global segue "complexa", mas que países emergentes têm contribuição importante para o crescimento. Segundo ele, a recessão tem levado ao aumento de "atitudes protecionistas e problemas alfandegários".

Putin disse que tenta implantar políticas econômicas equilibradas, estimular mercado de crédito, e manter o nível de vida da população russa, o que afastaria o país de uma recessão mais duradoura, segundo ele.

O presidente citou negócios nas áreas farmacêutica, de exploração aeroespacial e aeronáutica como potenciais próximas cooperações da Rússia com países emergentes. "Queremos aumentar cooperação também na área de informação e informática", disse, citando o mercado de antivírus como um destaque.

Segundo Putin, a Rússia busca melhorar o "arcabouço regulatório". Ele disse que após o primeiro trimestre deste ano, o preço dos títulos de seu país teve aumento significativo. Ainda declarou que recentemente cresceu mais de 20% o comércio da Rússia com países do Brics.

O presidente Jair Bolsonaro disse que o governo tem feito o "dever de casa" para tornar o Brasil cada vez mais atraente para os negócios. "O Brasil mudou, começou a abrir o seu mercado para o mundo com medidas concretas. Cada vez mais recuperamos a confiança do mundo", afirmou, na cerimônia de encerramento do Fórum Empresarial do Brics, em Brasília.

Em um discurso lido, sem improvisos, o presidente brasileiro acrescentou que a agenda de reformas estava "há décadas" esperando uma solução. "Nosso governo vem agora tornando uma realidade. Cada vez mais recuperamos a confiança do mundo. Temos grandes líderes interessados no Brasil e nós nos países desses grandes líderes", acrescentou.

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Para o presidente, o Brasil nunca esteve no patamar que está no momento. "Empresários alimentam esperança muito grande no novo governo. Queremos ampliar e facilitar cada vez mais ambiente de negócios", completou.

O presidente disse que cada vez mais quer fazer negócios com os países do Brics e que os chefes de Estado são "cartão de visita um para o outro". "Demonstramos que estamos de braços abertos para proporcionar um ambiente de comércio mais profundo e diversificado. Mas quem na verdade na ponta da linha vai fazer essa integração são os senhores empresários do Brics", afirmou à plateia de representantes do setor privado dos cinco países.

Bolsonaro admitiu que o Brasil tem "caminho a percorrer" e disse que novas reformas serão feitas para que o ambiente de negócios cada vez se torne mais atrativo no País. Ele acrescentou que o encontro é uma oportunidade para "contato direto" e aproximação econômica cada vez maior entre os países do bloco. O presidente citou a isenção de vistos para negócios e turismo para alguns países e sua recente viagem para países da Ásia como uma demonstração de que o País "está no caminho certo".

"O Brasil é um dos poucos países que têm um amplo mercado, das mais variedades para oferecer. Um povo que cada vez mais se mostra interessado em produzir e cooperar com seu Brasil", listou.

O presidente da Seção Chinesa do Conselho Empresarial Brics, Xu Lirong, pediu aos seus pares do grupo a defesa do multilateralismo econômico. "Estamos em uma nova etapa de revolução industrial com novas tecnologias permitindo uma nova fase ao comércio internacional, será uma transformação", afirmou.

"Precisamos ter um entendimento correto de desse desenvolvimento", disse. "Precisamos saber que direção rumar e defender o multilateralismo."

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Segundo ele, a globalização econômica é uma tendência histórica e não há quem possa freá-la. Xu Lirong defendeu ainda a elevação da parceria entre os Brics, "de forma estável e com mais energia".

"Existe a necessidade e desejo dos países em ver as cooperações seguirem adiante e em patamar mais elevado", afirmou.

Já para a presidente da seção Sul-Africana, Busi Mabuza, as organizações econômicas estão passando por uma crise existencial. "As tensões também deverão gerar desigualdade", disse. "Tensões exacerbam desigualdades, especialmente no continente africano", afirmou.

Para Mabuza, é preciso reiniciar as relações entre grandes economias e pequenas economias "para nosso benefício mútuo".

"Precisamos examinar as fontes de desequilíbrio nas nossas relações comerciais, precisamos ver por que as economias menores não estão recebendo os benefícios que elas precisam", afirmou.

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