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De acordo com pesquisadores do Centro Brasil-Reino Unido para a Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), a situação brasileira no que diz respeito à vigilância genômica do Sars-CoV-2 (novo coronavírus) está deixando a desejar.

Darlan Cândido, que é integrante do CADDE, revelou à Revista Galileu que o Brasil sequenciou "apenas 0,024% dos casos confirmados da Covid-19 no país". Essa porcentagem foi calculada pelo pesquisador com base nos dados da Universidade Johns Hopkins.

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O país fica para trás quando comparado com outros países emergentes, entre eles Índia (0,042%), México (0,096%) e África do Sul (0,256%). 

Além desse pouco sequenciamento, Darlan aponta que o Brasil distribuiu mal as suas informações, tanto em relação ao tempo quanto ao espaço. O pesquisador relatou à revista que mais de 75% das sequências disponíveis atualmente no país vêm da região Sudeste.

"Isso limita muito o entendimento do que está acontecendo no restante do país. Além disso, a maior parte dos dados foi gerada no primeiro semestre de 2020", revela.

Cândido complementa dizendo que somente 8% das sequências genômicas da Covid-19 foram publicadas entre os meses de agosto e dezembro, "tornando impossível saber, por exemplo, há quanto tempo a nova variante está circulando no país e o quão disseminada ela está", revela.

Os pesquisadores apontaram à Galileu que a dificuldade na importação de reagentes usados no sequenciamento genômico, o custo dos insumos e equipamentos, além da falta de profissionais para esse tipo de trabalho - fora da região Sudeste - podem ser algumas das explicações para essa dificuldade de sequenciamento e publicação no país.

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