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Mãe de Maria Isabel e Maria Barbara e grávida de Maria Magdalena, Marília Arraes, de 38 anos, foi vereadora do Recife por três mandatos, é a única mulher deputada federal por Pernambuco na atual Legislatura da Câmara dos Deputados e a segunda mulher da história a ocupar o cargo de Segunda Secretária da Mesa Diretora da Casa.

Marília iniciou sua militância ainda muito jovem, inspirada pelo seu avô, Miguel Arraes (ex-governador de Pernambuco, ex-prefeito do Recife, ex-deputado federal) e seguiu atuando no movimento estudantil, quando ainda cursava a Faculdade de Direito do Recife.

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Marília se filiou ao PSB em 2007, quando iniciou a sua trajetória política na Secretaria de Juventude e Emprego de Pernambuco, na gestão do seu tio, o governador Eduardo Campos (PSB). Em 2008, se candidatou a vereadora do Recife e foi eleita a parlamentar mais jovem daquele pleito, com 10 mil votos.

A neta de Arraes rompeu com o Partido Socialista Brasileiro em 2014, e oficializou a saída em 2016, quando se filiou ao PT e começou a fazer oposição ao governo. Naquele ano ela foi reeleita vereadora do Recife, desta vez, pelo Partido dos Trabalhadores, e teve uma das votações mais expressivas, que lhe rendeu a liderança da bancada de oposição na Casa de José Mariano, onde passou 10 anos da sua trajetória política.

No entanto, em 2018, no andamento do seu terceiro mandato no Recife, Marília foi eleita deputada federal por Pernambuco com 193.108 votos, sendo a segunda mais votada. A primeira deputada federal eleita pelo Estado e a única mulher.  

Como votou na Câmara dos Deputados

Em Brasília, mesmo estando no PT, Marília Arraes votou alinhada com a direita em algumas pautas importantes e, em outras, se absteve, como: o PL do porte de armas, a votação do Contrato Verde e Amarelo, que precariza as relações de trabalho, e o projeto de fura-filas de vacinas, a PEC 391, que ampliava o volume de recursos repassados às cidades pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Em agosto de 2022 surgiu uma fake news acerca do seu voto no Auxílio Brasil. A publicação afirmava que Marília havia sido contrária ao programa, no entanto, ela votou favorável à aprovação do benefício social. 

Candidatura rifada

Em 2020, depois de vários desgastes mesmo com a indicação nacional de Lula (PT), Marília Arraes foi candidata à Prefeitura do Recife pelo PT, tendo João Arnaldo (PSOL) como seu candidato a vice-prefeito. Ela foi a primeira mulher a disputar a vaga no 2º turno, contra o seu primo, o prefeito João Campos (PSB). Marília recebeu 348.126 votos, 43,73%. 

Naquele ano, recebeu o apoio no 2º turno do então prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), que chegou a falar, que “eu vejo a candidata Marília Arraes como uma opção espetacular para o Recife”. 

Filiação ao Solidariedade

Após ter a candidatura rifada pelo Partido dos Trabalhadores mais de uma vez e muitos desgastes, Marília resolveu, então, deixar a sigla em março de 2022, no período da janela partidária, e filiar-se ao Solidariedade, onde recebeu apoio e autonomia para concorrer ao Governo de Pernambuco - o que não tinha no PT.

Através de Lula, o PT nacional firmou uma aliança com o PSB em troca do apoio do petista à candidatura de Danilo Cabral (PSB) ao governo, deixando de lado o projeto de Marília Arraes. 

Mesmo estando em um partido à direita, Marília Arraes demonstra ter eleitores fiéis a ela, por isso, vem liderando todas as pesquisas ao Governo de Pernambuco com mais de 30% das intenções de voto, com um percentual de aproximadamente 15% à frente dos seus adversários.

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